Bohn Gass vê avanço na implantação do programa de governo



O pacote de projetos de lei, que deverá ser protocolado pelo Executivo nesta quinta-feira, dia 15 de fevereiro, sinaliza para avanços significativos na implantação do programa de governo. A avaliação é do líder da bancada do PT, Elvino Bohn Gass, que aposta também no crescimento da participação da população nas assembléias do Orçamento Participativo e na consolidação dos programas governamentais em andamento. Entre os novos projetos que serão apresentados pelo governo à Assembléia Legislativa, estão a Universidade Estadual, Coletivos de Trabalho, Renda Mínima e alterações no Primeiro Emprego. “O terceiro ano do Governo Democrático Popular será de grandes avanços na implantação de nosso programa, que não foi feito para ser implementado em um ano, mas em quatro”, salienta. A expectativa do líder da bancada do PT é de harmonia e respeito nas relações institucionais entre os poderes Executivo e Legislativo. “As divergências, com certeza, continuarão existindo, mas a nova direção da Casa tem adotado uma postura de equilíbrio no trato das diferenças, procurando construir alternativas que se aproximem do consenso”, enfatiza. Bohn Gass prevê, no entanto, que as relações internas no Legislativo continuarão a ser tensionadas por um pequeno grupo de parlamentares, que continuam “alimentando raiva e rancor” em função da derrota eleitoral em 98. “É o grupo dos grandes derrotados na eleição, que não conseguiram ainda assimilar o resultados das urnas e está órfão de um projeto político global”, analisa. O petista acredita que a “linha dura da oposição” perderá mais espaço político neste ano. “Este segmento da oposição vem perdendo espaço a cada ano, seja pela falta de apoio popular, seja pelo naufrágio de suas propostas”, frisa. Ele cita o exemplo do Fórum Democrático, criado para se contrapor ao Orçamento Participativo, mas que acabou homologando a grande maioria das propostas do OP. “O Fórum fugiu do controle da linha dura, que buscava legitimidade para descaracterizar a peça orçamentária construída pela população. O que ocorreu foi exatamente o contrário, razão pela qual os mentores do Fórum tentaram esvaziá-lo já na segunda edição”, lembra. Bohn Gass espera que a nova mesa mantenha as reuniões do Fórum no interior do Estado. “Abrir a Assembléia à participação popular é fundamental para a democracia. Além disto, serve para oxigenar o pensamento daqueles que teimam em desconsiderar aquilo que o mundo reconhece como uma experiência bem sucedida, que é a participação do povo na destinação dos recursos públicos”, conclui, referindo-se aos debates travados no Fórum Social Mundial.

02/14/2001


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