Collares denuncia PT









Collares denuncia PT
O deputado federal Alceu Collares (PDT) apresentou ontem à 112ª Zona Eleitoral representação por abuso de poder econômico e ilegalidade na propaganda eleitoral do PT e dos candidatos da chapa proporcional. Collares reclama que “há uma monopolização dos espaços públicos pelos petistas, ferindo a isonomia de condições financeiras dos partidos”.

David Stival, presidente do PT, diz que “não é ilegal”, e que “Collares e o PDT tentam ser arautos da moralidade pública”.


Assembléia lança prêmio social
O Plenarinho da Assembléia Legislativa lotou ontem para o lançamento do Prêmio Responsabilidade Social RS e do Prêmio Nacional de Balanço Social organizado pelos Institutos Ethos e Ibase, durante o Seminário Balanço Social.

O deputado Cézar Busatto (PPS), autor da lei que institui a premiação, abriu o seminário em nome do presidente do Legislativo, deputado Sérgio Zambiasi. Busatto lembrou que o Rio Grande do Sul é pioneiro no país ao instituir o Prêmio e destacou que, desta forma, o Poder Legislativo se associa para estimular a responsabilidade social das empresas.

O deputado ressaltou que, desde o ano de 2000, quando o Prêmio foi criado, o número de empresas participantes cresceu cerca de 300%. Para participar da edição deste ano, as empresas poderão se inscrever até 31 de julho.


Ciro: Serra é desonesto como Collor
O candidato da Frente Trabalhista à Presidência da República, Ciro Gomes, chamou ontem o candidato tucano, José Serra, de desonesto e o comparou ao ex-presidente Fernando Collor de Mello. Ciro, que participou de caminhada em São Paulo, comentou declarações de Serra sobre a possibilidade dele confiscar a poupança.

O ataque foi duro: “Este sabe o que está fazendo. Eu apenas recomendei-lhe calma, porque ele sabe que está sendo desonesto mais uma vez. Ele tenta fazer o que Collor fez com Lula. No debate de 1989, o Collor disse que Lula iria tomar a poupança e aí conseguiu espalhar a intriga. Depois, assumiu e tomou a poupança do povo”, lembrou.


Aumento das tarifas públicas é o que causa discórdia na campanha de Serra
A coordenação de campanha do tucano admite que reajustes no gás, luz e telefone provocam reações negativas

Os aumentos das tarifas públicas, registrados nos últimos dias, está causando discórdia na coordenação política do candidato do PSDB às Presidência da República, José Serra. A última pesquisa eleitoral do Ibope acendeu o sinal de alerta no comitê do candidato tucano.

O próprio coordenador de campanha do presidenciável do PSDB, Pimenta da Veiga, admitiu que os reajustes ocorridos no preço do gás de cozinha, na luz elétrica, na conta do telefone e nos combustíveis, “provocam reações negativas na população, embora essas empresas tenham sido privatizadas pelo governo federal”.


Fracasso de público faz Garotinho suspender comícios
Candidato reuniu pouco mais de 50 pessoas em comício. Nesta semana foram dois os compromissos desmarcados

O candidato do PSB à Presidência, Anthony Garotinho, cancelou a viagem que faria hoje para Gioânia para participar do fórum anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência). Segundo sua assessoria, Garotinho cancelou a viagem para acompanhar uma tia de sua esposa, a candidata ao governo do Rio, Rosinha Matheus (PSB), que está na UTI.

Ele iria apresentar suas propostas para a área da ciência e tecnologia, como fez na terça-feira o petista Luiz Inácio Lula da Silva, um de seus adversários na disputa.


A imprensa e o Legislativo
Melhorar as relações entre o Poder Legislativo e a Imprensa. Este é um dos objetivos traçados ontem durante o 34º Encontro Estadual dos Vereadores, Assessores, Servidores e Técnicos Legislativos das Câmaras Municipais do RS, que contou com a presença do presidente da Agert (Associação Gaúcha das Emissoras de Rádio e Televisão), Paulo Sérgio Pinto.


Colunistas

COISAS DA POLÍTICA

Trabalho infantil
A Subcomissão das Crianças, Adolescentes e Famílias em Situação de Vulnerabilidade no Estado, presidida pela deputada estadual do PT Maria do Rosário, discute, às 14h de hoje, o trabalho infantil, exploração e abuso sexual.


Arrecadação
O vereador do PT da capital Adeli Sell quer que o Legislativo aproveite o recesso para aprofundar o debate sobre arrecadação municipal, que precisa ser incrementada.


Multas de trânsito
O parcelamento nas multas de trânsito voltou a ser defendido pelo vereador do PMDB da capital Fernando Zácchia, que tem um projeto sobre a questão. O município poderia arrecadar mais, argumenta.


Tolerância Zero
Tolerância zero contra ilegalidades na arrecadação é o que defende o vereador do PPB da capital João Dib. Mas ele não confia no Executivo. “Quem arrecada do povo para aplicar no sistema financeiro não é bom administrador”, diz.


Feiras escolares
O deputado estadual do PT Ronaldo Zulke, representantes de escolas técnicas de 2º grau e a direção da Fapergs propuseram a constituição de um fundo que viabilize a participação de estudantes gaúchos em feiras internacionais. Assim, projetos inéditos podem competir em pé de igualdades em qualquer país.


Der spiegel
A avaliação da revista alemã Der Spiegel sobre Lula indignou a vereadora do PT da capital Maristela Maffei. Trata-se de opinião isolada de setores retrógrados, que foram os primeiros a explorarem o Brasil e um dos piores exemplos para o mundo com o Estado nazista.


Editorial

INDÚSTRIA ADORMECIDA

Alguns números pouco animadores referentes à indústria foram divulgados nesta semana. O dado mais desanimador foi anunciado pelo IBGE: o último mês de maio foi o pior para o setor desde 1995. A produção industrial recuou 5,1% em relação a abril deste ano e 0,9% em relação a maio do ano passado. Nos primeiros cinco meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2001, a queda foi de 0,3%. Dos 20 setores industriais pesquisados, 16 apresentaram retração. As maiores quedas foram nos setores de material elétrico e de comunicações (-16,8%), material de transporte (-12,9%) e metalúrgico (-5,3%). Os principais impactos positivos vêm da indústria extrativa mineral (crescimento de 18,8%), onde destaca-se a produção de petróleo e gás natural - tendo a extração recorde da Petrobras de 1,5 milhão de barris dia como principal mola -, e da química (4,1%). A retração na indústria veio acompanhada por uma queda na inflação em maio. Naquele mês, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) ficou em 0,21%, contra os 0,80% registrados em abril e 0,42% em junho.

O Banco Central percebeu este desaquecimento da economia, disse que houve um "arrefecimento na demanda" e, em função disso, chegou até a sinalizar com um corte na taxa básica de juros na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC) de maio. No fim, mesmo com a confirmação da queda na atividade econômica, a redução não veio e a Selic foi mantida em 18,5% ao ano, fato até hoje criticado. Devido a todo esse quadro, os analistas de diversas instituições financeiras, que fornecem projeções ao relatório Focus do Banco Central, reviram suas previsões para o crescimento do PIB brasileiro neste ano. Dos 2,5% estimados até pouco tempo atrás, a expectativa agora caiu para 2%. Este crescimento é muito baixo frente às carências sociais que o Brasil atravessa.

Com tantos dados desanimadores, é possível encontrar alguns pontos que trazem mais esperança. Mesmo com o quadro não tão favorável para o curto prazo, os investidores estrangeiros continuam acreditan do no país. Em investimentos de mais longo prazo, devem ingressar no país cerca de
US$ 17,5 bilhões. Ou seja, a desconfiança só fica com agências classificadoras de risco, que muitas vezes não contemplam de maneira adequada todo o momento pelo qual o país passa, mas emitem opiniões que servem a interesses especulativos. O Brasil continua sendo um potencial grande mercado de consumo e por isso mais indústrias pretendem se estabelecer aqui.

É sabido que a história da economia é feita de ciclos. A atual conjuntura está se prolongando mais do que o esperado e já se desenham sinais de mudança. Nesta semana, a calma parece ter voltado ao mercado financeiro. A viagem do presidente do BC, Armínio Fraga, aos Estados Unidos, para encontros com autoridades e investidores, foi bastante exitosa na medida em que desmanchou um pouco o nervosismo do mercado financeiro internacional em relação ao país. Isso se refletiu na taxa de risco-Brasil, que declinou. Este pode ser o início de uma nova circunstância mais positiva.

Numa maré mais favorável, não haverá justificativas para que o Copom não reduza a taxa básica de juros. Acontecendo isso, crescem as possibilidades de uma retomada na produção industrial e no crescimento do PIB. Exatamente como devem esperar os investidores que colocarão os seus US$ 17 bilhões aqui, mostrando que ainda existem motivos para se acreditar neste país.


Topo da página



07/12/2002


Artigos Relacionados


Collares ainda se diz injustiçado

Collares não aceita as críticas de Lula

Alceu Collares vice-presidente

Collares sobre Itamar: “Ele tem esses faniquitos

Collares diz que Tarso também faz parte do clube

Zambiasi recebe Collares e prepara segundo turno na capital