DUTRA DENUNCIA AÇÃO JUDICIAL FALSA CONTRA ACM



O senador José Eduardo Dutra (PT-SE) repudiou nesta quarta-feira (dia 14), em nome do Partido dos Trabalhadores, a distribuição de documentos falsos, sem autoria identificada, segundo os quais o deputado Jacques Wagner (PT-BA) estaria processando a Universidade Federal da Bahia, em virtude da concessão de aposentadoria ao senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Dutra disse que os documentos foram distribuídos em vários gabinetes do Senado e considerou a atitude criminosa e de cunho político.
Segundo o senador sergipano, Jacques Wagner, ao tomar conhecimento da falsa ação, procurou os autos e constatou, juntamente com sua advogada, Carla Maria Nicoline, que as assinaturas constantes do processo foram grosseiramente falsificadas. Ele afirmou que a falsa ação constitui crime de falsidade ideológica, e exigiu que a Justiça apure, com rigor, as responsabilidades.
José Eduardo Dutra acrescentou que o objetivo da falsificação é denegrir a imagem política do deputado petista que, além de ser candidato a prefeito de Camaçari, na região metropolitana de Salvador, segundo maior município em arrecadação no estado, "pertence a uma agremiação política de corrente declaradamente oposicionista àquela que pertencem os réus."
- O PT faz a luta em campo aberto. Mas nossas divergências políticas e ideológicas, seja com o senador Antônio Carlos Magalhães, seja com o PFL seja com quaisquer partidos nessa Casa, estão colocadas de maneira clara e pública; e quando envolvem o Poder Judiciário, nós informamos que vamos encaminhar qualquer ação - salientou o senador.
O presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães, disse ter deduzido de onde teria partido a falsa ação. Ele agradeceu a Dutra e ao deputado baiano por explicarem a questão, acrescentando ser um assunto ultrapassado "há vários anos já arquivado e com ganho de causa em várias instâncias".
- Ninguém vai me impedir que eu cumpra com meus deveres na Presidência do Senado na apuração de delitos, seja de quem for. Acredito que todos possam ver nisso uma trama ligada a assuntos que o Senado tem que averiguar - concluiu Antônio Carlos Magalhães.

14/06/2000

Agência Senado


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