LÚCIO ALCÂNTARA DEFENDE DISCUSSÃO SOBRE SISTEMA DE COMUNICAÇÃO DE MASSA



Ao divulgar pesquisa mundialrealizada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura(Unesco), o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) opinou que o Brasil não pode adiar adiscussão sobre a interferência que seu sistema de comunicação de massa exerce sobre apopulação infantil. Diante dos resultados obtidos pela Unesco, o senador criticou aveiculação da violência na mídia e sua influência sobre as crianças, principalmenteas menores de 12 anos de idade. Nas conclusões do relatório, apresentadas por LúcioAlcântara, destaca-se a constatação de que 93% das crianças incluídas na pesquisatêm acesso a um aparelho de televisão. Elas passam, em média, três horas diáriasdiante da TV, o que significa que permanecem 50% mais tempo ligadas a esse meio decomunicação que a qualquer outra atividade não escolar. Também foi apurado que osmeninos são fascinados pelos heróis agressivos disseminados pela mídia. Alguns deles,como o personagem de Arnold Schwarzenegger no filme O Exterminador do Futuro, tornaram-seídolos conhecidos por 88% das crianças em todo o mundo. Destas, 51% vivem em ambientesaltamente violentos, com guerras ou criminalidade, e gostariam de ser como ele. A pesquisada Unesco procurou identificar o papel desempenhado pela mídia, em particular atelevisão, nas vidas de crianças no mundo todo. Também quis saber por que as criançasficam fascinadas com a violência na mídia e se existe relação entre a violênciaexibida pelos meios de comunicação e o comportamento agressivo entre crianças. -Pode-se concluir que a violência na mídia é universal e que, apesar das muitasdiferenças culturais, os modelos básicos das implicações da violência na mídia sãosemelhantes em todas as partes do mundo - afirmou Lúcio Alcântara. Conclusões Orelatório da Unesco chegou a conclusões variadas como a de que os filmes,individualmente, não constituem problema. Por outro lado, o alcance da violência nosmeios de comunicação de massa (com média de cinco a dez ações agressivas por hora deprogramação de TV em muitos países) contribui para o desenvolvimento de uma culturaagressiva global. Entre as sugestões apresentadas pela Unesco, e endossadas por LúcioAlcântara, está o debate público envolvendo políticos, produtores, pedagogos, pais eos futuros consumidores ativos. O relatório defende o desenvolvimento de códigos deconduta e autocontrole entre os profissionais da mídia. Por fim, estimula oestabelecimento de um processo de educação sobre a mídia, para criar usuários comcapacidade crítica em relação aos meios de comunicação. - O debate permanente dosvalores sociais, a prevalência de código de ética no comportamento da mídia e aeducação dos usuários para examinarem a mídia com espírito crítico e competênciasão postulados e formas objetivas de ação. Se estamos falando de crianças, essa tarefase torna ainda mais ingente, já que é no seio das famílias e nas escolas que talformação se dará - explicou Lúcio Alcântara. O estudo desenvolvido pela Unesco foibaseado em uma pesquisa mundial realizada nos anos de 1996 e 1997. O trabalho foidesenvolvido em colaboração com a Organização Mundial de Escotismo e a Universidade deUtrecht. A pesquisa contou com a participação de 5 mil estudantes de 23 países, entreeles o Brasil, de todas as regiões do mundo.

22/12/1998

Agência Senado


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