Bernd diz que ataque à CPI revela caos na Segurança Pública



Líder partidário do PMDB na Assembléia, o deputado Mario Bernd disse que o secretário da Segurança, José Paulo Bisol, ao desafiar as oposições a apresentarem fatos que realmente justifiquem a instalação de uma CPI, foi “autoritário, prepotente e intimidatório, querendo impor seu ponto de vista e fugindo do principal debate. O governo Olívio, tal como quando mentiu dizendo que a Ford iria permanecer e não aumentaria impostos, também enganou quando pediu votos e omitiu que incentivaria o delito, como a atual postura do Secretário demonstra”, acrescentou Bernd. Conforme o líder peemedebista, existem fatos determinantes para a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito. Lembra que os policiais não estão nas ruas. Faltam pessoal e equipamentos; existe quebra de hierarquia e partidarização nas forças policiais, criando a imobilização tanto na Brigada Militar como na Polícia Civil; esvaziamento e sucateamento da perícia técnica; redução do orçamento para a área da segurança, tanto em 2000 como em 2001; não aplicação dos recursos federais destinados ao setor; incentivo às diferenças entre a Polícia Civil e a BM. “Bem, se estes fatos por si só não são suficientes, é só perguntar à população gaúcha o que pensa sobre o assunto, ou a participação popular não vale neste caso?”, questiona Bernd, recordando as enquetes em rádio e tv mostrando que mais de 70% dos pesquisados são favoráveis a uma CPI da segurança. Segundo Bernd, irracional como disse Bisol ao se referir à CPI, é não enxergar a realidade. “Os rio-grandenses têm apontado a falta de segurança como a prioridade número 1, seja no campo ou na cidade. Aliás, por falar em campo, abigeato não é mais crime, é distribuição de alimentos; ao mesmo tempo, assaltar farmácias também deixou de ser crime, é uma necessidade social”, observou Mario Bernd.

03/16/2001


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