LÚCIO ALCÂNTARA DEFENDE REFORMA POLÍTICA POR PARTES



"As modificações propostas pela Comissão da Reforma Política devem ser feitas por partes, na medida em que forem consensuais", opinou nesta quarta-feira (dia 7) o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE), durante debate suprapartidário sobre a reforma, promovido pela Fundação Mílton Campos, ligada ao PPB. Para o senador cearense, não se deve esperar da reforma a solução de todos os problemas brasileiros.Falando para cerca de cem pessoas reunidas no auditório do Anexo IV da Câmara dos Deputados, Lúcio Alcântara analisou algumas das alterações previstas nos projetos de lei e propostas de emenda constitucional que integram a reforma política. O senador demonstrou especial preocupação com a fidelidade partidária. Frisando que é favorável ao instituto, Alcântara disse temer um controle excessivo do Legislativo pelo Executivo. - Há matérias em que não se pode constranger o parlamentar a votar dessa ou daquela forma. A fidelidade só vale se houver democracia interna nos partidos. O instituto cairia muito bem num regime parlamentarista, já que quando a bancada governista não concorda com o Executivo, há uma mudança no gabinete - argumentou.Lúcio Alcântara defendeu a continuidade do voto obrigatório. Para ele, instituir o voto facultativo "seria uma inconveniência" no atual estágio político brasileiro, e poderia prejudicar a representatividade dos eleitos, uma vez que a participação do eleitor ficaria diminuída. O senador se posicionou favoravelmente à manutenção da reeleição, "um instituto democrático, que precisa ser aperfeiçoado". Com relação às pesquisas, apontadas por muitos como fator de desequilíbrio nas eleições, Lúcio Alcântara afirmou que a legislação poderá criar mecanismos para coibir abusos, sem no entanto restringir o acesso à informação, garantido pela Constituição.

07/04/1999

Agência Senado


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