Assembléia tem seis vetos do Executivo para apreciar em agosto



Já estão na Assembléia Legislativa, aguardando o começo das atividades parlamentares, a partir de 1º de agosto, seis vetos do Executivo, sendo cinco totais a projetos de origem parlamentar e um parcial a matéria de origem do próprio governo. Os vetos só começam a contar prazo a partir do reinício do trabalho legislativo em agosto. Eles têm 30 dias para ser apreciados em plenário, sob pena de trancar a pauta dos trabalhos.

Entre os vetos totais do governo do Estado está aposto ao projeto de autoria do deputado Elmar Schneider (PMDB) que tenta definir critérios para a instalação de equipamentos de controle e fiscalização eletrônica de velocidade nas rodovias estaduais. O objetivo da proposta, conforme o parlamentar, é permitir que os motoristas tomem conhecimento com antecedência do local exato dos controladores de velocidade como as lombadas eletrônicas.

O projeto do deputado Giovani Cherini (PDT) que pretende estabelecer política estadual para o cooperativismo também recebeu veto total do Executivo. A proposta de Cherini prevê que o governo atuará de forma a estimular as atividades das cooperativas, através de assistência educativa, técnica e de incentivos financeiros.

O deputado Eliseu Santos (PTB) também teve seu projeto vetado pelo Executivo. A proposta determina que o Estado deve criar regras relativas à crença religiosa nos processos seletivos para ingresso na função pública. O governo alega que a matéria é inconstitucional e interfere na gestão administrativa, ferindo o princípio da igualdade, na medida em que prevê tratamento diferenciado para determinadas religiões. O Executivo lembra, por exemplo, que seria muito difícil operacionalizar a regra que trata dos judeus ortodoxos e adventistas do sétimo dia, prevendo que não se realizem concursos entre o pôr-do-sol de sexta-feira e o de sábado.

A alteração no Código Florestal do Rio Grande do Sul, proposta pelo deputado José Ivo Sartori (PMDB) com apoio do deputado Roque Grazziotin (PT), também foi vetada totalmente. A matéria diz respeito a autorizações para exploração florestal de corte raso de florestas nativas, florestas adultas ou em formação e estabelece regras para a exploração e os percentuais a serem utilizados pelos agricultores. O substitutivo aprovado pela Assembléia cria o zoneamento florestal do Estado, diversificando o que é floresta e o que é vegetação. Redefine e detalha também as condições para utilização e exploração das florestas.

Também foi vetado totalmente pelo governo projeto do deputado Luis Augusto Lara (PTB). A matéria disciplina o transporte de tora e toretes em veículos rodoviários de carga nas estradas estaduais e nas federais administradas pelo governo estadual.

O governo já encaminhou para a Assembléia o veto parcial ao projeto de sua autoria que determina medidas sócio-educativas de internação e semi-liberdade e cria a Fundação de Proteção Especial do Rio Grande do Sul. As emendas vetadas, três do deputado Bernardo de Souza (PPS), estabelecem critérios para ocupação de cargos de direção e contratação de cargos de confiança, e duas do deputado José Ivo Sartori (PMDB), sendo que uma delas cria a corregedoria-geral para a nova instituição.

07/20/2002


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