José Agripino compara lançamento do PAC ao anúncio do "espetáculo do crescimento"



O líder do PFL, senador José Agripino (PFL-RN), comparou o lançamento do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que prevê uma injeção de cerca de R$ 503 bilhões na economia do país até 2010 -ao anúncio do "espetáculo do crescimento", feito pelo presidente ao longo do primeiro mandato.

Segundo o senador, a promessa de Lula acabou redundando em fiasco ao final do primeiro mandato do governo do PT, uma vez que o país experimentou baixo índice de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de 2,65% anuais, na média final de quatro anos.

- As premissas do PAC são inconsistentes, o que torna o pacote uma reedição do anunciado 'espetáculo do crescimento'. As fontes orçamentárias não são confiáveis e o Congresso terá que aprimorar a proposta - afirmou o senador, observando que o programa governamental não atende às necessidades de revisão da carga tributária, de equilíbrio nas contas da Previdência e de redução da taxa de juros, que considera fundamentais para se falar em crescimento real.

- Até agora o que se viu foi uma brincadeira do ministro Guido Mantega [Fazenda] com o presidente do Banco Central [Henrique Meirelles] sobre a taxa de juros - disse José Agripino, referindo-se a uma cobrança feita por Mantega a Meirelles no lançamento do PAC, quando o ministro da Fazenda instou Meirelles a reduzir a taxa básica de juros (Selic) nas próximas reuniões do Conselho de Política Monetária (Copom). "O mercado está esperando uma redução da Selic, viu Meirelles?' disse Mantega.

Para o senador, o PAC sequer foi discutido com a profundidade que teria merecido uma proposta de governo com tal densidade. No seu entendimento, faltou uma visão macro do ponto de vista tributário, quando se contemplou com redução de tributos, por exemplo, apenas um determinado setor, o da indústria de informática.

23/01/2007

Agência Senado


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