Mesa analisa nesta terça-feira nova representação contra Renan



O 1º vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), marcou para esta terça-feira (7), às 10h, a reunião da Mesa do Senado para deliberar sobre o acatamento ou não da nova representação do PSOL contra o senador Renan Calheiros, que preside a Casa. Nesta quinta-feira (2), Tião Viana despachou a representação para a Advocacia Geral do Senado, que deverá analisá-la e emitir um parecer, até as 18h desta segunda-feira (6), para orientar a decisão da Mesa - como é praxe nesses casos.As informações são da Secretaria Geral da Mesa.

A representação contra Renan Calheiros foi encaminhada a Tião Viana pelo próprio presidente do Senado, que, em nota divulgada à imprensa na quarta-feira, considerou-se impedido de tomar uma decisão sobre o documento. A representação pede instauração de processo disciplinar para averiguar se houve quebra de decoro parlamentar por parte do próprio Renan Calheiros.

A nova representação pede investigação sobre as relações da família Calheiros com a cervejaria Schincariol, com base em denúncia publicada pela revista Veja em 11 de julho, bem como sobre as denúncias em relação a suposta apropriação ilegal de área rural em Murici (AL). Renan já é investigado no Conselho de Ética por suspeita de ter parte de suas despesas pagas por Cláudio Gontijo, funcionário da empreiteira Mendes Júnior.

Gim Argello

Renan Calheiros também já despachou para a Advocacia do Senado a representação do PSOL contra o senador Gim Argello (PTB-DF). O senador Gim Argello - que assumiu o mandato após a renúncia de Joaquim Roriz - é acusado, da mesma forma que Roriz, de envolvimento com o esquema de corrupção investigado pela Operação Aquarela, uma operação conjunta da Polícia Civil, Receita Federal e Ministério Público do Distrito Federal, que trata de desvio de recursos do Banco de Brasília (BRB). A legislação, no entanto, não deixa claro se senador poderá sofrer punição por falta cometida antes de sua posse e, por isso, há dúvidas quanto à competência do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar para investigar Argello, já que ele assumiu o mandato após a suposta prática do crime.



02/08/2007

Agência Senado


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