Duciomar quer justiça para o estado do Pará
O senador Duciomar Costa (PTB-PA) reivindicou nesta sexta-feira (21),em Plenário, um tratamento mais justo para o Pará, onde, segundo afirmou, as renúncias fiscais resultam em transferência de renda dos pobres para os mais ricos. Ele disse que a Companhia Vale do Rio Doce, responsável pela exploração mineral em Carajás, extrai riquezas, ganha enormes somas em exportação, quase não paga impostos e deixa, para a população local, -apenas o apito do trem-.
De acordo com Duciomar, a lei que desonera produtos minerais para exportação dá um prejuízo de R$ 400 milhões por ano ao cofres do estado, dinheiro que deveria ser usado em programas sociais para a população.
Ele fez um apelo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para realizar as mudanças que o povo paraense clamava quando votou nele. O senador reconheceu que o governo sozinho não será capaz de realizar as reformas e ajustes necessários para reverter os mecanismos concentradores de renda e agravadores das desigualdades regionais.
Duciomar manifestou sua convicção de que os deputados, senadores e a sociedade em geral saberão, na hora certa, apoiar as reformas de que o país precisa. -É necessário um pouco de paciência e compreensão de todos, mas principalmente de participação ativa na hora certa-, disse.
Em aparte, o senador João Capiberibe (PSB-AP) afirmou que os privilégios fiscais para grandes grupos empresariais representam problemas em quase todos os estados da região Norte: energia elétrica subsidiada, grupos de mineração e megaprojetos que não pagam impostos.
Também em aparte, o senador Luiz Otávio (PMDB-PA) afirmou que o superávit comercial do estado do Pará com o exterior é de US $ 2 bilhões anuais. -O povo paraense quer participar desta riqueza-, disse.
Para o vice-líder do PSDB no Senado, Romero Jucá (RR) as primeiras medidas tomadas pelo governo estão decepcionando a população. Na sua opinião, o aumento de juros e o contingenciamento do Orçamento não representam a direção que os eleitores apontavam quando votaram pelas mudanças. -Acredito que o medo esteja vencendo a esperança-, observou.
21/02/2003
Agência Senado
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