Maior rejeição vai para Lula
Maior rejeição vai para Lula
Pesquisa do Ibope aponta 42% para candidato petista, enquanto o tucano José Serra tem o menor índice, 27%
O petista Luiz Inácio Lula da Silva tem o maior índice de rejeição, de acordo com a pesquisa do Ibope: 42% dos entrevistados afirmaram que não votariam nele para a Presidência da República de "jeito nenhum". Já o pré-candidado do PSDB, senador José Serra, tem o menor índice de rejeição, 27%, entre as 2.000 pessoas ouvidas pelo Ibope, de 7 a 11 de março, na pesquisa encomendada pelo Bank of America.
Esta foi a primeira pesquisa, após a apreensão de R$ 1,3 milhão, no escritório da empresa Lunus, em São Luís, de propriedade da candidata do PFL à Presidência, Roseana Sarney, que registrou uma queda nas intenções de voto para a governadora. A pesquisa indicou também que o candidato do PSDB assumia o segundo lugar na preferência dos eleitores, com 19%, jogando Roseana para o terceiro lugar, com 17%, e mantendo o candidato do PT em primeiro lugar, com 24%.
De acordo com a pesquisa, os candidatos Ciro Gomes (PPS) e Roseana Sarney tiveram a segunda menor rejeição, com 29% dos eleitores. Depois, vem Anthony Garotinho (PSB), com 34%.
Roseana tem o maior potencial de votos, com 39% dos eleitores, ao avaliarem a candidatura da pefelista, dizendo que "poderiam votar nela para presidente da República". Em segundo lugar, vem Serra com 38%. Depois, estão Garotinho (34%), Ciro (32%) e Lula (24%).
Os eleitores de Lula são os mais fiéis ao candidato. Eles afirmam que não pretendem mudar de voto ao longo da disputa pela Presidência. Uma das perguntas feitas pela pesquisa Ibope foi sobre a definição da escolha já feita. Entre os eleitores declarados de Lula, 52% afirmaram que esta é "uma decisão definida que não mudará de jeito nenhum".
Já os eleitores de Roseana Sarney formam o segundo grupo mais convicto, com 43% dando a mesma resposta. Depois, vêm os eleitores de Anthony Garotinho, com 42%, e José Serra, com 41%.
Menos convictos são os eleitores de Ciro Gomes, com 33%, Enéas, do Prona, (33%) e Itamar Franco (PMDB), com 29%. A segunda opção de resposta ("é uma decisão firme, mas que poderia mudar no decorrer da campanha") teve as respostas seguintes: Lula (15%), Ciro (24%), Itamar (24%), Garotinho (22%), Serra (18%), Enéas (12%) e Roseana (20%).
A terceira resposta possível ("é uma escolha do atual momento, que durante a campanha poderá mudar) recebeu os seguintes percentuais: Lula (17%), Ciro (21%), Itamar (25%), Garotinho (18%), Serra (21%), Enéas (21%) e Roseana (19%).
Corrupção muda votos
O Ibope perguntou também quais fatores poderiam fazer com que o eleitor mudasse de preferência e votasse em outro nome. Com 40% das respostas, a principal razão citada foram denúncias de corrupção contra o candidato.
As mulheres, com 42%, dão mais importância às denúncias do que os homens, com 37% das respostas. Bem abaixo, com 26%, a segunda razão citada foi a falta de um programa de governo ou/e falta de propostas.
O senador José Serra (PSDB) seria o maior beneficiado na corrida eleitoral para o Planalto, se a governadora Roseana Sarney (PFL) desistisse de sua candidatura. Ele teria 25% das intenções de votos que hoje são da governadora.
Em segundo lugar, viria o candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva, que receberia 15% das intenções de votos. Empatados em terceiro lugar com 14% das intenções de votos cada, estariam o ex-ministro Ciro Gomes (PPS) e o governador do Rio, Anthony Garotinho (PSB).
Suplicy admite derrota
Os primeiros resultados parciais divulgado pelo PT sobre as prévias que o partido realizou no domingo para definir o nome do candidato da legenda à Presidência da República mostram que Luiz Inácio Lula da Silva lidera a disputa, com 88,6% dos votos válidos.
Lula está disputando a indicação petista com o senador Eduardo Suplicy, de São Paulo. Apesar de não contar com apoio da cúpula do partido, Suplicy insistiu na realização das prévias. Pelo resultado parcial, o senador está com 11,4% dos votos.
O senador Eduardo Suplicy reconheceu ontem a derrota nas prévias e voltou a reafirmar seu apoio ao vencedor, o presidente de honra do partido, Luiz Inácio Lula da Silva.
"É um resultado por todos respeitado. Eu respeito a decisão, e de pronto me coloco... para ajudar o Lula a vencer as eleições para presidente", disse o senador Eduardo Suplicy .
Esta foi a primeira vez que o PT organizou eleições para escolher seu candidato à Presidência da República. O resultado oficial deve sair amanhã.
O partido também realizou prévias ontem para a escolha dos candidatos do PT aos governos do Paraná, Ceará, Piauí e Goiás.
PSB faz campanha para jovem ter título
A sete meses do primeiro turno das eleições, os partidos se mobilizam para mostrar a importância do voto e para que o eleitor não deixe para a última hora a retirada do título. O PSB começou uma campanha educativa com a proposta de atingir os jovens de 16 anos, nos pontos mais freqüentados por eles na cidade.
Mais de 50 mil folderes e 40 outdoors serão utilizados, até o dia 8 de maio, último dia para pedir o título em um dos postos do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Cada um dos panfletos traz palavras de incentivo e explicações sobre o título, com linguagem jovem, para motivar o adolescente a solicitar o documento. Os apelos são "Vote aos 16 anos. Quem cresceu tem de votar", "O seu irmão mais novo vai se roer de tanta inveja", "Depois não reclame se a gata do 3° ano achar você muito criança" ou "Seus pais têm razão: você já está bem grandinho para isso".
A estudante Karina Marques foi uma das que não quiseram esperar até o último dia para retirar o título. Influenciada desde pequena pelos pais sobre a importância do voto para o desenvolvimento do País, foi ao cartório do TRE em fevereiro. O mesmo interesse, que segundo ela não é compartilhado pelas amigas de colégio. "De cada dez amigas minhas, apenas duas se preocupam com eleição. A maioria prefere esperar até os 18 anos, quando serão obrigadas a votar", explicou.
Para retirar o título de eleitor, o jovem que completa 16 anos até o dia 6 de outubro, data do primeiro turno, deverá procurar um dos postos do TRE, com a carteira de identidade e um comprovante de residência. O prazo final é o dia 8 de maio.
Olívio é derrotado por Tarso na prévia gaúcha
O prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, será o candidato do PT ao governo gaúcho. Ele venceu por uma pequena margem de votos a prévia petista disputada domingo contra o atual governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra.
Tarso, segundo informações do PT, obteve 18.076 dos 35.572 votos válidos - 51,4%. O atual governador, Olívio Dutra, ficou com 48,6% dos votos (17.093). De acordo com o partido, foram registrados 198 votos em branco e 205 nulos.
A apuração chegou ao final às 3h45 minutos da madrugada de ontem. Os números apresentados serão oficializados hoje na sede do partido. O anúncio foi feito pelo presidente do PT-RS, David Stival.
A prévia do PT no Rio Grande do Sul não apresentou o mesmo entusiasmo ocorrido em anos anteriores. Nem mesmo a acirrada disputa entre Tarso Genro e Olívio motivou a militância do partido a fazer campanha de boca-de-urna. Durante a campanha, as facções de Genro e Dutra se desentenderam por causa da divulgação de pesquisas, indicando que o prefeito seria o único candidato do PT capaz de derrotar os ex-governadores Antônio Britto (PPS) e Alceu Collares (PDT). O fato chegou a provocar uma reunião da executiva regional que, depois de mais de quatro horas de discussão, decidiu proibir a realização de pesquisas.
As denúncias de envolvimento de grupos liga dos ao governador com o jogo do bicho são apontadas como principal motivo da derrota de Olívio Dutra. Ele está sob ameaça de um processo de impeachment, proposto por uma CPI da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Um dos principais assessores de Olívio teve que pedir demissão, depois de ter sido comprovado que determinou à polícia gaúcha que não reprimisse o jogo do bicho. Os bicheiros são apontados pela CPI como um dos principais contribuintes da campanha eleitoral do PT. Inclusive, recursos doados pelo jogo do bicho por meio de um Caixa 2 teriam sido utilizados para a compra da sede do PT em Porto Alegre.
A prévia registrou 35.572 votantes, abaixo da expectativa inicial da direção partidária, que previa 40 mil participantes. O PT realizou a escolha em 374 municípios.
Presos provisórios podem votar
Os presos provisórios (autuados em flagrante ou que cumprem prisão temporária e preventiva) poderão votar nas eleições de 6 de outubro. Ou seja, o detento que ainda não foi condenado pela Justiça.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou sugestão da ONG União Solidariedade Cristã São Francisco de Assis e, com base na Constituição, incluiu no artigo 49, parágrafo único, da Resolução nº 20997, o direito de votos destes presos.
O assunto deverá ser votado nos próximos dias pelos juízes do TRE. Se aprovada, serão instaladas seções eleitorais e urnas eletrônicas no Núcleo de Custódia de Brasília (NCB), situado no complexo penitenciário da Papuda; e no Departamento de Polícia Especializada, onde estão recolhidos cerca de 1.500 presos provisórios.
De acordo com a presidente da ONG, Marinete Brandão, o direito de voto do preso provisório foi consagrado pela Constituição de 1988. E regulamentado agora pelo TSE, a pedido da ONG. "É uma vitória das pessoas que estão segregadas da sociedade, que poderão exercer o seu direito de cidadania", avalia.
O parágrafo único do artigo 49 da Resolução do TSE diz: "Os juízes eleitorais deverão, se possível, instalar seções eleitorais especiais em estabelecimentos penitenciários a fim de que os presos provisórios tenham assegurado o direito de voto".
Artigos
É só olhar
Eduardo Brito
Como sabe todo mundo, o Estado existe para organizar e distribuir o poder, interferindo nas contradições das classes sociais. Sobrevivem, porém, ingênuos que acreditam ser função do Estado resolver problemas, buscando o bem-estar da população.
Autoridades desavisadas alimentam essa ingenuidade. É o caso do secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. Mesmo tendo como contraponto o papel de algoz da turma do Refis, ele conseguiu algo que há menos de uma década parecia impossível. Simplificar o Imposto de Renda. Para quem não se lembra, a declaração de Imposto de Renda era sinônimo de perder as horas de lazer de um mês inteiro, desperdiçadas em milhares de contas, operações, formulários e anexos. Hoje, tudo se resolve em meia hora.
Só que isso é exceção, não regra. Basta ver o que ocorre com o trânsito. No Distrito Federal, já que aqui estamos. No governo Cristovam, o Detran, entregue a vigoroso adepto da teoria lombrosiana de administração pública, transformou incontáveis vias em engarrafamentos permanentes. Para se percorrer alguns quilômetros da Estrutural ou da pista do Lago Sul, às 8 da manhã, era necessário uma hora. Defenestrada a criatura, ajustaram-se os semáforos e os mesmos trechos podem ser feitos em dez minutos.
Infelizmente, ainda estão por aí alguns sequazes. Os sensores de avanço colocados em locais como os inícios da W-3 Sul e da W-3 Norte produzem, por inépcia, engavetamentos diários. São tão comuns, que nem se registram mais. O timing entre as mudanças dos semáforos, os espaços a percorrer e a velocidade da via faz com que as colisões se sucedam. A todo início de noite há três, quatro, seis delas. Inexiste registro, também, de uma ação das autoridades para resolver algo mediante gesto tão simples como girar um parafuso.
Idem para os assaltos noturnos no campus da UnB. Sabe-se que os estacionamentos da universidade são o paraíso dos arrombadores e dos seqüestros-relâmpago. Na escuridão de breu, um estudante só escapou das facadas de um bandido, na semana passada, por tê-las aparado com sua mochila. A Reitoria sabe do problema, que poderia ser resolvido com lâmpadas e guardas que não custariam o salário mensal de dois dos seus assessores especiais.
Às vezes, é questão de sobrevivência. Garantiu o governo federal que toda a população de baixa renda passaria a receber o vale-gás. Fez isso porque acabava de autorizar um belo aumento no preço do botijão. O tal vale corresponde a miseráveis R$ 15 por mês, o preço de uma entrada de cinema. No DF, 110 mil famílias têm direito a ele. Só o recebem pouco mais de 40 mil. Os outros 60 mil viraram sem-vale porque a burocracia ainda não se entendeu a respeito de uma fórmula para identificá-los.
Ao se eleger presidente dos Estados Unidos, em 1992, Bill Clinton adotou como livro-texto um certo Reinventando o Governo. Mostrava que o setor público precisava ser reinventado. Fala-se hoje em distribuí-lo para o segundo escalão das administrações públicas brasileiras. Não é preciso. Bastaria que essa turma olhasse em torno.
Colunistas
CLÁUDIO HUMBERTO
Malan: cinco em um
A mulher do ministro Pedro Malan é a síndica-revelação do ano. Além dos dois apartamentos próprios da família, Catarina Malan alugou outros três no velho prédio da Rua Visconde de Itaúna, 177, no Jardim Botânico (Rio). O condomínio do pequeno prédio adorou a obra monumental sem despesa extra: vidros blindex à prova de bala, videoportaria, telefonia imune a grampos etc. Só não gostou da troca de pilares sem autorização da prefeitura. A turma de José Serra já espalha a notícia.
Catarina, a grande
Por trás do ministro da Fazenda que ganha mal, só mesmo uma grande gestora como Catarina Malan para promover o milagre da multiplicação.
Lista de suspeitos
A lista de financiadores do tucano José Serra em 1994 (da qual fez parte Ricardo Sérgio "no limite da irresponsabilidade" Oliveira e a corretora de valores Fator, aquela que se envolveu em vários escândalos federais) inclui 16 dos principais bancos brasileiros e até a Incal Incorporadora - sim, aquela mesma do escândalo do TRT de São Paulo, do juiz Lalau.
Operação Anaconda
Aguarda-se para os próximos dias a explosão de outras candidaturas presidenciais. Por pura coincidência, é claro, adversárias de José Serra.
Rosyang Sarney
Roseana é a Syang da Casa dos Presidenciáveis: vai ter de sair de cena por causa da crise do marido.
Parabéns pra ele
Hoje é aniversário do sexagenário senador José Serra (PSDB-SP), para quem a vida é um grampo conectado. Para cumprimentá-lo, nem precisa enviar telegrama. Basta falar ao telefone com aquela tia que mora no Acre ou aquela madrinha de Porto Alegre. Serra ficará sabendo.
Sem festas
Os 15 anos da "era Tasso Jereissati" no Ceará foram completados no dia 15 deste mês, sem comemoração. A data foi lembrada apenas pelo lançamento do livro "Era Jereissati - Mito e Modernidade", de dois doutores de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará.
Direitos perdidos
Ativos e inativos da Imprensa Nacional perguntam se FhC conhece a Constituição, pois tiveram os salários reduzidos em 70%, sem aviso. Cortou gratificações na folha e inventou outra, que ainda precisa de aprovação no Congresso. Um aposentado teve aneurisma, já houve até suicídio com a penúria, e quem entrou na Justiça, dançou.
Para conhecer Serra
Numa premiação da revista Imprensa, José Serra abordou o jornalista Chico Pinheiro, dedo em ris te, perguntando-lhe pelo "telejornal petista" que comanda, na TV Globo paulista. Chico tentou ignorar a provocação, lembrando que o SP TV fora premiado etc. Serra seguiu vociferando. Outro jornalista classificou a cena de "fascismo explícito". E observou:
- Imagine esse sujeito com poder de polícia e a caneta do poder na mão.
Pratini nem aí
Criado em 1999, o conselho consultivo do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) não conseguia se instalar nem funcionar simplesmente porque, alheio ao problema da seca no Nordeste, o ministro Pratini de Moraes (Agricultura) não designava o seu representante no colegiado. Acabou de fazê-lo, com três anos de atraso.
Boi dormindo
O deputado Paulo Ramos (PDT-Rio) acha desnecessário votar o projeto garantindo a pensão integral dos PMs e bombeiros, afastados por invalidez. O projeto é do colega Carlos Dias (PPB-Rio) e o STJ determinou o pagamento, ignorado pelo governador Garotinho. Não paga nem os triênios atrasados e descontou dos inativos 30%, em média.
Anti-Ricardão
Depois do sucesso na Europa e EUA, está à venda no Brasil um kit para testar a infidelidade do parceiro (a). O líquido garante 100% de certeza, num teste de cinco minutos, aplicado na roupa do coitado (a). Basta molhar e aparece a mancha do delito. "Não seja o último a saber", diz a publicidade. O produto não se aplica a casamentos políticos.
Espeto de pau
O site do governo maranhense exibe a legenda: "Maranhão. O segredo do Brasil." Humm...
Salvo pelo gongo
Os consumidores agradecem: decisão do TRF 3ª Região suspendeu a cobrança de Pis/Pasep e Cofins nas contas telefônicas. O juiz Johonsom Di Salvo acatou o recurso do Ministério Público, que lutava contra a cobrança da Telesp Celular e Vésper. As concessionárias empurram para o desrespeitado público a carga fiscal que legalmente devem pagar.
Dicionário
A empresa de grampo contratada por José Serra para o Ministério da Saúde teve a denominação escolhida a dedo. Fence em inglês é "cerca, barreira, tapume". Mas também é "receptar objetos roubados". Humm...
PODER SEM PUDOR
A lição de Israel Pinheiro
José Serra teria muito a aprender com o general Eurico Gaspar Dutra. Candidato do PSD a presidente, em 1945, certa vez ele foi alvo de críticas duras de J. E. de Macedo Soares, num artigo. Dutra ficou indignado. Chamou Israel Pinheiro e, com um exemplar do Diário Carioca à mão, disse que responderia ao ataque. Pinheiro deu-lhe uma lição:
– General, o senhor já tomou banho de mar? Crítica de imprensa é como banho de mar. No primeiro banho, a gente se queima, não dorme. No segundo, dorme mal. Daí por diante, se acostuma. Não responda.
Dutra não respondeu. Nem perseguiu o jornalista.
Editorial
NOVAS CIDADES
Os assentamentos criados no Distrito Federal para a erradicação das favelas foram duramente criticados durante anos. Não passariam, segundo opositores, de locais sem a menor estrutura para receber famílias. O tempo se encarregou de dar a resposta, não sem uma boa ajuda dos governantes que, há três anos, encararam de frente o problema da urbanização e, a partir de um acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), investiram.
Em nove meses foram aplicados R$ 100 milhões e os resultados são visíveis até, ironicamente, nas chamadas obras enterradas. A população vibra com o asfaltamento e a colocação de meio-fios em todas as vias, mas sabe da importância da rede de captação de águas pluviais e de esgoto para uma vida melhor.
As cinco cidades beneficiadas com o programa, em dois anos, terão prontas essas obras de infra-estrutura, fundamentais para uma vida mais confortável. Escolhidos como exemplos para outros países, os assentamentos que viraram cidades agora ganham contornos definitivos. A aplicação dos recursos vem sendo feita com rigor como a própria população pode fiscalizar a partir da presença das equipes de trabalhadores e das obras ininterruptas nas ruas.
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03/19/2002
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