Hartung protesta contra construção de hidrelétrica na fronteira Minas/Espírito Santo
Hartung propôs a realização de uma audiência pública na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI) para debater os impactos ambientais econômicos e sociais da hidrelétrica. Para ele, a União, detentora dos recursos de energia hidráulica de rios que banham mais de um estado, mostrou-se reticente, aprovando o "absurdo projeto".
- O Senado não pode se omitir no debate dessa questão que penaliza o Espírito Santo, como fizeram os órgãos da União responsáveis pelos recursos hídricos e defesa do meio ambiente. Até porque, hoje, é o meu estado o prejudicado; amanhã pode ser qualquer outro - afirmou.
Hartung relatou ter contatado a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), com o objetivo de abrir negociações para dirimir o conflito criado pela construção da hidrelétrica. Ele informou também ter apresentado projeto de lei estabelecendo uma compensação financeira para todos os estados e municípios afetados de modo negativo pela construção de hidrelétricas em seus territórios.
Em aparte, o senador Gerson Camata (PMDB-ES) afirmou que a questão representa uma invasão, um esbulho do estado de Minas Gerais, que quer se beneficiar da energia elétrica, deixando de presente para o Espírito Santo o leito, seco, do rio Doce.
Também em aparte, o senador Ricardo Santos (PSDB-ES) destacou que problemas estruturais do projeto trazem prejuízos para a economia do Espírito Santo, devendo o Senado procurar a fórmula justa para reparar os danos e ressarcir o estado desse prejuízos.
20/11/2001
Agência Senado
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