Juvêncio critica paralisia e falta de resultados do governo



Depois de dois meses sem pronunciar-se, o senador Juvêncio da Fonseca (PDT-MS) fez um duro discurso contra o que classificou de inércia do governo, a falta de cumprimento de promessas e acordos e a fúria arrecadatória. - Não queria falar antes para não apresentar um discurso pessimista. Mas está demais, não há sequer um fato novo digno de elogio, é tudo um grande deboche com a sociedade brasileira - disse Juvêncio. O senador explicou que não gosta de fazer oposição irresponsável, porque foi prefeito duas vezes e conhece as dificuldades de se governar. "Mas a falta de resultados é assustadora", disse. Ele começou citando o que foi classificado pelo governo como um projeto para a área da saúde: a entrega de ambulâncias "maquiadas", com sete ou oito anos de uso. Juvêncio da Fonseca lembrou ainda que a arrecadação do Estado subiu, em 2003, cerca de R$ 62 bilhões em relação ao ano anterior. - Qualquer nação que apresentasse tal aumento de arrecadação, que conseguisse tal resultado, seria uma nação próspera, poderia despertar, mostrar o tão sonhado espetáculo do crescimento. Mas aqui no Brasil nada acontece, só desemprego e desestímulo à produção - disse, classificando ainda como "absurdo" o número de apenas R$ 2 bilhões para investimentos, o que resulta em estagnação.

O senador prosseguiu citando o roubo de armas da Aeronáutica por uma quadrilha de assaltantes, o massacre de garimpeiros por índios e as invasões de propriedades privadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em aparte, o senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM) disse que há um movimento orquestrado por organizações internacionais para criar um apartheid dos indígenas no Brasil, com a conivência dos governos. E citou o exemplo da reserva Yanomami, maior do que Portugal, de propriedade de apenas 6 mil índios.



04/05/2004

Agência Senado


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