Tourinho analisa acordo para excluir investimentos do cálculo do superávit
Mesmo considerando importante a negociação que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, está mantendo junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para excluir investimentos públicos produtivos dos cálculos do superávit fiscal, o senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA) comentou que essa medida não será a solução para fazer o país crescer. A melhor solução para a economia brasileira voltar a crescer é a redução do superávit primário, disse. Tourinho leu trechos de matéria publicada na edição desta segunda-feira (26) de
O Estado de S. Paulo, intitulada "Brasil vai testar novo modelo de investimento". O texto do jornal informa o anúncio feito pelo ministro Palocci de que o Brasil será um dos pioneiros a participar de projetos-piloto para testar a exclusão dos investimentos públicos em infra-estrutura dos cálculos do superávit fiscal. O senador pela Bahia informou que estudo recente do FMI constatou que os investimentos de infra-estrutura na América Latina caíram de US$ 70 bilhões em 1998 para US$ 30 bilhões em 2001. Ele explicou que essa redução tornou-se um obstáculo para o crescimento da região. Somente no setor elétrico, exemplificou, a queda de investimentos no Brasil foi de US$ 13,5 bilhões, na década de 80, para cerca de US$ 6,2 bilhões nos anos 90.
Quando foi ministro de Minas e Energia, lembrou Tourinho, buscou firmar parcerias com a iniciativa privada para executar programas prioritários na área de termoeletricidade. A iniciativa foi uma antecessora do programa que o governo Luiz Inácio Lula da Silva pretende implantar no país, o de parcerias público-privadas (PPP), afirmou.
26/04/2004
Agência Senado
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