Mauro Miranda pede apoio para Apae



O senador Mauro Miranda (PMDB-GO) pediu aos demais senadores que defendam um repasse maior de recursos, pelo governo federal, às sedes da Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae) em todo o Brasil. Ele também pediu aos colegas que estimulem a sociedade civil organizada a aumentar o número de doações para a entidade.

Mauro Miranda ocupou a tribuna nesta quinta-feira (dia 30) para mostrar a mudança de postura da Apae e suas carências financeiras. Segundo ele, a entidade deixou de priorizar o assistencialismo para trabalhar no desenvolvimento das potencialidades do portador de deficiência. Atualmente luta também para garantir os direitos elementares de cidadania dos portadores de deficiência mental.

Fundada em 1954, no Rio de Janeiro, a Apae atende hoje a 250 mil portadores de deficiência mental em quase 2 mil municípios brasileiros. São 1,8 mil unidades no país, atendidas por aproximadamente 37 mil profissionais - em sua grande maioria, voluntários.

O senador relatou que as escolas especializadas mantidas pela Apae atendem o deficiente desde o nascimento até a idade adulta. Acrescentou que, além de um ensino de qualidade, elas oferecem serviços terapêuticos de Psicologia, Fonoaudiologia e Fisioterapia.

- A oferta de cursos profissionalizantes é o passo mais recente da Apae no sentido de incluir o portador de deficiência no mundo do trabalho - ressaltou.

O parlamentar trouxe exemplos da atividade da Apae em Goiânia, onde 400 alunos são atendidos em três unidades, com aproximadamente 120 funcionários. Mas há 200 crianças na fila de espera. O senador citou a assessora Marinalva Queirós Santana, para quem é preciso "tirar leite de pedra" para manter a entidade.

Com base nas informações da assessora, o senador afirmou que cada uma das três unidades na capital goiana recebe R$ 6 mil mensais do governo federal, por meio de convênio com a Secretaria da Assistência Social. Outros R$ 10 mil são arrecadados em doações telefônicas. Mauro Miranda disse que o governo estadual, embora ceda os professores para as unidades, não contribui com "um centavo sequer". Já a Prefeitura de Goiânia repassa, mensalmente, R$ 1,89 mil.

- A realidade vivida pela Apae de Goiânia, apesar de ser capital de um estado, pouco difere da situação das outras unidades existentes no país - afirmou o parlamentar.

O senador citou a história de Pedro Ricardo Cunha, 15 anos, morador de Rio Verde (GO), que graças ao acompanhamento da Apae "não perde as esperanças de um dia mostrar seus dotes artísticos", apresentando-se com sua banda de música. Mauro Miranda afirmou que os músicos portadores de deficiência de Irati (PR) já se apresentam profissionalmente em outros países, como a Polônia e o Chile.

O parlamentar disse ter razões pessoais para dar prioridade ao tema, citando seu sobrinho e afilhado, Léo, "um exemplo próximo de ser humano muito especial". Ao final, citou o ex-presidente da Federação Nacional das Apaes, Márcio Caixeta, para quem "em cada portador de deficiência está presente a manifestação diferenciada de Deus, que pode ajudar cada um a entender melhor o mundo a sua".

30/08/2001

Agência Senado


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