MOREIRA MENDES PREGA MUTIRÃO CONTRA A VIOLÊNCIA
- Muito mais conscientes que suas vítimas, os agentes criminosos agem coletivamente. Daí o sucesso de suas ações, das armas sofisticadas, da intimidação, do medo imposto e do aparato bélico utilizados numa verdadeira guerra interna. Tivessem os cidadãos brasileiros essa mesma conscientização, seguramente a violência morreria por inanição - garante.
Moreira Mendes defendeu um tratamento prioritário para a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, por entender que o Estatuto da Criança e do Adolescente está ultrapassado nesse ponto. Ele citou dados da Polícia Militar de São Paulo apontando que 75% dos crimes violentos ocorridos na capital são cometidos por jovens na faixa de 14 a 18 anos. "Como continuar considerando traficantes, estupradores e homicidas como crianças, somente porque não completaram 18 anos?", perguntou.
Segundo o senador, a campanha eleitoral vem mostrando que a maior reivindicação da população aos futuros prefeitos é o combate à violência. Dados da pesquisa Datafolha mostram que 64% dos entrevistados paulistanos citam a violência como prioridade, antes de providências relativas a saneamento básico, estradas, moradias e até mesmo de ações que minimizem as taxas de desemprego.
RESPONSABILIDADE
Moreira lembrou que o governo federal, ao anunciar, em junho, seu Plano Nacional de Segurança Pública, assumiu parte da responsabilidade no combate ao crime, mas deixando claro que os estados são ineficientes na contenção da violência.
- Diante da porta arrombada, o cidadão brasileiro não pode continuar de braços cruzados esperando que os governos federal e estaduais coloquem as trancas. Nos países mais civilizados do mundo, a segurança pública é discutida com toda a sociedade. Afinal, por ser essa mesma sociedade a vítima de todas as ações de violência, é somente ela quem pode apontar as soluções - afirmou.
Ao concluir seu pronunciamento, Moreira Mendes ressaltou que, nos últimos dez anos, o Brasil saltou 50 anos em tecnologia e economia de mercado, mas essa inserção na globalização não estimulou a conscientização social que essa modernidade cobra de todos. Para o senador, se ontem cada brasileiro era responsável somente pelo lugar que ocupava na sociedade, hoje esse papel é dividido por todos e a violência que ontem atingia o vizinho, hoje sujeita todos aos seus ditames.
23/08/2000
Agência Senado
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