Waldeck Ornelas propõe debate sobre recuperação do São Francisco
- Existem várias siglas federais que usam as águas do rio; a essas se agregam as siglas estaduais. Não existe um único órgão ou unidade para proteger o rio - disse o senador.
Uma das causas dos problemas do São Francisco, atesta o senador, é a priorização do uso de seus recursos para a geração de energia, em detrimento da navegação e da irrigação. "O sistema elétrico, hoje interligado, permite a transferência de energia das regiões Norte e Centro-Oeste para o Nordeste. Precisamos da água do velho Chico para gerar emprego e renda para os barranqueiros", disse.
Qualquer ação na Bacia do São Francisco, na avaliação do senador baiano, deve ter como objetivo principal o aumento do volume do rio. Para isso, ele aponta a necessidade de desassorear o rio, perenizar os afluentes e construir novas represas em Minas Gerais, estado que responde por 70% das águas. O senador indicou também a necessidade de diversas ações locais de grande alcance social, como a concessão de seguro-desemprego para os pescadores no período do defeso, quando é proibida a pesca.
Em aparte, o senador Paulo Souto (PFL-BA) defendeu a necessidade de instrumentos de financiamento a projetos de irrigação na região do São Francisco, como forma de revitalizar o rio e desenvolver o semi-árido.
02/10/2001
Agência Senado
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