USP celebra direitos humanos com premiação e lançamento



Evento acontece sexta, 7; vencedores são pessoas e instituições que são modelos em direitos humanos

Nesta sexta-feira, 7, acontece a entrega do 8º Prêmio USP de Direitos Humanos e o lançamento de livro comemorativo dos dez anos da Comissão de Direitos Humanos da USP, responsável pela premiação.

Os vencedores do prêmio são pessoas e instituições “que se mostram modelos na difusão e divulgação dos Direitos Humanos”, diz a professora Maria Luiza Marcílio, presidente da Comissão.

Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal emérito de São Paulo, e o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo são os homenageados deste ano. Eles e vencedores de anos anteriores – como a Dra. Zilda Arns (2000), o grupo Tortura Nunca Mais (2003) e o Padre Julio Lancelloti (2006) – foram convidados para a cerimônia de comemoração.

Maria Luiza, que também é organizadora do livro comemorativo, adianta que a obra reunirá textos da atual reitora da USP, Suely Vilela, e de ex-reitores como Jacques Marcovitch e Adolpho José Melfi sobre o histórico e a importância do grupo.

A própria professora Maria Luiza escreveu um texto sobre as atividades da Comissão nesses dez anos, abordando seus principais empreendimentos: a realização do prêmio, a manutenção de uma biblioteca virtual sobre Direitos Humanos e a distribuição de um CD com textos sobre o tema para escolas públicas (municipais e estaduais).

Acervo

A Comissão de Direitos Humanos da USP colocou no ar a primeira biblioteca virtual em língua portuguesa. “E a quinta do mundo”, orgulha-se Maria Luiza. Hoje, não só brasileiros acessam o conteúdo. Pessoas de Moçambique, Angola e de outros países que também falam português.

“Nessa época [1997], nem todos tinham internet. Então pensamos no CD, para levar o conteúdo para as escolas”, explica o professor Fernando Josepetti Fonseca, professor da Escola Politécnica da USP e integrante da comissão.

Único docente do grupo ligado à área de ciências exatas, Josepetti conta que desenvolveu o site da biblioteca e prestou outros auxílios técnicos à Comissão. “Comecei a me interessar, dar palpites e fui convidado pela professora Maria Luiza para entrar”.

Organização

A função da Comissão, segundo a presidente, é corrigir a falta de conhecimentos sobre Direitos Humanos, elaborando estudos e atualizando a biblioteca virtual. Segundo ela, há muito preconceito sobre o significado do conceito.

“A imprensa só destaca que ONGs defendem os direitos de prisioneiros, mas não é só isso”, diz Maria Luiza. O professor Josepetti completa: “dentre os humanos, os presidiários são um grupo que têm direitos e que, frequentemente, são desrespeitados”.

O professor explica ainda que a Comissão não tem a função de registrar reclamações de violações de direitos, mesmo porque não possui estrutura para isso. “Uma vez interferimos num caso em que brasileiros estavam em julgamento no Japão e não tinham acesso à defesa de que deveriam. Mas não podemos fazer isso sempre”.

O mandato dos membros da Comissão dura dois anos, com possibilidade de renovação. Caso da professora Maria Luiza Marcílio, que preside o grupo desde seu início. Os outros integrantes são convidados, e o objetivo é que o grupo seja composto de maneira multidisciplinar.

A entrega do 8º Prêmio USP de Direitos Humanos e o lançamento do livro comemorativo dos dez anos da Comissão de Direitos Humanos da USP ocorre nesta sexta-feira (7), a partir das 17 horas, na sala do Conselho Universitário (Rua da Reitoria, 109, Cidade Universitária, em São Paulo).

Da USP Online



12/06/2007


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