ARMÍNIO FRAGA, APROVADO PELO PLENÁRIO, JÁ PODE TOMAR POSSE



O economista Armínio Fraga já pode tomar posse no cargo de presidente do Banco Central. Seu nome foi aprovado pelo plenário do Senado, em votação secreta, na tarde desta quarta-feira (3), por 57 votos favoráveis e 20 contrários, depois de duas horas de discussão. Na mesma sessão, os senadores aprovaram as indicações que o presidente da República fez para cinco diretorias do Banco Central. Os novos diretores receberam de 52 a 64 votos favoráveis. São eles Daniel Luiz Gleizer, para a Diretoria de Assuntos Internacionais, Edison Bernardes dos Santos, para a Administração, Luiz Carlos Alvarez, para Fiscalização, Luiz Fernando Figueiredo, para Política Monetária, e Sérgio Ribeiro da Costa Werlang, para Política Econômica. Os novos diretores, todos economistas, têm idade de 35 a 43 anos e experiência em instituições financeiras privadas e estatais. Dois deles - Edison Bernardes e Luiz Carlos Alvarez - são do quadro de carreira do Banco Central. As indicações receberam parecer favorável do relator das mensagens do presidente da República, senador Ney Suassuna (PMDB-PB).Durante a discussão das indicações 12 senadores ocuparam a tribuna. Os parlamentares do Bloco Oposição voltaram a criticar o nome de Armínio Fraga, entre outras coisas por ter ele afirmado, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que os juros vão continuar elevados nos próximos meses e por ter trabalhado, até sua indicação, para o investidor internacional George Soros, o qual inclusive compra e vende títulos da dívida externa do Brasil. O senador Romeu Tuma (PFL-SP) defendeu a indicação, observando que, ante a crise financeira que o país enfrenta, as autoridades econômicas precisam de respaldo para adoção de medidas corretas. Na votação, Daniel Gleizer foi aprovado por 52 votos favoráveis, 19 contrários e com duas abstenções. Edison Bernardes recebeu 64 votos a favor e sete contra, com duas abstenções. Luiz Carlos Alvarez obteve 65 a favor e sete contra, com uma abstenção. Luiz Fernando Figueiredo recebeu 52 favoráveis e 18 contrários, com duas abstenções. O último diretor, Sérgio Werlang, foi aprovado pelo plenário por 53 a 19, com uma abstenção.

03/03/1999

Agência Senado


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