Hélio Costa: reservas de ferro em Itabira foram subestimadas



O senador Hélio Costa (PMDB-MG) manifestou estranheza, nesta segunda-feira (14), com informação divulgada pela Companhia Vale do Rio Doce, segundo a qual as reservas de minério de ferro no município de Itabira (MG) poderão ser exploradas até o ano de 2075. Ele lembrou que, à época de sua privatização, em 1997, a empresa mineradora divulgou que a exploração de ferro em Itabira terminaria em 2005, com o esgotamento da reserva.

- Hoje todos os jornais dizem que as reservas de Itabira são 60% maiores. Então avaliaram errado, mediram errado. Foi uma mentira. Quem vai responder por isso? - indagou, ressaltando que, para a economia da cidade mineira, a notícia sobre o real tamanho da reserva é muito positiva.

Hélio Costa asseverou que a Vale do Rio Doce foi vendida por um preço baixo demais, na -bacia das almas-, e que as reservas exploradas pela empresa foram subestimadas. O senador criticou também as privatizações no setor de telecomunicações, que teriam resultado em desemprego.

- Temos agora 40 milhões de aparelhos celulares. Mas foram demitidos funcionários em todos os estados. Só em Minas Gerais, são menos 7 mil empregos - disse.

BNDES

Respondendo a pronunciamento do senador Leonel Pavan (PSDB-SC), Hélio Costa defendeu a atual política de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que abriu crédito de R$ 1 bilhão para a Argentina. Segundo o parlamentar, trata-se de uma estratégia para fomentar as importações do país vizinho, que, por causa da crise econômica, diminuiu a compra de produtos brasileiros. Ele ressaltou que o Eximbank, dos Estados Unidos, também costuma abrir créditos para os países que importam produtos norte-americanos.

Em aparte, a senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA) apoiou o discurso de Hélio Costa e defendeu alteração na legislação relacionada à exploração mineral, com aumento dos royaties pagos por empresas mineradoras. Também em aparte, o senador Leonel Pavan elogiou Hélio Costa, mas manteve sua crítica à liberação de recursos do BNDES para a Argentina.



14/07/2003

Agência Senado


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