Jarbas rejeita complô contra Roseana
Jarbas rejeita complô contra Roseana
Governador diz que seria "lamentável" uma ação política da Polícia Federal
Afogados da Ingazeira - Um dos principais aliados do Governo federal, o governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) disse ontem que se a operação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal no escritório de uma empresa da governador Roseana Sarney (MA) e do marido dela, Jorge Murad, tiver sido "uma mera decisão judicial" não há "do que se reclamar". Mas, ressalvou, "se não foi isso" terá sido um episódio "lamentável".
A operação aconteceu na última sexta-feira, como parte de investigações sobre irregularidades na extinta Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia). Provocou uma crise política entre o Governo federal e o PFL e resultou na saída antecipada do ministério de José Sarney Filho (irmão da governadora). Pode também ter reflexos na unidade da base governista no plano nacional e nos Estados - inclusive em Pernambuco.
Todo o Governo - do presidente Fernando Henrique ao diretor-geral da PF, Agílio Monteiro - afirma que apenas se cumpriu uma ordem judicial. Neste caso, de acordo com Jarbas,não haveria motivos para reclamações. Este argumento, porém, não convence o PFL. Pré-candidata do partido à Presidência, Roseana disse que a operação havia sido um ato político destinado a atingir sua candidatura.
"PAPEL RASGADO" - Sobre a convenção extraordinária do PMDB, realizada no último domingo e que decidiu pela redução do quórum necessário para as prévias do partido (de 50% mais um para 20% mais um), o governador foi duro: "Esta convenção não valeu nada, absolutamente nada. É papel rasgado". O objetivo das prévias (marcada para 17 de março e em que estão aptos a votar cerca de 15 mil filiados) é escolher o presidenciável do partido. Para Jarbas, o partido deve apoiar José Serra (PSDB), que definiu como "o melhor candidato" entre todos os que estão na disputa.
PDT e PTB reafirmam apoio a Ciro
RIO - Os presidentes do PPS, Roberto Freire; do PTB, José Carlos Martinez, e do PDT, Leonel Brizola, reafirmaram ontem, após uma reunião de três horas em que discutiram com o candidato a presidente Ciro Gomes as dificuldades regionais da verticalização das coligações, o compromisso da aliança que forma a Frente Trabalhista e decidiram repetir a coalizão em todos os Estados, lançando candidatos ao Governo e ao Senado.
As três legendas vão buscar candidatos competitivos para "replicar" a coalizão e reforçarão as campanhas com a presença mais constante de Ciro Gomes. As decisões foram tomadas em um almoço na casa de Brizola, que teve a presença da atriz Patrícia Pillar, namorada de Ciro. O líder do PTB na Câmara, Roberto Jefferson (RJ), transmitiu a preocupação dos parlamentares diante da impossibilidade de fazerem alianças locais com partidos maiores, como PSDB e PFL.
A solução será levar Ciro Gomes para reforçar as campanhas dos deputados nos Estados, tentando assim suprir a falta de uma aliança mais consistente na região. Em vários Estados, o PTB é aliado do governador e pretendia repetir a coalizão, mesmo com legendas adversárias de Ciro. A aliança de PTB com PFL aconteceria, por exemplo, na Bahia de Antonio Carlos Magalhães e no Amazonas do governador Amazonino Mendes. Com os tucanos, a coalizão não poderá se repetir em São Paulo, onde os petebistas têm três secretarias do governo Geraldo Alckmin, no Mato Grosso de Dante de Oliveira e em Sergipe, com o governador Albano Franco.
PFL estadual tenta evitar rompimento
Presidente do partido em Pernambuco diz que Maciel continua no posto até o fim
A dois dias da reunião que acontecerá em Brasília, onde o PFL vai decidir se rompe não com o Governo, já se pode apontar esse rompimento como pouco provável. O presidente do partido em Pernambuco, André de Paula, que se encontra em Brasília, salientou: "O PFL é um partido amadurecido e experiente. Nunca tomou nem vai tomar qualquer atitude impensada, ao sabor da emoção, por mais expressiva que seja a liderança que defenda essa ruptura".
Ele se referiu à governadora do Maranhão, Roseana Sarney, que internamente exige o rompimento desde que a polícia federal, cumprindo um mandado judicial, apreendeu documentos no escritório da empresa Lunus, de propriedade do marido dela, Jorge Murad. André de Paula também deixou claro que, em qualquer hipótese, o vice-presidente Marco Maciel fica onde está, porque tem a responsabilidade de honrar um mandato conferido pelas urnas através do voto popular. "Ele não é, portanto, demissível", salientou.
O secretário de Produção Rural e Reforma Agrária disse que a situação dos ministros, convidados pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e que representam o PFL no Governo, é bem diferente e eles podem sair a qualquer momento. "Pelo que eu conheço do doutor Marco Maciel, ele manterá essa responsabilidade com o mandato de vice-presidente até a última hora", enfatizou. A seu ver, o rompimento só deve ser cogitado se houver fatos comprovando que o presidente está por trás. "Eu, particularmente, não acredito nisso", afirmou. O efeito imediato do rompimento em Pernambuco seria a entrega de diversos cargos.
Muitos estão há anos sob o domínio de deputados federais como Inocêncio Oliveira (Fundação Nacional de Saúde, Dnocs, delegacia da Polícia Federal) e Oswaldo Coelho (Codevasf). A maioria dos pefelistas procurados ontem pelo DIARIO não deu retorno. Entre eles, o deputado federal Joaquim Francisco, o senador José Coelho e o vice-governador Mendonça Filho. O ministro das Minas e Energia, José Jorge, limitou-se a falar, em Brasília, que só se posiciona na quinta-feira. Ele reiterou seu desejo pessoal de permanecer no cargo e ponderou que a situação específica de Marco Maciel deve ser levada em conta.
OAB elege hoje candidatos a desembargador
A lista sêxtupla da qual sairá o advogado que se tornará o novo desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco, será escolhida hoje. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que detém a vaga, promove, das 9h às 17h, eleição direta entre os 12 pré-candidatos selecionados em novembro, também pelo voto direto. Poderão votar cerca de nove mil advogados filiados à OAB. Comenta-se, nos bastidores, que as maiores chances estão com o candidato Fernando Ferreira, amigo pessoal do governador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que escolherá quem, de fato, ocupará o cargo.
Depois de encaminhada para apreciação do pleno do TJ a lista sêxtupla é reduzida para três nomes. Surge a lista tríplice, que segue para o aval de Jarbas. Para Ferreira, sua amizade em nada deve influenciar o resultado. "Não tenho nem nunca tive relação com o governo do Estado. Posso afirmar que o governador não tem candidato. É muita responsabilidade que ele tem nas mãos e ele deve votar, como sempre vem votando em escolhas do gênero, pelo currículo. Não tenho favoritismo".
Realizando a primeira eleição direta para vagas em tribunais no País, a OAB-PE espera que o TJ e o governador respeitem a vontade dos advogados eleitores. "Torcemos para que o Tribunal escolha os três mais votados e que o governador fique com aquele que recebeu mais votos (na eleição de hoje) entre estes três", observa o presidente da Ordem, Ademar Rigueira.
Além de Fernando Ferreira, concorrem Carlos Eduardo de Vasconcelos, Mário Neves Baptista, Vicente Moreno Filho, Walter Augusto de Andrade, Aurélio Agostinho da Boaviagem, Carlos Alberto Aquino Oliveira, José Carlos Cavalcanti de Araújo, Antonio Renato Lima da Rocha, Gilberto Marques de Lima Neto, Maria do Carmo Araújo e Gilberto Gueiros Leite.
Por ser cunhado do desembargador Fausto Freitas, Gueiros também é considerado favorito. Ele argumenta, porém, que chegou à lista dos 12 sem influência de Freitas, mas que espera contar com o apoio do desembargador, caso fique entre os seis. O escolhido ocupará a vaga deixada por Arthur Pio dos Santos. O resultado deve sair ainda este mês.
Sarney entrega cargo em represália
Presidente FHC divulga nota e reitera "apreço pessoal" ao ministro demissionário do Meio Ambiente
BRASÍLIA - O ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, pediu demissão ontem do cargo ao presidente Fernando Henrique Cardoso. A saída de Zequinha Sarney, como é conhecido, foi em represália à ação da Polícia Federal, que apreendeu documentos na empresa Lunus Participações, de propriedade de Jorge Murad, marido de sua irmã, Roseana Sarney, governadora do Maranhão e pré-candidata do PFL à presidência da República. Ele foi substituído ontem mesmo por José Carlos Carvalho, ex-secretário Executivo do Meio Ambiente e ligado ao PSDB.
Zequinha Sarney assume sua vagana Câmara daqui a uma semana, quando pretende ocupar a tribuna para fazer um discurso. "Mas neste primeiro discurso só vou falar de Meio Ambiente", avisou. Esta semana, ele pretende permanecer em Brasília. O ex-ministro ficou emocionado com a homenagem feita no início da noite de ontem pelos funcionários do Meio Ambiente. Apesar de ter deixado claro que saiu do Ministério devido à ação da PF, Zequinha Sarney evitou críticas ao Governo Fernando Henrique. "Minha saída é auto-explicativa", disse.
irritação - A devassa da Polícia Federal na empresa de Murad irritou a família Sarney. Em solidariedade à governadora, o PFL ameaça sair da base aliada ao Palácio do Planalto. Zequinha Sarney decidiu deixar o Meio Ambiente mesmo depois do apelo feito ontem por Fernando Henrique para que permanecesse à frente do Ministério.
Em telefonema para o então ministro, o presidente argumentou que precisava do PFL em seu Governo e pediu que Zequinha não tomasse nenhuma atitude precipitada. O irmão de Roseana contra-argumentou que estava saindo do Governo por pressões familiares.
PRÉSTIMOS - Em nota divulgada no final da tarde de ontem, o presidente Fernando Henrique lamentou "não poder continuar a dispor dos préstimos valiosos do Ministro do Meio Ambiente". E fez questão de ressaltar que Zequinha Sarney entregou sua carta de demissão há cerca de dez dias. Sarney Filho deixaria o Governo, provavelmente no início de abril, porque vai concorrer nas eleições de outubro deste ano e, portanto, teria que se desincompatibilizar do cargo.
Ao elogiar o trabalho do ex-ministro, Fernando Henrique também deixou claro que a escolha de José Carlos Carvalho foi feita em comum acordo com Zequinha Sarney. O ex-ministro foi ao Planalto no início da tarde para pedir demissão ao presidente. Por coincidência, encontraram-se no elevador. O tom do encontro, segundo assessores, foi cordial.
A carta de demissão entregue pelo ministro ao presidente não foi divulgada. O ex-ministro optou por distribuir uma nota de três páginas, com a data de hoje, enumerando apenas sua realização nos três anos em que esteve à frente do Meio Ambiente. Em nenhum momento, Zequinha Sarney aborda o motivo de sua saída do Ministério.
Charles almoça com FHC e vai a morro no Rio
BRASÍLIA - O presidente FHC almoçou ontem com o príncipe Charles, herdeiro do trono britânico que está visitando o País. No almoço, foram servidos legumes cultivados na horta do Palácio da Alvorada, peixes brasileiros e como sobremesa, torta de laranja-da-terra. Ele chegou ao Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, pouco depois do meio-dia.
O príncipe encerrou sua visita à Brasília indo a uma exposição. No Palácio Itamaraty, Charles visitou a mostra Britânicos no Brasil, organizada em sua homenagem. Acompanhado pelo ministro, Celso Lafer, o príncipe percorreu todos os estandes da mostra, observando atentamente painéis, telas e reproduções de artistas ingleses que retratam episódios da vida nacional ligados à cultura inglesa, assim como obras de imigrantes que vieram ao Brasil desde a época colonial. A mostra Britânicos no Brasil estará aberta ao público no Palácio do Itamaraty a partir de hoje.
O príncipe visitou à tarde, no Rio, os projetos Viva Rio, no morro Cantagalo (em Ipanema), e Action Aid, em São João de Meriti (na Baixada Fluminense). Ambos os projetos têm apoio de organizações não-governamentais britânicas. Ainda no Rio, Charles visitou o Centro de Controle Ambiental Alpina Briggs.
Apesar do episódio violento ocorrido anteontem à noite em Cantagalo, o consulado britânico decidiu manter a visita do príncipe Charles ao projeto social desenvolvido pelo Viva Rio. À noite, ele participou de uma recepção no Copacabana Palace, onde se encontrou com o governador Anthony Garotinho (PSB) e o prefeito Cesar Maia (PFL).
Artigos
A outra mão invisível
Leonardo Guimarães Neto
Economista
As elites dos países industrializados sempre consideraram que a ética não freqüentava muito os países tropicais. A idéia de que não existe pecado abaixo da linha do equador é simultaneamente o reforço a esta consideração e uma justificativa à prática de todos os pecados, por parte inclusive dessa elite e dos seus representantes, nas economias mais atrasadas. Isto desde os tempos coloniais. Recentemente o escândalo da Enro, o grande conglomerado econômico de energia nos Estados Unidos, lembrou que a presença do pecado é bem mais generalizada, principalmente nesta fase de globalização, e com um requinte e sofisticação que os subdesenvolvidos sequer chegaram a imaginar pudesse existir.
De acordo com o que foi divulgado pela Imprensa, com nomes e datas, a referida empresa, durante muito tempo, desenvolveu uma estratégia baseada em um modelo matemático, por intermédio do qual era possível estimar o aumento provável dos lucros e ganhos do conglomerado econômico, a partir das mudanças e alterações que fossem obtidas nas leis, normas e projetos de lei relacionados com sua atividade econômica. A lógica do modelo, elaborado por economista proveniente de uma das mais cotadas entre as universidades americanas, consistia em simular a partir dos lucros que poderiam ser obtidos, até quanto de propina poderia ser destinada aos dirigentes e congressistas para facilitar os negócios da Enro. Em síntese, o que se fazia era o cálculo da relação custo/benefício - o custo representado pela propina e gastos adicionais e o benefício pelos acréscimo de lucros da empresa - em determinada operação. Na verdade, o custo envolvia, além das gratificações e comissões, a manutenção de uma equipe de 150 lobistas que trabalhavam em tempo integral. Este esquema teve uma abrangência fantástica: congressistas, procuradores, dirigentes de órgão de regulação, jornais e jornalistas influentes, intelectuais de renome e até as grande auditorias que deveriam dar parecer nos balanços da empresa, garantindo para o grandepúblico a veracidade das cifras apresentadas e da situação econômica e financeira retratada nos balanços. Um dos resultados dessa ofensiva, segundo a Imprensa, foi a elevação das tarifas de energia, pagas pelo consumidor da Califórnia, de 30 vezes a tarifa normal, na fase crítica.
O que fica, de toda esta história, é um significativo abalo de algumas das instituições básicas da democracia americana, sobretudo quando se leva em conta a dimensão do conglomerado econômica da Enro. E não somente isto. Houve, também, um abalo no ambiente econômico e, sobretudo, na confiança dos investidores americanos que geralmente se guiavam, nas suas decisões, pelos resultados dos balanças e pelos pareceres das auditorias responsáveis por sua avaliação. Perderam, portanto, as referências básicas nas suas aplicações que eram as informações publicadas e avalizadas sobre o desempenho econômico e financeiro das empresas.
A conclusão que se pode tirar do comportamento da Enro, que, certamente, não é isolado - salvo pela sofisticação e dimensão - é que o grande capital está cada vez menos confiante na mão invisível do mercado que, na concepção de Adam Smith, com seus mecanismos automáticos e sem intervenção da sociedade, premia os mais eficientes, garante a soberania do consumidor e, em decorrência, promove o bem-estar social, ou seja, o paraíso terrestre. Com este estado de ânimo dos dirigentes das grandes empresas, passou a estar cada vez mais presente a outra mão invisível, a da corrupção, que complementa, azeita, reforma e adapta aos seus interesses os mecanismos automáticos do funcionamento do mercado, por intermédio de procedimentos que Adam Smith, que foi pastor e autor da Teoria dos Sentimentos Morais, certamente condenaria.
Colunistas
DIÁRIO POLÍTICO – Divane Carvalho
Estresse generalizado
Desde que o TSE decidiu exigir simetria nas coligações para a eleição de outubro, ninguém consegue mais concluir nada sobre coisa alguma. Ou seja, os políticos passam o dia inteiro imaginando mil e um cenários que podem ser montados para a disputa mas, no final, tem sempre um porém impedindo o fechamento das alianças, sejam elas brancas ou de qualquer outra cor, o que está provocando um estresse generalizado. No Palácio do Campo das Princesas, então, nem se fala. A expectativa de alguns mais próximos assessores do governador é que ele deve se afastar do cargo no dia 5 de abril para analisar melhor o caminho que vai seguir, porque aí terá mais opções para escolher. Poderia ser candidato a senador, aceitar a vice na chapa de José Serra (PSDB-SP), ou encarar a reeleição reassumindo ou não o Governo como permite a legislação eleitoral. Mas a não ser que resolva mesmo ser o vice do presidenciável tucano, qualquer outra hipótese para Jarbas Vasconcelos não terá a mesma segurança de quando a aliança PFL/ PMDB/ PSDB estava unida e forte. É verdade que os caciques pefelistas continuam dizendo que estão todos com Jarbas Vasconcelos para o que der e vier mas sem coligação oficial é um risco grande porque todo mundo sabe que, com raras exceções, os políticos costumam trair com a maior naturalidade. A esperança de todos é que as dúvidas poderão ser tiradas com a divulgação da resolução das coligações, marcada para hoje. Se o TSE quiser mesmo que a medida vigore na eleição desse ano.
O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, anuncia, hoje, que ficará em pernambuco o quinto Laboratório de Análise de Rebanhos Leiteiros do País. André de Paula, secretário de Desenvolvimento Rural, avisa que a solenidade será às 15h30, no gabinete de Marco Maciel
Ensino Geraldo Barbosa (PSDB) acha que Surubim também deve ter uma faculdade, benefício que já chegou a outros municípios. Em pronunciamento na Assembléia, ele pediu que Jarbas Vasconcelos defenda junto ao ministro Paulo Renato, da Educação, a interiorização do ensino superior.
Energia Fernando Ferro (PT-PE) entrou na Justiça contra a Associação do Mercado Atacadista de Energia, que acusa de gastar dinheiro indevidamente, e contra o aumento de energia elétrica. O deputado não desliga mesmo, desse setor.
Posição 1 André de Paula, do PFL , classificou de ato arbitrário a operação de busca e apreensão da Polícia Federal em uma empresa do marido de Roseana Sarney (PFL-MA), Jorge Murad: "É estranho que pessoas possam ser atingidos por um ato de força como esse, num país que consolida sua democracia".
Posição 2 As declarações do presidente estadual do PFL foram feitas no programa Geraldo Freire, na Rádio Jornal, onde ele anunciou que a executiva nacional do PFL se reúne, quinta-feira, para discutir o que aconteceu. E elogiou Ciro Gomes (PPS-CE) e Anthony Garotinho (PSB-RJ) que se posicionaram contra a operação da PF.
Piada Eduardo Campos (PSB-PE) anda contando uma piadinha infame:" Nessa terça-feira o TSE publica a resolução detalhando a verticalização das coligações. E na quarta-feira, sai o primeiro boletim médico dos partidos".
Eleição Israel Guerra (PSDB) acha que será o mais votado em Arcoverde, com a desistência de José Marcos (PFL) de disputar a reeleição. Ele diz que a população não quer dividir votos mas garantir a representação na Assembléia.
Mulher A Câmara de Jaboatão dos Guararapes vai homenagear Geralda Farias, Vera Baroni, Ana Rodovalho, Gessy de Arruda Câmara Barretto e Efigênia Oliveira com placas de prata, na sessão de sexta-feira, Dia Internacional da Mulher.
Motivo Mendonça Filho vai a Brasília, hoje, Jarbas Vasconcelos, amanhã, os dois pelo mesmo motivo: vão trocar idéias sobre a decisão do TSE que uniformizou as coligações provocando uma grande confusão no quadro político.
Editorial
UM PLANO ABRANGENTE
O plano de paz apresentado pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Abdullah Ibn Abdulaziz, acende uma tênue luz no fim do túnel do conturbado Oriente Médio. A proposta prevê o retorno das fronteiras entre Israel e os territórios palestinos aos limites de 1967, anteriores aos da Guerra dos Seis Dias. Além disso, Telavive teria de abrir mão da Jerusalém histórica. Em troca, receberia a normalização nas relações com os países árabes.
Trata-se da velha idéia de troca de terra por paz. Mas tem novidades. O plano estabelece um princípio. Parte da convicção de que é preciso, antes de tudo, acabar com a matança indiscriminada. Sem entrar em detalhes, terá de ser negociado ponto a ponto. Será tarefa árdua, que exigirá o talento diplomático não só do mundo árabe, mas da Europa e, sobretudo, dos Estados Unidos.
Apresentado por um país muçulmano que mantém ligações estreitas com o Ocidente, recebeu apoio da União Européia. Mas os Estados Unidos, principal personagem no intrincado xadrez da região, mostram-se hesitantes, presos à velha tese de só começar as negociações quando cessarem os confrontos. O tempo tem-se encarregado de mostrar que os conflitos, longe de diminuírem, só têm aumentado em abrangência e intensidade.
Em princípio, a proposta é tentadora para Telavive, cercada de inimigos por todos os lados. E interessa aos palestinos, encurralados física e economicamente pelo poderoso vizinho. Sharon elegeu-se prometendo segurança e paz. Não cumpriu uma coisa nem outra. Sua impopularidade alcançou 53%. Cresce, dia a dia, o número de vítimas israelenses. A política do bate-rebate transformou a vida de palestinos e judeus em verdadeiro inferno. Uns e outros não têm mais coragem de andar na rua, ir ao mercado, mandar os filhos à escola.
Vislumbra-se, agora, a possibilidade concreta de retorno à mesa de negociações. Diferente dos anteriores, o plano saudita apresenta abrangência jamais antes discutida. Uma coisa é firmar a paz solitária com os palestinos. Outra é fazê-lo com os vizinhos e demais nações que não têmfronteira com Israel. Se for aceito pelos 22 países que compõem a Liga Árabe, a normalização das relações internacionais mudará o cenário regional. Todas as partes terão finalmente concordado com um único modelo de paz. Do lado israelense, abre-se a perspectiva de o país, criado há pouco mais de 50 anos, respirar aliviado e aproveitar as possibilidades que o novo acerto lhe pode trazer em trocas comerciais e venda de tecnologia.
É natural que haja dúvidas sobre a proposta. Exaustivas negociações devem ser feitas. Mas é imperativo criar condições para que a proposta vingue. Na cúpula árabe marcada para o fim de março, muitas arestas terão de ser aparadas. As duas mais complexas são Iraque e Síria. Bagdá, pelo ódio a Israel. Damasco, pelas Colinas de Golã, perdidas na Guerra dos Seis Dias. Até lá, Israel e Estados Unidos têm em mão papel fundamental a desempenhar.
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03/05/2002
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