CIRO ABRE 17 PONTOS EM RELAÇÃO A SERRA








CIRO ABRE 17 PONTOS EM RELAÇÃO A SERRA
O candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, está com 34%, e o da Frente Trabalhista, Ciro Gomes (PPS-PDT-PTB), com 29%, segundo a mais nova rodada do Instituto Vox Populi, divulgada ontem. O presidenciável tucano, José Serra (PSDB-PMDB), vem em terceiro, com 12%. Já Anthony Garotinho (PSB), aparece com 9%. O Vox Populi ouviu 2.004 eleitores, sexta-feira (09) e anteontem (10). A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos.


Prefeito prepara grande festa para presidenciável
A superestrutura montada por Fernando Bezerra Coelho (PPS) para recepcionar Ciro Gomes chamou a atenção de quem foi ao evento. Milhares de balões coloridos, um imenso palco, canhões de luz, chuva de papel picado e um sistema de som de fazer inveja a qualquer estrela da música pop nacional.

O público, estimado pelos organizadores em cerca de 20 mil pessoas, acompanhou atento aos discursos e manifestou apoio aos principais líderes políticos da região. “Esse foi um evento muito importante para mim porque consolidou um projeto pelo qual lutei bastante”, justificou, emocionado, o prefeito.

Os moradores de Petrolina também capricharam para receber os convidados para o evento. Cidade limpa, população na rua, faixas, cartazes e camisas com os nomes e os números dos candidatos. Durante as três horas de duração do comício, que foi encerrado com um show de bandas locais, o público acompanhou de pé, mas sem perder a empolgação. “Vai ter muito mais quando Ciro voltar aqui com Jarbas, já eleitos”, disparou o comerciante Luiz Pedro da Silva, que decorou a sacada de sua casa com bandeiras e adesivos de Ciro Gomes.


Festa multipartidária para Ciro em Petrolina
Políticos de diversos partidos foram a Petrolina prestigiar o comício do presidenciável do PPS, que agradeceu a presença de vários aliados do governador Jarbas Vasconcelos

PETROLINA – Um palanque suprapartidário. Foi isso que o prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra Coelho (PPS), ofereceu, no último sábado, ao presidenciável da Frente Trabalhista, Ciro Gomes (PPS). Satisfeito em encontrar representantes do PMDB, PFL, PV e até do PSB no comício realizado no município, Ciro não escondeu a satisfação de receber o apoio de correligionários e aliados do governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que apesar de manter seu apoio ao tucano José Serra (PSDB), não está impedindo a adesão de suas bases à candidatura do pós-socialista.

Dezenas de prefeitos, vereadores, deputados e candidatos dos partidos que fazem a base de sustentação da aliança jarbista fizeram questão de deixar claro o apoio ao palanque de Ciro. A adesão não ficou restrita aos cumprimentos e à simples presença.

Muitos dos novos aliados chegaram a discursar, pedindo votos para Ciro, Jarbas e para o candidato tucano ao Senado, Sérgio Guerra. Apenas o nome do vice-presidente, Marco Maciel, foi excluído da lista de majoritários agraciados nos discursos. Dos 25 prefeitos que compareceram ao comício, 18 eram do PMDB – 6 da Bahia e outros 19 de Pernambuco.

Escolhido para representar os prefeitos do Sertão do São Francisco, o prefeito de Santa Maria da Boa Vista, Rogério Júnior (PMDB), fez um dos discursos mais inflamados em defesa da candidatura de Ciro. “Sou do PMDB de Jarbas Vasconcelos e estou aqui representando não só os prefeitos de minha região, mas o pensamento de uma ala do partido que acredita em Ciro e sua equipe. Sei que apesar do meu partido apoiar formalmente do candidato José Serra não terei nenhum problema em compartilhar desse palanque, porque o meu governador é um homem justo e sabe respeitar a opção de cada um. Por isso, entrei de cabeça nesta campanha para pedir votos para Ciro, Jarbas, Sérgio Guerra e Roberto Freire”, disparou Rogério.

Satisfeitos com os resultados obtidos junto às bases governistas, os pós-comunistas também carregaram de emoção seus discursos. “Quando Fernando Bezerra buscou o apoio de Jarbas Vasconcelos foi incompreendido. Naquele momento, o seu pensamento não era o pensamento da maioria do partido. Hoje, vemos que ele estava certo. O resultado está aqui: Temos um palanque próprio, forte e coeso”, discursou Freire, ao pedir votos para Ciro, Jarbas e Sérgio Guerra.

Entusiasmado, o prefeito Fernando Bezerra chegou a afirmar que “não haveria segundo turno nas eleições presidenciais”. “Ciro já é vencedor. Não se vê outra coisa no interior nordestino que não seja o povo perguntando sobre aquele cearense que construiu um Estado melhor e que agora quer transformar o País”, afirmou.

Em seu discurso, Ciro fez questão de frisar seu descontentamento com o nível das discussões entre os candidatos à Presidência. “Tem muita gente perdendo o equilíbrio.

E daqui para frente vai piorar ainda mais”, frisou o candidato, para depois iniciar uma série de agradecimentos pelo apoio recebido em Petrolina. “Esse encontro é a festa da democracia. Me sinto muito honrado em estar aqui e receber em meu palanque aliados do governador Jarbas Vasconcelos. Prometo voltar a esta terra para juntos trabalharmos por um amanhã melhor”, discursou.


Garotinho reforça a candidatura de Ronaldo Lessa
PENEDO, AL – O candidato à Presidência pelo PSB Anthony Garotinho, participou anteontem de um comício no centro de Penedo (AL), às margens do Rio São Francisco, a cerca de 160 quilômetros de Maceió. Antes de subir ao palanque, o ex-governador do Rio deu entrevista ao lado do governador Ronaldo Lessa (PSB), candidato à reeleição.

Garotinho disse que escolheu Alagoas para retomar a campanha pelo País, depois de três semanas no Rio, por causa da importância política do Estado e “para marcar posição contra a candidatura do ex-presidente Fernando Collor Mello (PRTB) a governador”.

“O Brasil não pode ficar impassível com essa candidatura que representa o atraso e a corrupção”, afirmou, solidarizando-se com Lessa e desafiando os concorrentes na sucessão presidencial, Ciro Gomes (PPS), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e José Serra (PSDB), a fazerem o mesmo em Alagoas.

O candidato disse que está confiante na vitória e que disputará o segundo turno contra Lula. Garotinho criticou o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e disse que o partido “fará pelo menos seis governadores nestas eleições”.


Collor vira pesadelo para Ciro
Candidato ao Governo de Alagoas, o ex-presidente e seus aliados não se cansam de pedir aos seus eleitores que votem em Ciro Gomes à Presidência

MACEIÓ - Indiferente às recusas do presidenciável do PPS, Ciro Gomes, o palanque do ex-presidente Fernando Collor de Mello – candidato ao Governo de Alagoas – está mesmo fechado com a sua candidatura ao Planalto. Em todos os comícios que vem fazendo, Collor e seus aliados indicam ao eleitorado o voto em Ciro, sem tomar conhecimento da nota divulgada pelo candidato na semana passada, na qual, preocupado com um suposto desgaste que esse tipo de adesão poderia causar ao seu palanque, dispensa o apoio collorido.

Não bastasse o fato de Collor ter comentado – sem esconder uma ponta de ironia – que desde o momento em que os adversários começaram a comparar o perfil de Ciro Gomes ao seu o pós-comunista subiu nas pesquisas, na última semana o ex-presidente abandonou os bastidores e encampou de vez a candidatura do PPS. Em entrevista à TV Pajuçara – uma das raras que tem concedido desde que se lançou ao Governo de Alagoas – e nos comícios que tem feito, Collor mandou o recado pró-Ciro. “Para presidente da República, recomendo que vocês votem em Ciro Gomes, porque é um nordestino que já foi prefeito, governador e ministro, e é conhecedor da realidade do nosso povo sofrido da região”, pedia Collor, na última quinta-f eira à noite, em Anadia, um pequeno município do Agreste alagoano.

Bom ou ruim para o PPS, o fato é que o ex-presidente fez sua escolha, e está sendo seguido pela maioria do seu palanque. Alguns, inclusive, remanescentes do grupo que mandou no País durante o Governo Collor, e ganhou o apelido de “República de Alagoas”. Entre os que seguem a orientação do líder estão o ex-deputado Vitório Malta, o ex-governador e candidato ao Senado Geraldo Bulhões (PFL), o empresário e candidato a deputado João Lyra, o filho de Collor, Arnon de Mello Neto, também candidato a federal, o deputado federal Luiz Dantas, entre outros colloridos. E não há nada que Ciro Gomes possa fazer a respeito.

Ainda mais inquietante para os pós-comunistas foi a decisão anunciada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, na semana passada. O órgão não acatou os recursos impetrados pela direção do partido – desejosa de se afastar o máximo possível do ex-presidente e das comparações –, e manteve o PPS na coligação que apóia Collor. Assim sendo, os pós-comunistas terão que conviver no palanque collorido de Alagoas, até o final da disputa, com os aliados do PRTB, PFL e PPB.


Rede Globo decide suspender entrevistas com os candidatos
A Rede Globo suspendeu, temporariamente, a realização da série de entrevistas com os postulantes ao Governo do Estado. Depois do despacho favorável à representação ingressada pela Frente Popular das Oposições (PSB/PRTB/PTdoB/PRP) – emitido pelo juiz da propaganda, Antônio Fernando Martins, na última sexta-feira –, a emissora preferiu rever sua estratégia de defesa da acusação de “quebra de eqüidade”. Segundo o advogado da Rede Globo, Carlos Alberto Leal, o departamento jurídico da Casa recorreu, no sábado, mas devido à complexidade da ação, optou por um estudo mais detalhado do caso.

“Esse assunto tomou outros caminhos, e, agora, nós (jurídico da emissora) teremos que rever nossa argumentação. O juiz (Fernando Martins) não tem competência para julgar esse processo, por isso recorremos, mas esse caso ganhou uma dimensão muito complexa. Por ser uma situação atípica, o processo está em sobre estado”, explicou Leal.

Prevista para ter início hoje, a sabatina causou polêmica quando a Frente Popular das Oposições contestou os critérios adotados pela Rede Globo para elaborar as normas do debate (representatividade dos partidos na Câmara Federal e desempenho dos candidatos nas pesquisas). Pela regra, Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Humberto Costa (PT) responderiam, por 10 minutos e ao vivo, às perguntas dos jornalistas, durante o NE TV – 1ª Edição. Já a entrevista com Dilton da Conti (PSB) e Ilo Jorge (PDT) seriam pré-gravadas e com duração de dois minutos.


Colunistas

PINGA FOGO – Inaldo Sampaio

Saco de pancadas
À medida em que Ciro Gomes cresce nas pesquisas, aumentam também em certos órgãos de imprensa o tiroteio contra ele. Já foi chamado de “novo Collor”, “mentiroso”, “novo Otávio Mangabeira” por ter beijado a mão de ACM, e vai por aí. Mangabeira, cacique udenista da Bahia, entrou para a História do Brasil por ter, como deputado federal, num gesto de suprema subserviência, ajoelhado-se e beijado a mão do general norte-americano Dwight Eisenhower.

Só que Ciro parece ser blindado, pois, quanto mais batem, mais ele cresce. Também o governador Jarbas Vasconcelos, que irá votar nele num eventual segundo turno, engrossou o coro de José Serra e, voluntária ou involuntarimente, disse: “Sem desmerecer os outros candidatos (...), o Brasil precisa de um homem sério, limpo, que não sabe mentir, com visão do Brasil e do mundo”. Como se sabe, chamar o ex-ministro de o “candidato da mentira” é obra dos “serristas”.

Até o jornal “O Estado de São Paulo”, que projetou nacionalmente Tasso e Ciro, entrou nessa roda. Em editorial intitulado “Mentira tem perna curta (08/08)”, diz:
“Parafraseando Fernando Pessoa, é o caso de dizer que Ciro Gomes mente tão completamente que ele próprio já não deve saber a diferença entre realidade e fingimento”.

Sangue novo
Dia 6 de setembro próximo, tomará posse na presidência da Fetape um dos seus mais jovens líderes rurais: Aristides Santos (foto). Natural de Tabira, no Pajeú, 38 anos, ele iniciou sua militância política nas comunidades eclesiais de base da Igreja Católica.

Esteve alistado nas frentes de emergência de 79 a 83, tendo participado como líder sindical da célebre invasão ao prédio da Sudene, em 93. Além disso, cumpre o 2º mandato de vereador em sua cidade. Pelo PT.

Livre pra voar
O ex-prefeito de João Alfredo e candidato a deputado estadual, Severino Cavalcanti Júnior (PPB), livrou-se da inelegibilidade arguída pelo Ministério Público. A decisão do TRE foi tomada por unanimidade. Ele conta com o apoio do pai, deputado Severino Cavalcanti, e dos prefeitos de Pombos, Canhotinho, Vertente do Lério, Salgadinho,
Flores e Trindade.

Almoço apolítico
Roberto Magalhães (PSDB) será homenageado amanhã no “Spettus”, com um almoço, pelo Clube dos Advogados de Pernambuco. A presidente, Nair Andrade, faz questão de deixar claro que a entidade irá homenagear o “advogado” Roberto Magalhães, não o político. O que abre espaço para o comparecimento de advogados da oposição.

Viagem de Arraes ao sertão será amanhã
Diferentemente do que foi publicado na coluna, a viagem de Arraes a Flores e a Custódia, em busca de votos para a Câmara Federal, não aconteceu na semana passada. Está marcada para amanhã. Ele vai percorrer as feiras de ambas.

Pernambuco excluído do roteiro da Band
A Rede Bandeirantes de Televisão promoverá neste domingo em uma grande parte das capitais o 1º debate político com os candidatos a governador. Pernambuco está excluído porque Jarbas não participa de debate no 1º turno.

Governo Ciro 1
Numa entrevista bombástica ao “Globo”, Roberto Freire (PPS) declarou que se Ciro Gomes for eleito presidente convidará José Serra e Lula para participarem do seu governo. Segundo o senador, essa é a forma que o ex-ministro disporá para evitar que o seu eventual governo seja dominado por conservadores.

Governo Ciro 2
Roberto Freire disse mais ao jornalão da família Marinho: se Ciro chegar ao Planalto terá que repetir FHC, compondo um governo de centro-esquerda. O atual presidente da República, diz o senador, é muito mais comprometido com a democracia do que ACM. Que, como se sabe, é um dos generais da causa “cirista”.

Nesta segunda, às 19h, será lançado no auditório da OAB o livro “Eleições gerais 2002 - Manual prático”. É de grande utilidade para candidatos a cargos eletivos porque contém a legislação consolidada, resoluções e instruções do TSE e a estatística do eleitorado pernambucano, município por município. Trabalho do editor Manoel Neto Teixeira.

Candidato à reeleição pelo PT, o deputado Fernando Ferro abrirá nesta 3ª feira o seu comitê (Rua do Sossego, 298, Boa Vista). Eudo Magalhães (PPB) também abrirá o dele na Av. Mascarenhas de Moraes, 726, na Imbiribeira. Sexta, o deputado José Augusto Farias (PSB) inaugurou o seu. Mas em Surubim.

O acordo com o FMI foi um “mal necessário”, tudo bem, para evitar que o país quebrasse em plena campanha eleitoral. Mas também é a maior prova de que essa política econômica não dá mais. Esgotou-se. Faz com que o Brasil trabalhe apenas para pagar os juros de suas dívidas interna e externa. Há que se testar outra, urgentemente.

O capitão PM e candidato a deputado estadual, José Pires, morador de Carpina, pegou 3 cadeias nos últimos 3 anos por misturar sua atividade com política em defesa do governo Jarbas e contra Carlos Lapa (PSB). A Carlos Wilson, a quem apoiará para senador, disse: “Não quero nada seu. Só o Mané Chinês”.


Editorial

A VEZ DO URUGUAI

O caso da crise uruguaia é a comprovação mais eloqüente e cabal de que países em desenvolvimento, que ainda não tiveram acesso ao clube dos ricos, não devem acreditar que progredirão e chegarão lá seguindo normas ortodoxas e inflexíveis do FMI, que os levam a endividar-se sempre mais, mantendo a população e a própria atividade produtiva em rédea curta, para poder conseguir pagar pelo menos os juros das dívidas. Isso equivale a dizer (o que o FMI e os países desenvolvidos não confirmam): o número de sócios do clube está completo; ou, como no samba Estatuto da Gafieira, “quem está fora não entra, quem está dentro não sai”. O que lembra também o suplício de Prometeu, da mitologia grega, acorrentado a um penhasco do Cáucaso, onde uma águia devorava-lhe o fígado, que se recompunha para ser novamente devorado; eternamente. Pode parecer dura a imagem, mas é assim que é.

As dívidas “insensatas” dos países em desenvolvimento (palavra de John Kenneth Galbraith, assessor de John Kennedy) fazem com que os “Prometeus” sejam supliciados por tempo indeterminado, em troca da perenização do subdesenvolvimento. Os países emergentes correm sério risco de se tornarem irremediavelmente submergentes.

O território do Uruguai foi disputado durante muito tempo pelo Brasil e a Argentina. No século 19, formou-se um país independente, cuja economia era sustentada pela exportação de carne. Durante boa parte do século passado, o Uruguai era conhecido como a Suíça da América do Sul, tal a sua prosperidade, que lhe permitia até manter um sistema de saúde e previdenciário invejável. Tinha uma estabilidade política inimaginável por estas bandas e uma política externa autônoma, comparável à que mantinha, até há pouco, o México. A Argentina também tinha uma economia aparentemente sólida e considerava-se um país europeu. Tudo isso esvaiu-se, como ocorre com quem baseia sua economia na produção agropecuária e de matérias-primas. Um país que já foi considerado um paraíso fiscal não tem hoje as divisas necessárias para honrar seus compromissos, atingido por estilhaços das crises dos dois grandes vizinhos. As operações bancárias ali paralisadas só se normalizaram depois que o Tesouro dos Estados Unidos decidiu adiantar um empréstimo de US$ 1,5 bilhão, a ser coberto pelo FMI, BID e Banco Mundial. Assim, aumenta a dívida externa do país vizinho. Quer para o Uruguai, para a Argentina ou o Brasil, um empréstimo só tem sentido como uma operação emergencial, e não rotineira. Se não se adota uma política de aumento da produção, das exportações, da oferta de empregos, com juros razoáveis e linhas de financiamento; se não se recupera o poder de decisão dos governos desses países (e de outros na mesma situação) sobre projetos nacionais razoáveis e sustentáveis; eles nunca se livrarão do suplício de Prometeu.

Permanecerão acorrentados ao Cáucaso da dívida e da incapacidade de decisão, à mercê da águia que Alan Greenspan, presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA), chamou de “ganância infecciosa”.

O que pode libertar esses países do Cáucaso é a retomada do poder de decisão sobre suas políticas e destino; é uma economia com produção, multiplicação de postos de trabalho, com capacidade de exorcizar as cassandras dos que classificam o que eles chamam de risco Uruguai, risco Brasil. É preciso vontade política. Recentemente, o banco de investimentos Merrill Lynch declarou-se otimista com o futuro do Brasil e sugeriu que seus clientes não parem de investir aqui. Todos ou outros o farão, desde que tenhamos a decisão e a independência de países que resolveram desenhar seu próprio futuro; seja o Uruguai, o Brasil, a Argentina ou qualquer outro, em perigo de se ver acorrentado no penhasco do Cáucaso, ou virar submergente.


Topo da página



08/12/2002


Artigos Relacionados


Serra está a 4 pontos de Ciro

Ciro cai 4 pontos e empata com Serra em 17%

Ciro sobe 7 pontos e encosta em Serra

Serra recupera 13 pontos e empata com Ciro

Lula cresce e abre 10 pontos sobre Ciro

Lula abre 32 pontos sobre Serra