Mercadante quer que o Brasil caminhe para o Imposto sobre Valor Agregado, com o fim do ICMS e IPI



O líder do governo, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), disse que é preciso caminhar para a criação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) que unifique o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e talvez até o Imposto sobre Serviços (ISS).

- A Europa saída de duas grandes guerras conseguiu isso, e com a União Européia manteve o imposto agregado, apesar das diferentes culturas, das diferentes visões. Por que nós não podemos conseguir a mesma coisa, simplificar o sistema, corrigir distorções, acabar com a guerra fiscal? - indagou Mercadante.

Ao interpelar os empresários que participaram da audiência, o líder do governo disse que não acreditava que Bill Gates [dono da Microsoft], os irmãos Rockefeller e outros milionários fossem mais altruístas, generosos ou patriotas do que os milionários e empresários brasileiros.

- Por isso, pergunto: por que só no Brasil é inviável um imposto sobre grandes fortunas, ou sobre grandes heranças, por que quem tem muito não pode abrir mão de um pouco em favor de quem não tem nada, em um país de miseráveis como o nosso?

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Paulo Skaf, respondeu que as coisas no Brasil não são transparentes.

- Por exemplo, na proposta da Câmara dos Deputados, falou-se em IPVA sobre veículos aquáticos, e todos concordaram, achando que seriam taxados jet-skis, iates etc. Depois, viu-se que iriam ser taxadas embarcações de transporte - afirmou o empresário.



10/10/2003

Agência Senado


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