Tião Viana pedirá à Câmara que apresse votação da fidelidade partidária



O presidente interino do Senado, Tião Viana, vai pedir à Câmara que apresse a votação da proposta de emenda à Constituição que exige fidelidade partidária de quem se elege para mandatos no Executivo ou Legislativo. A matéria acaba de ser aprovada no Senado e seguirá agora para o exame dos deputados. Indagado se pedirá urgência à Câmara nessa votação, Tião Viana respondeu positivamente.

- Isso aí eu farei. A minha relação com Arlindo Chinaglia [presidente da Câmara] é a melhor possível: de respeito, de valorização mútua. E eu pediria a ele total sensibilidade e agilidade nisso, porque nós precisamos deixar o marco regulatório no campo da reforma política brasileira e esse marco é a votação da fidelidade partidária, do financiamento público e outros elementos essenciais à democracia - destacou.

Na mesma entrevista, Tião Viana respondeu sobre a proposta de emenda à Constituição que prevê o voto aberto em processos de cassação de mandato parlamentar. Como o presidente da Câmara sugeriu que a proposta mais adiantada em votação tivesse prioridade, o presidente interino do Senado disse que o assunto suscitará conversas entre eles.

- Nós teremos que conversar mais porque há uma pressão muito grande dos senadores pela aprovação. São três PECs que estão em Plenário e eu e o presidente Arlindo não fechamos o encaminhamento final. Há uma preocupação com a qualidade das matérias. Será que elas contemplam todos os quesitos? Será que tratam das questões de exceção que devem ser tratadas? Então, nós vamos refletir de maneira comum e achar o melhor resultado para as duas Casas.

Quando um repórter perguntou se não há uma disputa pela paternidade da PEC que vai acabar com o voto secreto, Tião Viana disse que a melhor resposta para essa questão é votar a matéria. Ele também afirmou que, pessoalmente, apóia a proposta do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) por manter um equilíbrio em questões que favorecem o princípio da transparência e do controle social numa democracia.



18/10/2007

Agência Senado


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