Trechos da entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin após entrega de obra do Complexo Viário



Parte I

Parte I Repórter - Há boatos e informações de bastidores que o prefeito Celso Giglio poderia ir para o PSDB. Como é que o senhor vê essa possível mudança? Alckmin - Essa questão de filiação partidária é uma questão do PSDB. É tratada pelo diretório municipal e pelo diretório local. O Celso Giglio tem sido um bom parceiro. Na campanha de 1994 ajudou o governador Mário Covas e na de 1998 também. Até o encerramento da campanha de 1998, no segundo turno, foi aqui em Osasco, uma festa muito bonita. Mas a filiação partidária é um assunto do diretório do PSDB. Repórter - Governador, sobre o Corredor Oeste, o que falta para ele ser terminado, vão ser liberadas as obras? Em que pé está este projeto? Alckmin - O Corredor Oeste é absoluta prioridade porque vai interligar todas as regiões oeste da Grande São Paulo, começando por Itapevi, Jandira, Barueri, Osasco, chegando até à avenida Corifeu de Azevedo Marques, na Cidade Universitária, em São Paulo. Então há recursos que já estão autorizados para Carapicuíba e em Osasco, e o prefeito Celso Giglio colocou a necessidade de duas passagens em nível. Nós temos uma passagem inferior para o corredor poder fluir com bastante velocidade e poder atender bem a comunidade aqui da região. Então essa é uma prioridade do Governo. A obra não é feita pelo Governo, mas ela é conveniada com as prefeituras. Os recursos são repassados e as prefeituras vão executando a obra. Repórter - E há recursos? Alckmin - Há recursos. Repórter - Para essas duas passagens de nível? Alckmin - Não. Para essas duas passagens de nível, ainda não. Para Carapicuíba, sim. Porque Carapicuíba tem direito há uma compensação financeira através do Fumef. Então para Carapicuíba já há recursos destinados a obra já está sendo liberada e vai ser executada. Em Osasco, nós vamos avaliar o custo da obra e o projeto. Repórter - O prefeito de São Roque, Zito Garcia, organiza amanhã uma manifestação contra a construção do presídio, daquele plano de construir 11 presídios no Interior para desativar o Carandiru. Eles vão fazer uma manifestação amanhã contra a construção do presídio. O Governo Paulista pretende reavaliar as cidades onde serão construídos os presídios? Alckmin - Ele não precisa nem fazer a manifestação. Já pode cancelar a manifestação porque já mudou. Não vai ser em São Roque. Nesta semana, nós conversamos com o secretário Nagashi Furukawa e temos 12 municípios brigando, insistindo para fazer uma unidade penitenciária. Por quê nós vamos fazer num município que não quer? Então pode dizer que não vai ser em São Roque. Repórter - Foi por causa do abaixo-assinado, que o senhor resolveu mudar a cidade? Alckmin - Tem tantos municípios querendo as penitenciárias com os terrenos bem localizados, perto de rodovia, água próxima, esgoto sanitário. Então não há razão para entrar numa briga desta que pode acabar na justiça, atrasando a obra. É mais fácil mudar. Se a comunidade não quer... paciência, se faz em outro lugar. Tem muitas comunidades querendo. Repórter - Algum município aqui da região é candidato? Alckmin - Aqui em Osasco já foram feitos dois Centros de Detenção Provisória, eles já estão funcionando e zerou. Osasco não tem mais nenhum preso em cadeia, então aqui já foram feitos dois CDPs. Os Centros de Detenção Provisória precisam ser perto de São Paulo, ou na Capital, ou na Região Metropolitana, porque são presos que ainda aguardam julgamento, tem que ir para o Fórum etc. Agora, penitenciária é diferente. O preso vai cumprir pena, ele já foi julgado, não há nenhuma razão para ter de ser perto de São Paulo, pode ser no Interior. Repórter - ... Abre precedente para as pessoas não quererem as Febens, as Cadeias, nessas outras cidades? Alckmin - Não, por causa do seguinte: no caso das penitenciárias, não há necessidades de ser num lugar específico. E nós temos municípios próximos aqui perto da Castelo Branco, municípios próximos querendo. Então há aí, um probleminha de documentação de terreno. Porque lá o terreno é do próprio Estado. A prefeitura não está dando o terreno. Repórter - De cabeça é um abuso dizer quais são as cidades... Alckmin - Em que vão ser feitas? Eu posso lhe dizer. No Vale do Paraíba, município de Potim, são duas penitenciárias; na região de Ribeirão Preto, Serra Azul, são duas penitenciárias. Na região da Alta Paulista, Osvaldo Cruz, Dracena e tem alguns outros municípios que posso lhe dar depois a lista completa. São nove municípios, abrigando nove penitenciárias fechadas e dois Centros de Proteção Penitenciária. Leia

04/06/2001


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