Estudo avalia impactos positivos de empréstimo de R$ 79 bi do Tesouro ao BNDES



Um estudo feito pelo BNDES concluiu que o empréstimo de R$ 180 bilhões, concedido pelo Tesouro Nacional à instituição, teve impactos positivos nas contas públicas de R$ 79 bilhões. Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (19), pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo presidente do banco, Luciano Coutinho.
 

Ainda segundo o BNDES, o empréstimo ao banco público gerou uma elevação do PIB nominal do País em R$ 229 bilhões. O levantamento trabalha com um cenário que prevê a convergência das taxas Selic (atualmente em 10,75%) e a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) – que está em 6% – em 2018, embora esta seja uma hipótese conservadora.


Segundo o comunicado, compreende-se como um dos benefícios um lucro adicional do BNDES de R$ 37,1 bilhões durante o período do empréstimo (20 a 40 anos). A União é o único acionista do BNDES, e seus lucros retornam à sociedade por meio de capitalizações do banco e pagamento de dividendos à União.


Outro retorno, de R$ 41,9 bilhões, se dá pelo aumento da arrecadação de impostos da União. O número foi calculado estimando-se em R$ 153 bilhões os investimentos sustentados pelos empréstimos do Tesouro ao BNDES.

 

A partir de um cenário conservador, estimou-se que — com um efeito multiplicador da renda de 1,5 — estes recursos elevam o PIB nominal em R$ 229 bilhões. Com uma carga tributária líquida federal de 20%, atinge-se uma ampliação de R$ 41,9 bilhões na arrecadação, a valor presente.


O objetivo central do levantamento foi dimensionar parte dos benefícios do empréstimo do Tesouro, mas cabe lembrar, também, que a operação tem outros efeitos econômicos e sociais significativos.

 
O comunicado afirma que “os recursos permitiram ao BNDES reforçar sua capacidade de conceder crédito em um momento de crise internacional aguda, dando segurança ao setor produtivo, sustentando empregos e induzindo uma recuperação mais rápida do investimento. Dessa forma, foi possível ampliar a capacidade produtiva, aumentar a oferta de produtos no mercado e, consequentemente, contribuir para o crescimento sustentado da economia sem pressões inflacionárias”.


Fonte:
BNDES


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19/08/2010 20:19


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