Alvaro Dias pressiona governistas a votarem quebra de sigilo no caso da Finatec



O desvio de verbas da pesquisa científica (cerca de R$ 500 mil) para a decoração do apartamento do reitor da Universidade de Brasília (UnB) foi novamente condenado nesta quarta-feira (5) pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR). Os gastos, pagos com recursos da Fundação Nacional de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), estão sendo apurados na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Organizações não-Governamentais (ONGs), mas os senadores governistas estariam resistindo a quebrar o sigilo dos diretores da fundação e de outras pessoas envolvidas.

- Insisto em que o governo coopere para que possamos comprovar os abusos cometidos não só na UnB, mas em instituições e prefeituras de várias cidades - defendeu o parlamentar.

Segundo ele, verbas da Finatec foram distribuídas levando em conta "critérios pessoais e vinculações partidárias".

Na terça-feira (4), foram ouvidos na CPI o reitor da universidade, Timothy Mulholland, e os promotores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios Gladaniel Palmeira de Carvalho e Ricardo Antônio de Souza. Alvaro Dias disse esperar que tanto a CPI quando o Ministério Público adotem ações para evitar que o mau uso das verbas volte a ocorrer.

Apoiaram o discurso de Alvaro Dias os senadores Mão Santa (PMDB-PI) e Papaléo Paes (PSDB-AP). O senador Tião Viana (PT-AC) também apoiou medidas para regularizar a aplicação das verbas, mas chamou a atenção para o papel importante das ONGs como instrumento auxiliar do Estado na implementação das políticas públicas.



05/03/2008

Agência Senado


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