Juvêncio denuncia dirigente do PT em MS



O senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS) denunciou, nesta quinta-feira (21), um acordo político que teria sido assinado em 1998 entre o governo do Zeca do PT, em Mato Grosso do Sul, e um grupo de empresários do estado, o G-100. "Em troca de apoio político e contribuições para sua campanha, o governador destinaria 53 cargos de Assessoria Superior a seus integrantes e articularia o nome de sua preferência para a presidência da Assembléia Legislativa", afirmou.

Juvêncio apresentou cópia registrada em cartório com firma reconhecida do acordo manuscrito e assinado por Wander Loubet, sobrinho do governador e presidente regional do PT no estado. Ele também citou dados de reportagens das revistas Isto É e Veja, com um relato sobre a representação que alguns partidos políticos fizeram junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), requerendo investigação judicial com a finalidade de cassação de mandato e declaração de inelegibilidade do governador Zeca do PT.

O senador reconheceu que as reportagens indicam que o acordo não foi cumprido e registram declarações do governador afirmando ignorar a existência do compromisso. "No entanto, a legislação eleitoral condena, também, quem promete ou recebe dinheiro ou vantagem para dar ou receber voto, mesmo que o acordo não seja efetivado", lembrou.

Segundo Juvêncio, o povo de Mato Grosso do Sul está se sentindo muito honrado com a eleição do senador Ramez Tebet à presidência do Senado, mas está sofrendo com os desmandos do governador Zeca do PT, muito à vontade para cometer crimes eleitorais.

- Por isso, resolvi romper meu silêncio e trazer à tribuna do Senado minha indignação, aconselhando os dirigentes do PT a remover esse entulho imoral que é sua representação em meu estado - concluiu.



21/02/2002

Agência Senado


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