Garotinho e Serra estão em empate
Garotinho e Serra estão em empate
Pesquisa ibope divulgada ontem no Jornal Nacional, da Rede Globo, mostra oscilação positiva dos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Anthony Garotinho (PSB) nas intenções de voto para a Presidência da República. Mas a novidade do levantamento é o empate técnico no segundo lugar, entre os candidatos do PSDB, José Serra, e do PSB, Anthony Garotinho.
O candidato petista continua na liderança. Lula passou de 39% para 41%, recuperando o mesmo percentual que havia perdido na amostragem anterior do instituto encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), entre 17 e 19 de setembro.
O candidato do PSB oscilou positivamente um ponto, passando dos 14% para os 15%, ficando tecnicamente empatado com Serra, que caiu de 19% para 18%. Garotinho teve 10% no início da segunda quinzena de agosto; passou para 12%, e subiu para 13% (entre 14 e 16 deste mês).
Ciro Gomes, da Frente Trabalhista, perdeu dois pontos percentuais, passando de 14% para 12%. O presidenciável segue tecnicamente empatado com Anthony Garotinho.
Os índices de votos nulos e branco mantiveram-se inalterados, com 4% e 10% respectivamente.
José Maria Almeida (PSTU) e Rui Costa Pimenta (PCO) não alcançaram 1%.
O Ibope entrevistou 3 mil eleitores em 203 municípios do país, entre os dias 21 e 24 deste mês. A margem de erro do levantamento é de 1,8 pontos percentuais para mais ou para menos.
PT busca novos aliados para tentar conquistar vitória no primeiro turno
A busca de novos aliados para consolidar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, ainda no primeiro turno, tornou-se prioridade na cúpula nacional do PT, que também pensa em assegurar a governabilidade do candidato.
Embora o partido admita que não consegue tempo para abordar diretamente os adversários Anthony Garotinho (PSB) e Ciro Gomes (PPS), empatados na terceira posição da corrida presidencial, o PT está investindo na periferia dessas candidaturas, obtendo duas a três novas adesões diárias.
ACM deverá voltar ao Senado
Pesquisas eleitorais indicam que Antonio Carlos Magalhães (PFL), que renunciou a seu mandato de senador no ano passado para evitar a cassação, deverá voltar ao Congresso com os votos de mais de metade da população da Bahia.
Segundo levantamento do Vox Populi divulgado ontem, ACM deve ser o candidato ao Senado mais votado no Estado, com a preferência de 55% dos baíanos.
Em segundo lugar, está o companheiro de chapa de ACM, o atual governador César Borges (PFL), com 51%. Depois aparecem Waldir Pires (PT), com 20% João Durval Carneiro (PDT), com 12%.
Com nova disparada do dólar, real já está valendo menos do que o peso argentino
O vencimento de uma dívida cambial de US$ 1,52 bilhão hoje e rumores sobre uma nova pesquisa eleitoral, além das turbulências políticas, levaram o dólar a bater novos recordes ontem. A moeda norte-americana fechou a R$ 3,78 para venda e R$ 3,77 para compra - 5,88% mais cara do que na segunda-feira - e durante os negócios do dia chegou a ser vendida por R$ 3,82.
Tamanha foi a alta que o real vale menos até do que o peso argentino, corroído por anos de câmbio artificial, uma grave crise financeira e política e pela suspensão dos pagamentos da dívida. Cada real compra US$ 0,264, enquanto um peso argentino vale US$ 0,27. Ou seja, um peso custa R$ 1,02 e R$ 1,00 só compraria 0,978 peso.
"Brasil tem de passar pelo PT"
O ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP) declarou que a eleição de Lula terá uma função histórica: "Será o primeiro presidente da história do Brasil oriundo da área do trabalho e não dos interesses consolidados capitalistas", afirma ele. "Nós temos que passar por esse gargalo, passar pelo PT. Então, vamos passar logo." Sarney tem passado as últimas semanas no Maranhão, em campanha pela eleição da filha Roseana Samey (PFL-MA) ao Senado.
Petrobras pode aumentar gasolina antes das eleições
A Petrobras poderá reajustar o preço dos combustíveis antes das eleições. A previsão é do presidente da companhia, Francisco Gros, que participou ontem de palestra na Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp (Universidade de Campinas).
“A definição de reajustar os preços dos combustíveis é comercial e não política", afirmou. Segundo Gros, a defasagem existente entre os preços internacionais da gasolina e do diesel – que balizam a política de preços da Petrobras – e as tarifas domésticas não chega aos 24% anunciados por especialistas.
Ele não soube informar qual seria a defasagem. “A estatal aguarda um momento de equilíbrio para definir o novo reajuste”, disse.
Ontem o preço do petróleo no mercado internacional teve mais um dia de valorização, fechando US$ 30,77 o barril.
Colunistas
COISAS DA POLÍTICA
Encontro
Apoiadores da candidatura do ex-prefeito Raul Pont à Assembléia estarão reunidos hoje no Cord. Pont reunirá parte dos candidatos à Câmara com quem faz dobradinha.
Mão dupla
O vereador do PT capital Adeli Sell promoveu reunião entre moradores das ruas André da Rocha e 24 de Maio da EPTC para discutir as mudanças no trânsito. Os moradores querem mão dupla na André da Rocha.
Idade Média
Para o deputado federal do PT Marcos Rolim, “sabe-se bem o nome da “tradição” a qual pertencem os agressores do capitão gay”, do desfile do dia 20. “Trata-se da homofobia que nos foi legada pela Idade Média”, diz Rolim.
Juros abusivos
Da tribuna, o vereador do PDT da capital Isaac Ainhorn citou os juros abusivos cobrados dos comunicadores. O gasto médio mensal por família chega a 29% da renda. No caso das mais pobres, com renda de um a cinco salários mínimos, os gastos com juros sobem para 35% . Isaac caracteriza o fato como uma “brutalidade à família”.
Rodovia da Maçã
Hoje, o ministro dos Transportes, João Henrique, inaugura 58, 7 quilômetros da BR-285, entre as cidades de Vacaria e Bom Jesus, conhecida como Rodovia da Maçã, que teve início na gestão de Odacir Klein.
Lei de imprensa
A censura voltará se a Nova Lei de Imprensa não for aprovada, de acordo com o senador do PPS José Fogaça. É dele o texto aprovado em 1992 no Senado, mas que ainda tramita na Câmara. “O que se tem hoje é a aplicação da antiga lei, da época da ditadura militar,” lembra.
Editorial
RECEITA AUTORITÁRIA
Os funcionários do Fisco têm uma das funções mais importantes para a preservação da justiça social na sociedade brasileira: combater a sonegação, a fraude fiscal e a apropriação indébita de impostos.
E é inegável que o secretário da Receita Federal, Everardo Maciei, vem tentando cumprir à risca essa missão exigindo uma atitude correta dos seus funcionários.
Mas não é por isso que os funcionários têm de impedir que os contribuintes, baseados na lei, encontrem caminhos que lhes proporcionem a redução do pagamento de impostos.
O planejamento tributário, ao contrário do que alguns pensam e pregam aos quatro ventos, não é infração, e sim um direito do cidadão. Cada um se encaixa na norma e meio que julgar melhor para si. É uma opção.
Porém, esse exercício fica impedido em parte na,' redação da Medida Provisória número 66, passada inicial da minirreforma tributária. Ao mesmo tempo em que representa um avanço tributário, a MP 66 é um retrocesso legal.
O ponto positivo dessa medida é a desoneração da atividade produtiva e da exportação. O lado negativo é o caráter autoritário de sete artigos, do 13º ao 19º. Eles dizem, entre outras coisas, que são passíveis de desconsideração os atos ou negócios jurídicos que visem a reduzir o valor de tributo, a evitar ou a postergar o seu pagamento ou a ocultar os verdadeiros aspectos do fato gerador ou a real natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária. Caso o contribuinte seja "pego" fazendo uma dessas imprudências, digamos assim, ele será notificado por um funcionário da Receita e terá um prazo de 30 dias, para esclarecer porque agiu de tal forma.
A justificativa "agi de acordo com a lei para conduzir minha carga tributária" não será aceita. Efetuado o despacho, haverá mais 30 dias para recolhimento do tributo acrescido de juros e multa de mora.
Ora, isso não é nada mais que autoritarismo. Os artigos 13º, 14º, 15º, 16º, 17º, 18º e 19º da MP 66 já estão sendo considerados constitucionais por alguns especialistas. caráter autoritário é mesmo evidente. Não deve ser função de uma autoridade administrativa decidir se e quando um contribuinte pode usar a seu favor os dispositivos da lei.
O secretário Everardo Maciel, ao contrário do que se podia esperar de uma pessoa tão centrada e informada, mostrou-se satisfeitíssimo os novos dispositivos. Para ele, parece estar do bem, obrigado.
Não percebe que ao usar os meios legais para reduzir seus custos, sem dolo ou má-fé, o administrador de uma empresa, por exemplo, apenas faz o que pode para que seus negócios e lhe proporcionem o melhor resultado.
E isso é, obviamente, melhor para o país.
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09/25/2002
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