ACM PROPÕE TERMINAR OBRA DO TRT PAULISTA COM BENS DE QUEM ROUBOU



O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, defendeu o uso dos bens dos responsáveis pelo desvio de R$ 169 milhões da obra do fórum trabalhista de São Paulo para a conclusão do prédio. Ele revelou nesta quinta-feira (dia 14) que sugeriu ao presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, o estudo de uma fórmula jurídica para viabilizar a operação.
- Não entendo como um fugitivo e ladrão comprovado como o juiz Nicolau ainda mantém seus bens e recebe aposentadoria todo mês. A conclusão da obra com dinheiro público recuperado de quem roubou seria uma grande lição e um grande exemplo do empenho crescente do país para combater a corrupção - disse Antonio Carlos. O senador é contra o uso do prédio do TRT de São Paulo para atividades da Justiça do trabalho.
Antonio Carlos Magalhães disse que Fernando Henrique encaminhou o assunto para estudo pela Advocacia Geral da União (AGU). O órgão, informou o senador, deve procurar uma forma de apressar a arrecadação dos bens (que já estão indisponíveis) e conseguir recursos por meio de leilões.
O presidente do Senado se mostrou otimista com o combate à corrupção no país e ressaltou a importância do trabalho da imprensa neste processo. A lentidão da Justiça, no entanto, continua sendo um problema sério, acrescentou. O senador criticou a intenção da Justiça do Trabalho de substituir os antigos juízes classistas (o cargo foi extinto pelo Congresso Nacional).
- Vou trabalhar contra essa intenção do Tribunal Superior do Trabalho (TST), pois a intenção do legislador era acabar com os classistas e fazer economia de recursos - disse.

14/09/2000

Agência Senado


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