FLAVIANO MELO PEDE LIBERAÇÃO DE RECURSOS



O senador Flaviano Melo (PMDB-AC) pediu hoje (dia 15) providências urgentes às autoridades brasileiraspara o conflito entre índios e trabalhadores no seringal Alegria, no município acreano de Jordão. Um seringueiro foi morto por índios que sitiam as cerca de 70 famílias que permanecem no local. Flaviano pediu policiamento para a região, alertando para a gravidade da situação em que brancos já estariam se armando para enfrentar os indígenas.

Ele reportou-se a documento enviado pelo prefeito Esperidião Júnior aos ministros do Exército e da Justiça, onde informa sobre os ataques e relata que, em menos de um ano, três pessoas já foram assassinadas: uma criança e dois adultos, tendo os dois primeiros assassinatos ocorrido no seringal São Paulo, na divisa com o Peru, onde 99% dos moradores já abandonaram a área. A última morte, no dia 8 passado, foi a do seringueiro Domingos Neves de Souza, do seringal Alegria, que recebeu 2 flexadas, 36 golpes de terçado, teve um olho perfurado e outro arrancado, além da cabeça decepada.

Flaviano informou sobre a suspeita do prefeito de que esses índios possam estar sendo treinados por grupos de traficantes ou terroristas para despovoar a fronteira, com o objetivo de facilitar as ações de contrabando, bio-pirataria e narcotráfico. Causa estranheza ao senador os comentários segundo os quais os índios falam castelhano, levando a crer que foram aculturados em território peruano.

Segundo relatou o senador, há suspeita de pistas de pouso clandestinas na área, considerando que aviões (muitos deles sem prefixo) sobrevoam diariamente a região. Flaviano defendeu o policiamento da área advertindo que "não podemos deixar nossos irmãos seringueiros, os reais guardiões das nossas fronteiras, à mercê desse tipo de problema".

RECURSOS PARA O ACRE

Flaviano Melo tambémdirigiu apelo ao governo federal para que o Ministério do Planejamento decida sobre a liberação das verbas referentes às emendas apresentadas pelos parlamentares acreanos ao Orçamento da União para 1997, já em execução. O senador disse que existem na Caixa Econômica Federal 98 projetos, cuja análise não pode ter andamentoporque o órgão não dispõe do valor que será liberado pelo Ministério do Planejamento para o estado do Acre.

O senador advertiu que, se as dotações não forem liberadas até outubro, haverá dificuldade na utilização desses recursos nos meses seguintes em conseqüência do período de chuvas na região, que começa a partir de novembro.

15/09/1997

Agência Senado


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