O dia que não acabou



 




- O dia que não acabou

- (Nova York) - Na França, um esportista anunciou que vai nadar de Washington a Nova York (800 quilômetros, 25 dias). Na Alemanha, um casal turco briga na Justiça para batizar seu filho de "Osama bin Laden". Nos EUA adolescentes incorporam gírias como "Ponto Zero" (para quartos bagunçados), "isto é tão 10 de setembro" (para preocupações frívolas) e "jihadizado" (quando alguém é disciplinado).

A megaoperação norte-americana destruiu campos de treinamento e derrubou o Taleban no Afeganistão, abrigo da organização terrorista Al Qaeda. Mas o paradeiro de Bin Laden, que assumiu os ataques, segue desconhecido.

A três dias do aniversário do maior ataque terrorista da história dos EUA, que matou mais de três mil pessoas, o mundo ainda digere as conseqüências e pergunta-se como o trágico 11 de setembro afetou o curso da história. (pág. 1)

- Para europeus, atentados não mudam história. (pág. 1 e cad. Esp., pág. A5)

- Pai de brasileiro morto no WTC relembra drama. (pág. 1 e cad. Esp., pág. A11)

- Gore Vidal diz o que une os ódios contra os EUA. (pág. 1)

- Levantamento feito pela "Folha" a partir dos dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostra que o índice de candidatos à Câmara dos Deputados ou ao Senado com diploma universitário em todo o País é de 49,6%, contra 60% nas últimas eleições parlamentares, realizadas em 1998.

Os dados do TSE mostram que duplicou a proporção de candidatos que dizem saber apenas ler e escrever, um degrau abaixo da opção "[ensino] fundamental incompleto".

Para analistas, os números refletem a democratização da atuação política. (pág. 1 e cad. Esp., pág. 10)

- A 8ª edição do "Grito dos Excluídos" reuniu milhares de participantes ontem na Basílica Nacional de Aparecida (SP). Segundo estimativa da organização do evento e da Polícia Militar, compareceram cerca de 150 mil pessoas - público recorde. No ano passado, cerca de 90 mil foram a Aparecida.

O principal tema deste ano foi a Alca (Área de Livre Comércio das Américas), sob o lema "Soberania Não se Negocia". "O Brasil tem de se tornar livre de grandes potências", disse o cardeal dom Aloísio Lorscheider, arcebispo de Aparecida, em missa. (pág. 1 e A4)

- Grupos de empresas estão elaborando "listas negras" on line para não contratar profissionais que vão à Justiça para fazer reclamações trabalhistas. As listas são criadas a partir de informações de sites da Justiça do Trabalho sobre processos.
O Ministério Público do Trabalho já conduz 182 investigações em companhias de 20 estados a partir de denúncias de trabalhadores. Cerca de 80 empresas já se comprometeram a pôr fim às listas. (pág. 1 e B1)

- O Governo George W. Bush comemorou o primeiro ano do 11 de setembro, nesta semana, com a perspectiva imediata de uma invasão do Iraque. Uma festa inesquecível para a humanidade.

Os EUA, o mundo e a própria família Bush estão divididos, mas isso não é nada diante do império dominador de Bush, o presidente errado, na hora errada, da maior potência política, econômica e militar do planeta. (...) (Eliane Cantanhêde, pág. A2)


Colunistas

PAINEL

PFL já traçou seu plano para permanecer no centro do poder mesmo que Ciro Gomes não vença a eleição presidencial. Em reunião na semana passada, os líderes do partido definiram que assumirá o comando da sigla o grupo pefelista que tiver melhores relações com o eleito.

  • No caso de Serra passar para o segundo turno com Lula, Bornhausen deixará a presidência do PFL imediatamente e passará o cargo a José Jorge. Com Marco Maciel, promoveria a recomposição do núcleo pefelista com o PSDB - à exceção de ACM e Roseana, que preferem Lula.

  • Se Lula vencer as eleições, Roseana Sarney assumirá a presidência do PFL na virada do ano. A tarefa de aproximação dos pefelistas com o PT será facilitada pelo fato de o pai da maranhense, o ex-presidente Sarney, já apoiar o candidato petista.

  • Serra utilizará a reta final da campanha, quando a audiência do horário eleitoral volta a melhorar, para tentar crescer nas pesquisas em cima de Lula. Considera que 10% dos atuais eleitores do petista não desgostam da gestão FHC, mas esperam algum tipo de mudança. (pág. A4)


    Editorial

    A POLÍTICA DO APERTO

    Casaram espécie nas hostes oposicionistas alguns pontos do Memorando Técnico de Entendimento do mais recente acordo do Brasil com o Fundo Monetário Internacional. Os presidenciáveis antigovernistas sustentam, basicamente, que não foram avisados pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, quando estiveram no Palácio do Planalto, de que haveria necessidade de atingir um superávit fiscal (receitas menos despesas, antes dos juros) de 3,88% do PIB ainda neste ano. (pág. A2)


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    09/08/2002


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