Impasse quanto à presidência das sessões conjuntas pode chegar ao Supremo, diz Jucá



O líder do governo, senador Romero Jucá (PSDB-RR), informou nesta quinta-feira (dia 16) que, na reunião realizada pela manhã no gabinete da presidência, foi debatido o impasse criado por líderes partidários da Câmara, contestando a prerrogativa do presidente interino do Senado, Edison Lobão, de presidir as sessões do Congresso Nacional enquanto durar a licença de Jader Barbalho da presidência do Senado. Segundo o líder, se deputados e senadores não chegarem a um consenso sobre a questão, esta poderá ser levada ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Jucá reafirmou o entendimento dos senadores de que Lobão é o presidente interino do Senado e, conseqüentemente, exerce a função legalmente em toda sua plenitude.

- Uma reunião entre as Mesas do Senado e da Câmara, com a participação das lideranças partidárias das duas Casas do Congresso, tentará esclarecer a questão e acabar com o impasse; mas se não houver acordo e uma solução, o caso acabará sendo encaminhado ao Supremo Tribunal Federal para uma definição, já que cada Casa teria uma interpretação diferente - explicou.

No encontro realizado na manhã desta quinta-feira, segundo relato de Jucá, o presidente interino do Senado propôs "um esforço de trabalho junto às comissões da Casa a fim de que elas liberem maior volume de projetos para votação pelo plenário", já que o Senado votou muitas matérias tanto no primeiro semestre quanto no início deste segundo.

A articulação da Mesa com as lideranças partidárias e os presidentes das comissões técnicas, acrescentou Jucá, deverá resultar no encaminhamento de muitos projetos para inclusão na ordem do dia e também na votação terminativa de muitas propostas. O projeto aprovado em caráter terminativo por comissão do Senado segue diretamente para apreciação pela Câmara dos Deputados, exceto se houver recurso para que seja submetido ao Plenário.

16/08/2001

Agência Senado


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