Tumulto na porta do Plenário antecede sessão destinada a votar perda de mandato de Renan
Um tumulto envolvendo deputados federais e agentes da Polícia do Senado, na porta do Plenário, foi registrado minutos antes de ter início sessão extraordinária do Senado destinada a votar projeto de resolução que decreta a perda do mandato do presidente da Casa, Renan Calheiros. Os deputados tentavam entrar em Plenário depois que lhes foi autorizada a presença na sessão pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), em pedido de liminar.
Inicialmente, agentes da Polícia do Senado fecharam a passagem dos deputados, que estavam no meio de grande número de repórteres e cinegrafistas. Tião Viana justificou a ação dos seguranças como necessária à organização da entrada. Na confusão, houve troca de socos e o próprio Tião Viana, que foi abrir caminho para os deputados, foi atingido pelo deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).
- Mas ele já me deu um beijo e pediu desculpas. Não era a mim que ele queria atingir - brincou o 1º vice-presidente, para quem o incidente é normal num momento de tensão como o vivido pelo Senado.
Já o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) disse que os deputados provocaram os seguranças do Senado.
- Eles agrediram pessoas e foram revidados; não adianta tentar dizer que os agressores foram os seguranças, não. Peguem a imagem, vejam a imagem e façam justiça; se foram os seguranças que agrediram os deputados, serão punidos - declarou Papaléo Paes.
O senador José Agripino (DEM-RN) manifestou solidariedade aos deputados que entraram em conflito com agentes da Polícia do Senado ao entrarem no Plenário. Já o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) afirmou que o incidente deve ser apurado. Por sua vez, o senador Jayme Campos (DEM-MT) fez a defesa dos seguranças. Segundo ele, se as equipes agiram no sentido de barrar a entrada dos deputados, deviam estar cumprindo orientação da Mesa da Casa e, portanto, não poderiam ser punidas.
12/09/2007
Agência Senado
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