Heráclito diz que alianças nacionais não transferiram votos



O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) ocupou a tribuna nesta sexta-feira (17) para afirmar que as alianças políticas destinadas a criar impacto nacional - como a firmada em torno da candidatura de Marta Suplicy (PT) à prefeitura de São Paulo, que obteve apoio integral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - não refletiram nas questões municipais. A esperada transferência de votos, observou, não aconteceu.

Para Heráclito, o que ficou demonstrado é que "o Brasil, hoje, valoriza o administrador audacioso, corajoso e, acima de tudo, aquele que governa para a sua cidade". Ele deu como exemplos dessa constatação os resultados obtidos pelos candidatos Gilberto Kassab, em São Paulo; Fernando Gabeira, no Rio de Janeiro; e Leonardo Quintão, em Belo Horizonte.

- A candidatura Kassab cresceu, levando em conta o pressuposto do desenvolvimento e da eficiência administrativa, enquanto a de Gabeira conquistou o eleitorado porque ele fala a linguagem do Rio e representa o novo, a exemplo de Quintão, em Belo Horizonte -afirmou o senador.

Heráclito Fortes condenou também "a pisada de bola" da candidata Marta Suplicy ao questionar a vida pessoal e privada de Gilberto Kassab. O senador enalteceu a altivez e o respeito de Kassab em relação aos adversários durante a campanha eleitoral, lembrando que em nenhum momento o candidato mencionou a frase dita por Marta Suplicy quando ministra do Turismo - a de que, diante da crise aérea, o jeito era "relaxar e gozar". O parlamentar pelo Piauí criticou a candidata do PT, dizendo que ela tem "preconceito" contra o povo nordestino.

Confronto policial

Sobre o confronto entre policiais civis e militares ocorrido nesta quinta-feira (16) em São Paulo, Heráclito Fortes culpou "as alas mais radicais do PT" pelo enfrentamento, que resultou em vários feridos. Para o senador, a crise policial poderia ter-se transformado "em uma carnificina" e foi provocada, segundo observou, no intuito de o PT tentar reverter o processo eleitoral na capital paulista.

- Mas o governador José Serra, de maneira segura, enfrentou a grave situação e amenizou a crise sem ter se afastado um passo da lei - concluiu Heráclito Fortes.

17/10/2008

Agência Senado


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