Arthur Virgílio adverte para riscos da economia globalizada para o Brasil
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse nesta quarta-feira (28) que a economia do Brasil viveu, na terça-feira (27), seu primeiro teste efetivo em dia de turbulência global, por conta da queda de 8,8% da bolsa na China.
- O governo Lula beneficiou-se do maior período de bonança da história econômica mundial recente, mas não aproveitou os bons ventos para tornar a economia brasileira mais robusta. Não se sabe agora quando essa chance de ouro durará - advertiu.
Arthur Virgílio citou como exemplos das conseqüências da queda da bolsa da China, a queda da Bovespa (6,63%) e a da bolsa americana (índice Dow Jones) e a subida do índice do risco-país (Brasil) em 12%.
- As quedas nas bolsas mundiais indicam que o país, assim como boa parte dos emergentes, está estacionado sob placas de gelo que podem derreter a qualquer momento -alertou.
O senador enfatizou que "seria aconselhável ao governo aproveitar melhor as oportunidades quando o vento estiver soprando a favor, não apenas acumulando reservas, mas fazendo mudanças estruturais para fortalecer a economia. Algo que até agora o governo não conseguiu ou não quis empreender".
Citando reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Arthur Virgílio lembrou que, desde que os indicadores de vulnerabilidade da economia do Brasil se tornaram tão bons (ao longo de quatro anos), não houve uma grande crise internacional para testar "o quanto o seguro construído nos últimos anos poderá isolar o país de uma de um turbulência generalizada".
- Vale lembrar que ao longo dos anos Fernando Henrique, tamanha sorte passou longe do Brasil: deram-se as crises mexicanas (1994); asiática (1997); russa (1998); e argentina (2002) - recordou o senador, citando ainda análise do jornal britânico Financial Times, advertindo que o efeito negativo da queda das bolsas dos países que movem a economiamundial compromete o investimento nas economias em desenvolvimento.
28/02/2007
Agência Senado
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