Mozarildo: Roraima pode tornar-se fornecedor de produtos para a Guiana



No momento em que o governo da Guiana se democratiza e abre seu comércio internacional, admitindo casas de câmbio, imprensa livre, importação e exportação sem barreiras e respeitando totalmente o livre comércio, o estado de Roraima candidata-se a ser fornecedor de tudo que aquele país precisar.

Discurso nesse sentido foi feito, nesta terça-feira (10), pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PPS-RR), ao ler em Plenário documentos sobre o abandono em que se encontra a fronteira do Brasil com a Guiana. O parlamentar disse que um dos maiores problemas que o Brasil enfrenta é o descaso com as fronteiras amazônicas, principalmente aquelas com países que têm escassa povoação e que por isso atraem o narcotráfico, o contrabando de minérios e outros ilícitos.

O primeiro documento lido pelo senador foi uma carta da Câmara de Comércio Brasil-Guiana, dizendo que a Guiana tornou-se de vital importância para Roraima, "uma vez que tudo que consome e utiliza é importado". O documento diz que, por fazer fronteira com rodovia trafegável até Georgetown, com preços bem melhores que os cobrados pela Europa, Ásia, Estados Unidos e Canadá, Roraima é mercado natural para ser "fornecedor de tudo" que a Guiana necessitar.

Mas, para isso, afirmou Mozarildo Cavalcanti, é preciso que o estado tenha condições de estabelecer-se como fornecedor internacional. O documento pede que se desburocratize o livre comércio, que se aprove um acordo de transporte de passageiros e cargas entre o Brasil e a Guiana, que se implante a aduana da Receita Federal no município de Bonfim e que se estenda o horário de atendimento da Polícia Federal até 21h.

O outro texto lido foi matéria publicada pelo jornal Folha de Boa Vista, afirmando que a fronteira com a Guiana, no município de Bonfim, é conhecida pelo tráfico de drogas, contrabando de alho e por servir de corredor para os assaltantes, que roubam motocicletas para comercializarem e até trocarem por drogas.

- Eu sempre friso que, com a escassa presença da polícia federal e das forças armadas naquela região, com o pouco efetivo ali disponível, os problemas se agravam - afirmou o senador.



10/11/2004

Agência Senado


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