Brizola insistirá na renúncia de Ciro










Brizola insistirá na renúncia de Ciro
BRASÍLIA - O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, ainda aguarda uma decisão do candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes, para decidir se irá declarar seu apoio ao candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de uma reunião com a Executiva Nacional do PDT na manhã de ontem, foi decidido que o partido vai seguir com Ciro "até o fim", embora Brizola tenha feito questão de deixar em aberto a possibilidade de apoiar Lula e afirmar que ainda vai discutir com Ciro a hipótese da renúncia.

"Na Frente Trabalhista, o nosso candidato é o Ciro Gomes e nós vamos até o fim.

Qualquer modificação só poderá ocorrer de acordo com ele, decidido por ele, conduzido por ele. Isso vale até domingo, depois é segundo turno e é outra questão", disse Brizola. Ainda deverá haver nova reunião sobre o assunto no Rio. "Vou conversar com o doutor Ciro sobre isso, mas em princípio a nossa tendência é seguir no rumo anterior, embora já tenhamos recebido uma mensagem do PT, que gostaria de discutir conosco. Vamos conversar para ver o que podemos e o que devemos fazer".

Brizola relatou ainda que as conversas com oPartido dos Trabalhadores têm sido feitas por intermédio do presidente do partido, o deputado federal José Dirceu, com quem o pedetista diz ter falado muito por telefone nos últimos dias. O PDT, de Leonel Brizola, é um dos três partidos que formam a Frente Trabalhista, coligação de Ciro Gomes. As outras duas legendas são o PPS, partido do próprio CiroGomes , e o PTB, presidido por José Carlos Martinez.


Debate é a batalha final da campanha
Lula, Serra, Garotinho e Ciro se encontram hoje, no Rio, em programa da Rede Globo

O último confronto direto entre os quatro principais candidatos ocorre, hoje, três dias antes da eleição, às 22h, no debate promovido pela Rede Globo de Televisão. Durante cerca de duas horas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), José Serra (PSDB), Anthony Garotinho (PSB) e Ciro Gomes (PPS) passarão a maior parte do tempo perguntando, respondendo ou comentando as respostas de seus adversários. O único jornalista no estúdio será o apresentador do Jornal Nacional, William Bonner, que, de acordo com as regras, poderá fazer perguntas complementares se considerar que os assuntos não foram abordados de forma clara. O mediador poderá pedir aos candidatos que esclareça, pontos obscuros da discussão, em benefício do telespectador - explica o diretor da Central Globo de Jornalismo, Carlos Henrique Schroder.

Os debates serão divididos em cinco blocos, sendo que os quatro primeiros serão dedicados a perguntas entre os candidatos e o último, às suas considerações finais. No primeiro e no terceiro blocos, eles só poderão fazer perguntas referentes a temas sorteados na hora, mas escolherão qual adversário responderá. Em seguida, haverá a réplica de quem perguntou, a tréplica de quem respondeu e as perguntas complementares do mediador. O procedimento será o mesmo nos segundo e quarto blocos, mas nesta parte do debate os temas das perguntas serão livres.

"O candidato sorteado terá 30 segundo para perguntar. O escolhido para responder terá um minuto e meio. O que perguntou terá um minuto para a réplica e o que respondeu, um minuto de tréplica", acrescenta Carlos Henrique. As perguntas complementares serão feitas em 15 segundos para um candidato ou em 30 segundos, se a pergunta for para os dois. Cada um terá 45 segundos para falar. Não haverá a interferência de torcidas. Pelas regras do debate, os candidatos poderão levar oito assessores, que não ficarão no estúdio. Apenas nos intervalos será permitida a entrada de dois deles.

"O mediador, auxiliado pela produção, poderá conceder direito de resposta quando considerar que houve ofensa pessoal entre os candidatos",acrescenta Schroder. A ordem em que os candidatos farão suas considerações finais, no quinto e último bloco, também será decidida na hora, por sorteio.

A era dos debates pela TV começou em julho de 1989, quando nove candidatos ao Palácio do Planalto encontraram-se pela primeira vez, depois de 29 anos sem eleição para presidente. No segundo turno daquele pleito, Fernando Collor (PRN) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentaram-se em confrontos marcados pela tensão e acusações pessoais.

A tradição dos debates, retomada nesta eleição, foi responsável pelos confrontos mais duros até o momento. Na TV Record, no início de setembro, José Serra (PSDB) e Ciro Gomes (PS-PTB-PDT) acusaram-se tanto que motivaram seguidos direitos de respostas, chegando a deixar em segundo plano os outros candidatos.


Mínimo deveria ser de R$ 1,247 mil
SÃO PAULO- O valor do salário mínimo brasileiro deveria ser, em setembro, de R$ 1.247,97. Ou seja, 6,2 vezes superior ao vigente, que é de R$ 200. A estimativa faz parte de estudo feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos).

Para fazer essa estimativa, o Dieese leva em consideração a cesta básica brasileira de maior valor e o preceito constitucional que determina que o salário mínimo deveria ser suficiente para a manutenção de uma família, suprindo suas necessidades com alimentação, moradia, educação, saúde, transporte, vestuário, higiene, lazer e previdência.

Pesquisa do Dieese aponta que a cesta básica de maior valor em setembro foi verificada em Porto Alegre, onde terminou o mês passado custando R$ 148,55.

Em setembro, o brasileiro que ganha salário mínimo precisou trabalhar em setembro, em média, 136 horas e 51 minutos para adquirir a cesta básica, jornada superior à verificada em agosto (133 horas e 43 minutos) e à de setembro de 2001 (131 horas e 41 minutos). A pesquisa do Dieese foi feita em 16 capitais brasileiras.

A mesma situação, segundo o Dieese, pode ser verificada quando se compara a proporção do custo da cesta básica no salário mínimo líquido (após o desconto da parcela referente à Previdência Social).

No mês passado, o trabalhador gastou cerca de 67,36% do seu salário com a aquisição da cesta. Essa proporção é superior a agosto último (65,81%) e a setembro de 2001 (64,81%).

O Governo alega que não pode aumentar o salário mínimo porque explodiria o déficit da Previdência. A maior parte do beneficiários do INSS recebe o mínimo. Além disso, o reajuste do benefício é lastreado no salário mínimo. Tem mais. Os estados e muncípios sairiam prejudicados, segundo o Governo, porque não teriam condições de arcar com suas folhas de pagamento. A maioria dos funcionários ganha um salário mínimo, especialmente nas prefeituras do Interior, onde a situação econômica é mais crítica.


Dólar interrompe seqüência de quedas
Moeda subiu 1,5% ontem e encerrou o dia negociada a R$ 3,665

SÃO PAULO - Após dois pregões de baixa, o dólar subiu 1,5% ontem e encerrou o dia negociado a R$ 3,665. Na semana, a moeda norte-americana acumula queda de 5,5%. O risco Brasil, calculado pelo banco JP Morgan, caiu 3% e encerrou aos 2.153 pontos. O dia foi de sobe-e-desce para a cotação - o dólar chegou a cair 1,66% e fechou na máxima de alta do dia.

A moeda abriu em baixa, mas no fim da manhã inverteu a tendência e passou a se valorizar. Segundo operadores do mercado, houve um movimento de saída de recursos neste momento, o que pressionou a cotação. No início da tarde, o dólar voltou a cair, quando o Banco Central teria começado a intervir no mercado, ao vender a moeda.

Mas, na reta final do pregão, houve novo movimento de compra de dólares, o que acabou por definir a valorização do dia. Operadores ressaltaram que, nesse momento, o giro de negócios era muito pequeno, logo, qualquer operação, por menor que fosse, teria grande impacto no fechamento.

Para os pró ximos dias, há vencimentos de dívidas do setor privado e empresas podem estar aproveitando o alívio da cotação para comprar dólares e honrar compromissos.

Além disso, houve, mais uma vez, boatos em torno de resultado de pesquisas eleitorais concluídas ontem.

As sondagens apontariam, segundo os comentários que circulavam no mercado, a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno das eleições. Uma outra possibilidade que assustou o mercado seria a ultrapassagem de Anthony Garotinho (PSB) sobre José Serra (PSDB). Os dois cenários não foram confirmados pela pesquisa do Datafolha.

INTERVENÇÕES - Desde que iniciou, há dois meses, a oferta de dólares das reservas internacionais ao setor exportador para tentar minimizar os efeitos negativos da falta de moeda estrangeira no mercado, o Banco Central já vendeu US$ 1,136 bilhão em leilões específicos e vinculados à exportação. Segundo dados mais atuais do BC, em agosto foram vendidos nos leilões US$ 438 milhões e em setembro outros US$ 698 milhões. O compromisso do BC é vender até US$ 2 bilhões. Os leilões de dólares são realizados para os bancos que, ao adquirirem os recursos, devem repassá-los para financiamentos aos exportadores do País. Ao final de um prazo definido pelo BC em cada leilão, os recursos emprestados aos bancos devem ser devolvidos em reais, pela cotação do dólar deste dia definido, e acrescidos de uma correção em juros que foi definida na realização do leilão.


Artigos

Desejo de votar
Tereza Halliday

A vizinha de um lado, pessedista roxa. Esgüelava-se pelo finado Partido Social Democrata e suas raposas felpudas. O vizinho do outro lado agilizava títulos de eleitor, batalhando pela finada União Democrática Nacional e seus macacos velhos. No meio, meus pais, enfatizando que o voto era secreto. Procuravam "homens retos" em quem votar, sem paixão por siglas partidárias.

Diante de tanto alvoroço dos adultos, logo percebi que eleição devia ser um troço muito importante. De meia soquete e vestido com laço traseiro na cintura, bati à porta do vizinho que às vezes me dispensava atenções de avô:

- Seu João, eu quero votar.

Respeitado comerciante de Caruaru, João Cursino olhou aquele tico de gente metida a cidadã e não se fez de rogado. Pegou um formulário e começou a preenchê-lo com os dados que as burocracias da vida haveriam de me cobrar, repetidamente, anos a fora. A cada categoria, explicava-me o significado: Sexo, Filiação, Natural de. Completa a inscrição da mais nova "eleitora" do seu reduto, entregou-me o título preenchido a lápis e perguntou, sorrindo: "Em quem você vai votar?".

Sempre fui encantada com as palavras. E já escolhera meu candidato pelo nome que soava mais bonito.

Respondi firme: Cristiano Machado. Os adultos por perto caíram na risada, tirando onda com seu João, que fazia campanha para o Brigadeiro Eduardo Gomes. Apregoava que ele era "um patriota, um homem limpo".

Para mim, isto queria dizer "tomava banho todo dia". O nome Eduardo até que me agradava. Mas Brigadeiro - que eu imaginava ser nome de batismo - continha o termo "briga" e não me apetecia. Sempre fui suspeitosa com as palavras.

Engenheiro-residente da Great Western, meu pai era o superior hierárquico de um chefe de escritório getulista fanático e um chefe de oficinas comunista. Não admira que votasse calado, com seu proverbial espírito pacífico e sabendo que os apaixonados ideológicos não suportam diferença de opinião.

Minha avó assinalava suas despreferências políticas apenas pelo pronome de tratamento, pronunciado com desprezo e cara de quem chupou limão: Seu Getúlio, Seu Agamenon, Seu Juscelino - cada qual com pecados imperdoáveis para seus critérios. Cedo ampliei meu vocabulário com os epítetos pelego, salafrário, cretino e inconseqüente, aplicados por ela a todo político que lhe causasse indignação.

Do tempo da minha iniciação política, só resta minha mãe, com direitos adquiridos de abstenção eleitoral. Aos 82 anos, opta por comparecer às urnas, sempre dizendo que o voto é secreto, sempre à procura de "homens e mulheres retos" em quem votar. Com tantos candidatos tortos e contorcidos, espero que ela e todos nós tenhamos encontrado a agulha de ouro no palheiro, as sementes de trigo no meio do joio.

Ah, seu João Cursino! Se eu soubesse que votar ia ser obrigatório e tão difícil, não teria querido começar tão cedo.


Colunistas

DIARIO POLÍTICO - Divane Carvalho

O apoio do PSB de Arraes a Carlos Wilson (PTB), que disputa uma vaga no Senado pela Frente Trabalhista, deixou de ser um acordo secreto entre amigos e tornou-se público. Desde o dia que os dois passaram a fazer campanha juntos nas feiras do Interior, ninguém teve mais dúvidas de que os socialistas mais dia, menos dia, estariam reforçando a votação do petebista, para desespero da coligação União por Pernambuco.

Porque com o aval de Arraes os demais candidatos do partido passaram a pregar o voto útil em Carlos Wilson, quando os governistas intensificaram a campanha para eleger Sérgio Guerra (PSDB). Na tentativa de conseguir a segunda vaga do Senado pois Marco Maciel, conforme indicam as pesquisas, certamente será eleito para a primeira. Assim, a decisão do candidato a governador pelo PSB, Dilton da Conti, de declarar seu voto em Carlos Wilson no debate da TV Globo, ontem, só reforça a intenção de Arraes de trabalhar até a hora da eleição para ajudar a eleger um senador da oposição, o que impediria a vitória completa de Jarbas Vasconcelos no próximo domingo. Bem ao seu estilo, o presidente do PSB não se expôs nessa campanha em nenhum momento para não se tornar centro dos debates, tanto que não colocou um candidato ao governo mais competitivo. E continua se poupando pois apóia Carlos Wilson informalmente, protegido pela verticalização imposta pelo TSE. Mesmo assim pode ajudar muito o petebista, nesses últimos dias que antecedem a eleição.

O senador Carlos Wilson (PTB) engordou ontem o coro dos que pedem a Ciro (PPS) que desista de disputar a eleição presidencial em favor de Lula (PT): "Insistir com essa candidatura só beneficia Serra, nosso inimigo"

Bebidas 1
Duas portarias, uma da Chefe da Polícia Civil, Olga Câmara, e outra do secretário de Defesa Social, Gustavo Lima, proíbem a venda e o consumo de bebidas alcoólicas no dia da eleição no Estado. Mas em horários diferentes.

Bebidas 2
Na de Olga Câmara a proibição vai da 00h às 18h do dia 6 de outubro. Na de Gustavo Lima vigora das 2h do dia 05 de outubro às 19h do dia 6. E os bebedores tontos, sem saber a hora certa de parar ou recomeçar a farra.

Debate
Militantes e adeptos de José Serra (PSDB) se reúnem hoje, a partir das 20h, no comitê do candidato, no Pina, para assistir ao debate dos presidenciáveis na TV Globo. Um happy hour comandado por Guilherme Robalinho.

Esquisito
Além de complicar a campanha inteira, o TRE ainda fulanizou suas decisões no final.

No guia do rádio, ontem, dizia que o tempo da União por Pernambuco foi reduzido "por determinação dos desembargadores auxiliares eleitorais Marco Antônio Cabral Maggy e Maurício Albuquerque". Esquisito, isso.

Apelo
Eduardo Campos (PSB) reuniu seus militantes e cabos eleitorais e pediu que todos votassem em Carlos Wilson (PTB), lembrando que esse é um voto útil porque o candidato tem chances de se eleger senador.

Estrelas
Os petistas invadiram os principais pontos do Recife, ontem, com as bandeiras brancas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A procura de camisas, adesivos e faixas do candidatos é grande e nos últimos dez dias os petistas já distribuíram 100 mil broches de estrelas, o símbolo do PT.

Disputa
Fabrício Brito (PPS), que disputa uma vaga na As sembléia, faz dobradinha com Roberto Freire em Surubim, vota em Sérgio Guerra e Jarbas Vasconcelos, tem o apoio do PT local e do ex-prefeito José Arruda (PSDB).

Lotéricos
José Chaves, do PMDB, diz que tem o apoio dos lotéricos, concessionários da Caixa Econômica, mas não da instituição que "deixou esses empresários em situação difícil quando tirou deles o pagamento das contas de luz da Celpe".


Editorial

SENTIMENTO DE INSEGURANÇA

O Brasil assistiu estarrecido, no início desta semana, a demonstração de insegurança sem precedentes na história do Rio de Janeiro. Não se sabe de onde saíram os boatos de que o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, determinara o fechamento do comércio na cidade. Mais de 40 bairros obedeceram, muitas escolas tiveram as aulas suspensas e 800 mil passageiros ficaram sem ônibus. O temor de represálias por parte do crime organizado fez os cariocas acatarem as ameaças anônimas.

Preso no Batalhão de Choque da Polícia Militar, Beira-Mar negou responsabilidade no episódio. Outros culpados também não apareceram. A governadora do estado, Benedita da Silva, apressou-se em levantar suspeita de ação política de adversários. Qualquer que seja a verdade, o que mais chama a atenção é o fato de que uma onda de boatos sem autoria consegue paralisar a segunda maior cidade de País. Só uma comunidade acossada pelo medo se sujeita a obedecer a ordens emitidas não se sabe por quem.

Cabe às autoridades federais, estaduais e municipais zelar pela tranqüilidade da população. Enquanto as organizações criminosas exercerem poder nas ruas e nos presídios, a sociedade estará sujeita a humilhações como as de anteontem. Líder do Comando Vermelho, maior organização criminosa do estado, Fernandinho Beira-Mar há menos de um mês comandou o assassinato de bandidos rivais dentro do presídio de Bangu I, onde estava detido e desfrutava de regalias como telefone celular e visitas íntimas. Transferido para o quartel da PM, o traficante manteve a aura de chefe de um estado paralelo.

Como aconteceu em crises semelhantes, a governadora anunciou um conjunto de medidas para tentar descobrir os culpados pela boataria e coibir ações que possam levar pânico à população. Só o tempo dirá se será bem-sucedida. Depois de décadas de fracassos no combate à violência, os habitantes do Rio perderam a confiança na capacidade de a polícia vencer as quadrilhas organizadas.

O sentimento de insegurança está tão arraigado na sociedade carioca quesó um trabalho eficiente e continuado poderá devolver aos cidadãos o direito de ir e vir. Por enquanto, a única certeza que se tem é que os moradores do Rio acreditam mais em rumores sem autor do que nas explicações de seus representantes constituídos.


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10/03/2002


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