Tião Viana reafirma disposição do governo de investir nas Forças Armadas
Após as considerações do senador Demostenes Torres (PFL-GO) sobre as restrições orçamentárias enfrentadas pelas Forças Armadas, o líder do PT no Senado, Tião Viana (AC), reafirmou a disposição do governo Luiz Inácio Lula da Silva de contornar as dificuldades impostas pelo contingenciamento de recursos.
- O governo está ciente da necessidade de investimentos permanentes nas Forças Armadas - declarou, observando que a defasagem no aparato da defesa nacional é uma herança das administrações passadas.
- Nessa caminhada a favor de mudanças na economia, não tenho dúvidas de que o governo saberá tratar o assunto com distinção e mostrar o papel fundamental da defesa e das Forças Armadas no país - assinalou. Tião Viana lamentou que demandas urgentes enfrentadas pela gestão petista tenham inviabilizado a liberação de verbas para custear despesas alimentares, hospitalares e estratégicas na defesa, aprovadas pela Comissão de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização com o aval de todos os partidos e que não deveriam ser contingenciadas.
Se há dificuldades para a implementação do orçamento atual, o líder petista registra os esforços do governo para livrar o Orçamento Geral da União de 2004 dos cortes em áreas estratégicas. Para tanto, não seriam aceitas emendas parlamentares que levassem ao contingenciamento de verbas da educação, saúde, ciência e tecnologia, segurança alimentar e defesa. Ainda sobre o aperto financeiro vivido pelo país, Tião Viana informou que o governo passado deixou R$ 10 bilhões na rubrica -restos a pagar- no Orçamento de 2003, situação que feriria, inclusive, cláusulas do contrato com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
06/08/2003
Agência Senado
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