Andres aponta tráfico de influências no Clube da Cidadania



O presidente da CPI da Segurança Pública, deputado Valdir Andres (PPB), assegurou ontem(25) que os depoimentos de empresários que contribuíram para o Clube de Seguros da Cidadania, estão confirmando a existência de tráfico de influência. O progressista explicou que após o resultado da eleição de 1998, o presidente da entidade, Diógenes de Oliveira, integrante do PT da alta confiança do governador eleito e um dos tesoureiros da campanha eleitoral, "continuou a buscar recursos junto a empresários e entidades patronais". Andres citou o caso do Sindicato das Indústrias Metal-Mecânica, Elétrica e Eletrônica do Rio Grande do Sul, que contribuiu com R$ 10 mil em dezembro de 1998. O empresário Décio Vicente Becker confirmou que o dinheiro foi solicitado para obras sociais, mas não lembrou da existência de projeto.

Para o presidente da CPI, os depoimentos dos doadores também confirmam que o Clube de Seguros da Cidadania pedia recursos para uma finalidade e efetuava a transferência para outra. Na versão do depoente Ari Lima, da Lima Construções, que doou R$ 15 mil em outubro do mesmo ano, a justificativa apresentada foi a de que o dinheiro seria utilizado na campanha eleitoral, mas a verba acabou sendo empregada no pagamento da atual sede regional do PT. "No mínimo, neste caso, estamos diante de um claro desvio de finalidade dos recursos", assegurou Andres.



10/26/2001


Artigos Relacionados


CPI : Depoimentos confirmam que Clube de Seguros é laranja, diz Andres

PT deixará Clube da Cidadania

CPI ouve doadores do Clube da Cidadania

Empresários desmentem Clube da Cidadania

Livros do Clube da Cidadania são irregulares

Diógenes acaba com o Clube da Cidadania