Líderes decidem na próxima semana projetos que Senado votará neste semestre



Líderes de todos os partidos reúnem-se na próxima semana com o presidente interino do Senado, Edison Lobão, para decidir que projetos serão votados com prioridade neste semestre pelos senadores. Entre as dezenas de propostas em exame pelas comissões, pelo menos cinco delas devem constar da agenda dos próximos meses: reforma do Judiciário, Código de Defesa do Contribuinte, mudanças na Lei das Sociedades Anônimas, alterações na fidelidade partidária e a criação da Guarda Nacional.

A decisão do presidente interino do Senado e do presidente da Câmara, deputado Aécio Neves, de votar com rapidez projetos dentro de uma "agenda ética" para o Congresso não deve envolver votações do Senado, pois todas as propostas citadas já foram aprovadas pelos senadores. Já estão nas mãos dos deputados os dois principais projetos da "agenda ética" - a suspensão da imunidade parlamentar para os crimes comuns e a quebra do sigilo bancário de agentes públicos, como parlamentares e pessoas que ocupam cargos importantes na administração.

No momento, tramitam no Senado 353 projetos de lei e 65 propostas de emenda à Constituição. Um dos mais polêmicos cria a Guarda Nacional, assunto já bastante discutido no primeiro semestre, mas sem votação. Trata-se de um projeto do senador Romeu Tuma (PFL-SP) que, a princípio, só detalhava como seriam as guardas municipais, previstas na Constituição. O então senador José Roberto Arruda apresentou emenda ao projeto criando a Guarda Nacional e o assunto volta ao debate especialmente por causa da atual crise das polícias militares, que entraram em greve em vários estados no mês de julho.

A reforma do Judiciário, em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), vem sendo relatada pelo senador José Fogaça (PMDB-RS). A emenda constitucional chegou ao Senado depois de intenso debate na Câmara dos Deputados, principalmente por prever o controle externo do Judiciário. Já o projeto que torna mais rígida a fidelidade partidária integra a chamada reforma política, parte da qual já votada pelos senadores, enquanto outras propostas são examinadas pela CCJ.

Por sua vez, o Código de Defesa do Contribuinte, que busca defender especialmente as empresas de abuso do fisco, já foi aprovado pela CCJ e ainda deverá ser votado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) antes de chegar ao Plenário. Se passar no Senado, o projeto ainda será submetido aos deputados. Finalmente, o projeto que muda a Lei das Sociedades Anônimas vem sendo discutido ao mesmo tempo pela CCJ e pela CAE e um dos seus objetivos é a defesa dos direitos dos acionistas minoritários.

31/07/2001

Agência Senado


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