Tuma elogia proposta de ensino básico em tempo integral
O senador Romeu Tuma (PFL-SP) disse, em discurso nesta terça-feira (12), que governantes e elites dirigentes parecem finalmente ter se dado conta de que não haverá outra saída para a construção de um país desenvolvido e para a solução dos problemas de desequilíbrio sócio-econômico e criminalidade senão por meio de uma educação pública universal e de qualidade para crianças e jovens.
- Começa a surgir, depois de longo tempo de espera, a idéia de se implantar o ensino em tempo integral nas escolas públicas de todo o Brasil - elogiou.
Romeu Tuma lembrou que experiências bem-sucedidas de turno integral já foram implantadas na cidade de São Paulo, quando José Serra esteve à frente da prefeitura, pelo então secretário de Educação José Aristodemo Pinotti, e também em outros pontos do país. Seus resultados, disse, são bastante conhecidos por países com altos patamares de desenvolvimento.
- Há, em todas essas iniciativas pioneiras, elementos que podem servir de modelo para o país sair desse histórico atoleiro que entrava o processo educacional de nossas crianças e jovens -opinou o parlamentar.
Tuma também fez um apelo ao governo para que os recursos do Fundo de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica (Fundeb) sejam bem utilizados, com pagamento de bons salários aos professores, instalações escolares apropriadas e programas educativos que contemplem a formação da cidadania, a civilidade e a cultura.
- A escola brasileira tem de se tornar um centro de formação de cidadãos, utilizando, para isso, o tempo integral em todo seu potencial - sugeriu.
Para Tuma, as universidades públicas, apesar das mazelas existentes, ainda são as melhores do país. Ele observou, no entanto, que o mesmo não ocorre com o sistema público de educação básica, que inclui creches, ensino infantil, fundamental, médio, educação de jovens e adultos e educação especial.
Tuma disse que o esvaziamento das escolas públicas em favor de escolas privadas comprometeu o desenvolvimento do país e foi um "erro gravíssimo", cuja pior conseqüência foi deixar a maior parte da população alijada dos benefícios da instrução, da cultura e da formação profissional.
12/12/2006
Agência Senado
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