CPI do Apagão Aéreo ouve responsáveis por investigação do acidente da TAM



A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo realiza, nesta terça-feira (28), às 11h, audiência pública para investigar as causas do acidente com o Airbus A320 da TAM, ocorrido em 17 de julho no Aeroporto de Congonhas (SP). Estão convidados para prestar esclarecimentos à comissão o delegado da Polícia Federal Frederico Grinsburg Saldanha, responsável pelo inquérito do acidente, e o promotor de Justiça do Estado de São Paulo Mário Luiz Sarrubbo, designado para acompanhar as investigações no 27º Distrito Policial de São Paulo, localizado no bairro de Campo Belo.

Também será ouvida a procuradora Fernanda Taubemblatt, uma das procuradoras da República que assinaram ação do Ministério Público Federal pedindo a transferência de vôos de Congonhas para outros aeroportos em São Paulo por considerar que as condições do aeroporto do centro de São Paulo contribuíram para o acontecimento do acidente.

Devem prestar informações, na mesma audiência, o delegado responsável pela investigação do acidente, Antônio Carlos Menezes Barbosa, e a desembargadora Cecília Marcondes, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. A desembargadora deu entrevistas dizendo ter se sentido "enganada" pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ao ter examinado, em processo que determinou a liberação da pista principal de Congonhas, documento que a própria Anac diria depois não ter validade.

Na quarta-feira (29), às 11h, a comissão volta a reunir-se e foca suas atenções na apuração de denúncias de corrupção envolvendo funcionários da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Deverão ser ouvidos os corregedores setoriais na Controladoria Geral da União Alexandre Penido Duque Estrada, do Ministério dos Transportes, e Luiz Henrique Pandolfi Miranda, dos Ministérios da Ciência e Tecnologia e das Comunicações.

Além de ouvir os dois corregedores setoriais, os senadores colherão o depoimento do empresário Carlos Alberto Carvalho, da Aeromídia. Ele foi acusado pela empresária Sílvia Pfeiffer, em reportagem da revista IstoÉ publicada em abril, de ter pagado propina a funcionários da Infraero

27/08/2007

Agência Senado


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