VETO A FINANCIAMENTO PÚBLICO "É ERRO MORTAL" DO SENADO, DIZ SIMON



O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse hoje (dia 17), ao falar no encaminhamento da votação da nova Lei Eleitoral, que a rejeição pela Casa do financiamento público exclusivo para as campanhas eleitorais "será mais um erro mortal do Senado".Ele lembrou que juízes do Supremo Tribunal Federal já se manifestaram, de forma velada, pela possível inconstitucionalidade das mudanças que o Senado pretende fazer no projeto de lei eleitoral aprovado pela Câmara dos Deputados. E a própria Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), conforme acrescentou, tachou as mudanças de "ofensivas à consciência democrática e contra a ética", em nota oficial da entidade.

Na avaliação do senador gaúcho, o "erro" de se manter o financiamento de campanhas eleitorais com recursos privados, de empresas e pessoas físicas, é comparável ao "erro mortal cometido pelo Congresso quando rejeitou a criação da CPI dos Corruptores e ao erro mortal do Senado quando criou essa comissão de inquérito, mas não a instalou". Simon lembrou a figura do tesoureiro de campanha do ex-presidente Fernando Collor, PC Farias, e comentou a agitação de alguns grupos políticos a favor ou contra a escolha do ministro das Comunicações, Sérgio Motta, para coordenador e tesoureiro da campanha do presidente Fernando Henrique Cardoso pela reeleição.

Pedro Simon lamentou que o Senado estivesse para perder a chance de marcar o dia 17 de setembro de 1997 como "uma data histórica, a data que marcaria o início da moralização das campanhas eleitorais", para concluir que essa data acabará conhecida como "a data da omissão". Ele apoiou afirmação da nota da OAB de que, agindo assim, o Senado "estará indo contra a ética na política".

17/09/1997

Agência Senado


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