Olívio e Tarso começam campanha à prévia









Olívio e Tarso começam campanha à prévia
A campanha da prévia que escolherá o candidato do PT ao governo do Estado começou ontem, quando o governador Olívio Dutra e o prefeito Tarso Genro recolheram apoios. Olívio foi aclamado por integrantes da corrente Articulação de Esquerda, reunidos no salão da Igreja Nossa Senhora da Pompéia, e Tarso recebeu apoio do recém-criado Movimento Pólo de Esquerda durante encontro no auditório do Cpers. Dos 304 delegados da Articulação de Esquerda, 301 votos foram para Olívio, dois para Tarso e houve uma abstenção. O governador chegou ao final da reunião e comemorou o resultado amplamente favorável. Em discurso de 20 minutos, interrompido várias vezes por aplausos da platéia, Olívio pediu que não fosse desperdiçada energia em debates internos. Argumentou que os esforços deveriam se direcionar para o combate aos inimigos do projeto. 'O resultado é importante, mas precisamos fortalecer o partido como um todo, enfrentando os nossos adversários reais, que estão abraçados ao modelo neoliberal e têm maioria na Assembléia Legislativa', disse Olívio.

Tarso prestigiou o evento de fundação oficial do Movimento Pólo de Esquerda, dissidência da Articulação de Esquerda criada pelos apoiadores do prefeito. Ao se dirigir aos 163 presentes, representando 22 municípios, Tarso saudou a formação da nova corrente, afirmando que oxigena o partido. 'A formação do Pólo de Esquerda é fundamental ao PT, pois representa a retomada de questões fundamentais para criar saídas ao modelo neoliberal', disse o prefeito.

O presidente estadual do PT, David Stival, informou que a executiva se reunirá amanhã a fim de discutir detalhes da prévia. Segundo ele, Olívio e Tarso se encontrarão em breve para conversar sobre o processo.


Dissidentes querem revitalização
A reunião que marcou ontem a fundação do Movimento Pólo de Esquerda, no auditório do Cpers, serviu como pano de fundo para os integrantes da nova corrente do PT demonstrarem apoio ao prefeito Tarso Genro. O deputado Roque Grazziotin comemorou a presença de 163 filiados, ex-integrantes do grupo Articulação de Esquerda. 'O apoio a Tarso se deve à capacidade de revigorar o projeto petista para o Estado. Prezamos o governador Olívio Dutra, mas tememos que passe a campanha toda se explicando aos adversários em vez de debater idéias de governo', afirmou Roque.

O prefeito de Cachoeirinha, José Stédile, explicou que a preferência por Tarso se justifica pela maior viabilidade eleitoral, com baixo índice de rejeição e sem ter sofrido desgaste político como o enfrentado por Olívio. 'O sentimento entre os eleitores é de que Tarso tem condições de vencer até no 1º turno', disse Stédile. Para o diretor da Metroplan, Jorge Branco, somente com a eleição do prefeito será possível revigorar o projeto do PT no Estado. O secretário municipal da Administração, José Carlos Reis, advertiu que a eventual retirada de Tarso causará frustração em parte da militância.


Destacada a força no Interior
O encontro da corrente Articulação de Esquerda que decidiu apoiar o governador Olívio Dutra lotou ontem o salão da Igreja Nossa Senhora da Pompéia. Além dos 304 delegados com direito a voto, outros 120 filiados estavam presentes como observadores. Ao todo, 80 municípios enviaram representantes ao evento. O líder do PT na Assembléia Legislativa, deputado Dionilso Marcon, comemorou a presença dos militantes e garantiu que a dissidência representada pela constituição do Pólo de Esquerda não passou de 20%. Segundo o deputado, Olívio reúne as melhores chances de vencer os candidatos de oposição, pois tem grande penetração política junto ao eleitorado do interior do Estado. Compareceram à reunião da Articulação de Esquerda lideranças do Movimento dos Sem Terra (MST) que garantiram apoio ao governador das 10 mil famílias integrantes da organização. Antônio Mattes, da coordenação do MST, confirmou que os filiados demonstraram vontade de votar em Olívio. A mesma opinião foi externada por Ailton Croda, também membro da direção do MST. Segundo ele, os agricultores pertencentes ao movimento preferem Olívio por acreditarem que dará continuidade ao processo de mudanças no campo, oferecendo maior apoio à reforma agrária.


PT e PL discutem aliança nacional
A aliança nacional entre o PT e os liberais será discutida amanhã, em Brasília. Participarão do encontro o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva, o coordenador político da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), deputado bispo Rodrigues, do PL, e os presidentes dos partidos, deputados José Dirceu e Valdemar Costa Neto. Segundo Neto, o encontro mostrará que a Iurd não tem nenhuma restrição ao PT.


Líder do PMDB acredita que há sensacionalismo
O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Geddel Vieira Lima, disse ontem, em Salvador, que a prisão do ex-senador Jader Barbalho foi 'sensacionalismo barato'. Ele afirmou que a operação foi chefiada por delegado ligado ao senador Romeu Tuma, do PFL. Geddel criticou o fato de Jader não ter sido chamado a depor. 'A rapidez com que saiu a decisão da Justiça indica a sua característica arbitrária', salientou.


PF retoma investigação sobre desvio de R$ 1,7 bi
Depois que o ex-senador Jader Barbalho foi preso e liberado, a Polícia Federal (PF) anunciou que retomará as investigações sobre os desvios do Fundo de Investimentos da Amazônia da extinta Sudam, em torno de R$ 1,7 bilhão. A PF fará nova devassa e abrirá inquéritos relacionados a todos os projetos existentes, principalmente no Pará, no Tocantins e no Amapá, onde existem suspeitas de envolvimento de antigos aliados de Jader.


Dom Dadeus ressalta o exemplo de fé
O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, do PPB, foi uma das lideranças políticas presentes à missa de sétimo dia do falecimento do deputado federal Nelson Marchezan, celebrada ontem na Igreja São José, em Porto Alegre. Pratini desmarcou compromisso com o presidente Fernando Henrique Cardoso para prestar homenagem 'ao grande companheiro e excelente amigo'. Ele destacou a contribuição política de Marchezan, sobretudo na transição democrática do país. 'Foi um homem de bem e político ilustre. Não me incluo entre os magoados por Marchezan ter saído do PPR, ingressando no PSDB. Entendo e respeito as razões que ele teve naquela época', enfatizou. O arcebispo de Porto Alegre, dom Dadeus Grings, ressaltou durante a celebração que Marchezan foi um político cristão exemplar na defesa dos princípios da fé. 'Os seus valores permanecem. Teve trajetória brilhante e benéfica', disse.

O representante do diretório nacional do PDT Danilo Groff fez questão de lembrar que, se Marchezan não tivesse conduzido o processo da anistia, 'líderes como Leonel Brizola e Miguel Arraes não estariam fazendo política hoje'. O secretário de Assuntos Federativos da Presidência da República, Adroaldo Streck, disse que o PSDB gaúcho reagiu porque 'está inspirado no trabalho vigoroso que Marchezan vinha realizando'. Hoje, o conselho político do partido se reúne para discutir a sucessão na executiva regional.


Jader se diz vítima de “politicagem”
Atribui prisão a embates com ACM e à preocupação com apoio que recebe da opinião pública no Pará

O ex-presidente do Senado Jader Barbalho, do PMDB, deixou a carceragem da Superintendência da Polícia Federal no Tocantins sábado, às 23h50min, alegando que a prisão foi ato de 'politicagem' ainda resultado dos embates com o ex-senador Antonio Carlos Magalhães, do PFL. 'Sofri vários episódios de violência política desde a disputa pela presidência do Senado', enfatizou Jader. Ele afirmou que mantém a disposição de se candidatar ao governo do Pará ou ao Senado. Insis tiu que a 'operação patrocinada pela Justiça Federal do Tocantins' teve caráter eleitoral, motivado por quem está preocupado com os índices de apoio da opinião pública a seu favor.

O juiz Alderico Rocha Santos, da 2ª Vara da Justiça Federal, que decretou a prisão de Jader, divulgou ontem nota dizendo que a decisão se deveu à 'magnitude da lesão provocada aos cofres públicos' pelo suposto desvio de recursos da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Rocha afirmou que se baseou em decisões anteriores do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. Ele declarou ainda que a lei o proíbe de comentar a concessão de liminar ao pedido de habeas corpus pelo presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília, Tourinho Neto.

Tourinho acatou ontem mais pedidos de habeas corpus beneficiando José Soares Sobrinho, preso com Jader em Tocantins, e os seus irmãos Sebastião José Soares e Romildo Onofre Soares, que estavam foragidos da Justiça. Haviam sido libertados ainda no sábado o ex-presidente da Sudam José Arthur Guedes Tourinho e a contadora Maria Auxiliadora Martins.

Criada para financiar projetos de desenvolvimento da economia amazônica, a Sudam se tornou feudo político de Jader, que nomeou três dos superintendentes, Henry Kayath, Maurício Vasconcelos e Arthur Tourinho. A suspeita de fraudes veio a público com denúncias de ACM, então presidente do Senado, em abril do ano passado. Jader foi acusado de ligação com o empresário José Osmar Borges, campeão dos desvios da Sudam, envolvendo aproximadamente R$ 230 milhões. Em janeiro, a corregedora-geral da União, Anadyr de Mendonça Rodrigues, anunciou punições a 20 funcionários, dos quais quatro foram demitidos e um teve a aposentadoria cassada. Segundo o Ministério da Justiça, 53 inquéritos policiais sobre o caso estão tramitando em seis estados. A maioria das investigações ocorre no Maranhão, com 26 ações. Dez casos são apurados no Pará e sete no Tocantins.


ACM exige apuração de todas as irregularidades
O ex-senador Antonio Carlos Magalhães, do PFL, disse ontem que a prisão do ex-senador Jader Barbalho teve a virtude de 'pôr em evidência uma questão que andava meio morta'. Ele exigiu apuração das irregularidades em todas as frentes possíveis. ACM minimizou o fato de Jader ter sido solto sábado. Disse que o ex-senador é investigado em vários processos e só não terá punição se não quiserem. Pediu que haja devolução do dinheiro ao Erário.


Delegado da missão é dos mais requisitados
O delegado Luiz Fernando Ayres Machado, de 34 anos, que prendeu o ex-senador Jader Barbalho, é um dos mais requisitados da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado e Inquéritos Especiais da Polícia Federal (PF). Ele foi o primeiro delegado na história da PF a interrogar um presidente do Senado. Ayres Machado tomou o depoimento de Jader há seis meses e preside dois inquéritos envolvendo o ex-senador. Ele está desde 1995 na PF.


Operação para prender ex-senador durou 2 dias
A prisão preventiva do ex-presidente do Senado Jader Barbalho foi decretada na sexta-feira. Porém, dois dias antes a Polícia Federal estava preparando secretamente a operação com dois aviões e agentes da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado e Inquéritos Especiais, escolhidos para a missão. Quando os policiais chegaram ao apartamento de Jader, em Belém, o ex-senador estava dormindo, mas não se espantou com a voz de prisão.


Roseana conquista a liderança no DF
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, do PFL, lidera as intenções de voto para as eleições presidenciais no Distrito Federal (DF) segundo o Instituto Soma Opinião e Mercado. Roseana está com 30% contra 24% de Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT. Ciro Gomes, do PPS, vem em terceiro lugar, com 14%. O governador do Rio, Anthony Garotinho, tem 10%. A pesquisa foi realizada no dia 7 deste mês com 778 eleitores de sete municípios.


Temer acha que tribunal reconhece arbitrariedade
O presidente nacional do PMDB, deputado federal Michel Temer, defendeu ontem o ex-senador Jader Barbalho. 'Tanto foi arbitrária a decisão do juiz que o tribunal cassou-a em menos de oito horas. Não havia sequer uma ação penal contra Jader', salientou. O senador Roberto Requião aposta que o caso deverá enfraquecer o grupo que comanda o partido. 'A prisão de Jader fortalece a candidatura própria', declarou.


Artigos

O Brasil de 2003
Vilson Antonio Romero

Como já perdemos a década de 90, pelo pífio crescimento da economia, que não conseguiu voltar aos níveis de produção do início da última metade do século passado, resta-nos prospectar o que pode nos acontecer com um novo governo em 2003. Os mandatos de FHC nos deram a certeza de que tivemos um excelente chanceler em atividade e um péssimo presidente, com a atenuante das crises mundiais 'espraiadas', que atingem, sempre, com muita celeridade a nossa economia, tão sensível e comprometida com os organismos internacionais. Pois a questão que se coloca aos candidatos com chances de chegarem ao Planalto é: que mecanismos serão utilizados na política econômica para reativar a produção nacional, recuperando padrões de empregabilidade e deixando alguns recursos para uma política social que minore as chagas da desigualdade e da exclusão, que atingem mais de 50 milhões de brasileiros?

Seja, como dizem as últimas manchetes nacionais, o 'fenômeno Roseana', herdeira política do 'marimbondo de fogo' José Sarney; seja o 'eterno' candidato Luiz Inácio Lula da Silva, que estaciona sempre nos 30%; seja Ciro Gomes, estigmatizado como 'new Collor', que quer construir um neocomunismo no PPS; sejam quaisquer outros, como os que devem vir da base governista, com todas as suas composições partidárias e conchavos regionais: todos terão de 'pôr a cara na janela', nos mostrando como farão para ressuscitar o Brasil.
Como tudo o que se diz das mazelas sociais redunda em urgência de retomada do crescimento, inserido no chavão de palanque 'desenvolvimento sustentado', com reforço do 'exportar para viver', isso sem falar da necessidade de expurgar as fraquezas do Brasil em termos de competitividade, como disse o professor Lester Thurow, dos EUA, estudioso do capitalismo. Segundo ele, o nosso gigante continental 'deitado em berço esplêndido' deve resolver logo os 'enroscos' da taxa de juros elevadíssima, do sistema jurídico arcaico, da baixa produtividade da mão-de-obra, da precariedade de infra-estrutura e do baixo nível educacional.

Com a palavra, os candidatos, e que não nos venham com mais 'cinco dedos' para serem 'decepados' ao longo do governo...


Colunistas

PANORAMA POLÍTICO - A. Burd

SAÍDA PARA CRISE PREVIDENCIÁRIA
Uma das alternativas para a crise da previdência social dos servidores públicos estaduais, que o Legislativo examinará em breve, é a criação de sistema individual de capitalização. Por ele, os contribuintes financiam suas aposentadorias mediante depósitos em contas individuais, capitalizadas à taxa atuarial. Cada servidor contribui para sua conta individual, constituindo um fundo de capitalização, que se responsabiliza pelo pagamento dos benefícios futuros, com base nas contribuições efetuadas. Esse modelo estimula a ampliação da poupança privada e o crescimento do mercado de fundos destinados ao desenvolvimento. Ao mesmo tempo, reduz o passivo previdenciário do governo, que se tornou uma das fortes preocupações da sociedade.

À OBRA
A tática das campanhas de Olívio Dutra e Tarso Genro à prévia é idêntica: representantes e estrutura em cada uma das 25 coordenadorias regionais do PT e ativistas em todos os municípios do Estado.

CONTRA O TEMPO
Hoje se realizam as primeiras reuniões de campanha: a de Tarso, às 8h, na sede do PT Amplo e Democrático. A Olívio será às 18h na redação do jornal Em Tempo. Estão faltando 27 dias para a prévia.

DOS BASTIDORES - O governo federal decide abrandar as ações contra Paulo Maluf. A primeira medida já foi adotada: não contratará advogados para levantar os dados junto a bancos suíços sobre transações de empresas pertencentes ao ex-prefeito de São Paulo. Em troca, José Serra pedirá a neutralidade de Maluf em São Paulo durante a campanha presidencial. As negociações evoluem entre líderes do PSDB e amigos de Maluf.

ATÉ A ONU
Sob aplausos, o governador Olívio Dutra declarou ontem, em reunião da Articulação de Esquerda, que as acusações contra ele, feitas na CPI da Segurança, podem ser levadas até a ONU. Acabará inocentado 'porque não há nenhuma prova'.

PARA REVOGAR
O presidente da Comissão de Educação da Assembléia, deputado Onyx Lorenzoni, desarquiva hoje requerimento que pede a revogação da decisão do governo que desvinculou a Escola Tiradentes da Brigada Militar. Este instrumento constitucional foi utilizado no governo Collares para acabar com o calendário rotativo.

AINDA MANDA
O ex-vereador João Motta veio do Rio de Janeiro para influenciar nas gestões da bancada do PT sobre cargos na Câmara. Comprova apenas: quem foi rei sempre será majestade.

ONDE COMEÇOU
O desentendimento entre o presidente da Câmara e o vereador Marcelo Danéris tem origem no livro 'O Fascínio da Estrela', de José Fortunati. Em um capítulo, o co-autor Antônio Hohfeldt acusa Danéris de ter beneficiado uma irmã com apartamento no Jardim Leopoldina fora das regras do Demhab. O vereador do PT acionou Hohfeldt na Justiça.

VEM AÍ
O frei Sérgio Göergen foi o grande articulador do projeto de reforma agrária no Estado até ser afastado do governo. Agora, concorrerá à Assembléia Legislativa pelo PT com a autorização da Ordem Franciscana.

CURIOSIDADE
A direção nacional do PT concorda com a prévia entre Lula e Suplicy, cujo resultado se conhece. É contra o mesmo processo no RS, onde os dois candidatos se igualam.

APARTES
Projeto de lei do deputado Bernardo de Souza obriga fabricantes a incluir na embalagem dos cigarros todos os seus componentes. Boa iniciativa.

Prisão de Jader Barbalho entrará como torpedo na campanha eleitoral para atingir o casco do PMDB.

Cuba, tida como exemplo na saúde pública, também enfrenta a dengue.

'Precisamos de um Plano Real contra barbárie' (Ib Teixeira, consultor da Fundação Getúlio Vargas).

Primeira reunião da nova mesa diretora da Câmara será 4ª-feira. Extintores de incêndio estão bem revisados.

Deputado federal Pompeo de Mattos e vereador Elói Guimarães participam da Cavalgada do Mar.

Tempero da noite: Câmera 2, às 22h30min de hoje, na TV Guaíba.

Deu no jornal: 'Lula diz que PT não será oposição a vida toda'. O partido no Rio Grande que o diga.

Título do Correio da Bahia, da família de ACM: 'Jader, um facínora chega à cadeia'. Ódio em superdose.


Editorial

AS LEIS CONTRA O CRIME

Sob pressão da sociedade, que clama cada vez mais forte por medidas que aumentem a segurança pública, face ao aumento da criminalidade, o Congresso, após o recesso regulamentar, reabrirá seus trabalhos amanhã. Também o presidente Fernando Henrique Cardoso pede aos congressistas que estabeleçam prioridade para apreciar e votar grande número de projetos que tramitam na Câmara e no Senado, tratando de segurança pública. O Congresso está desafiado pelo presidente Fernando Henrique a votar as 60 propostas em tramitação nas duas casas do Legislativo, para que a sociedade possa se sentir mais segura. O chefe do governo afirmou que 'não podemos mais aceitar que nenhum bandido seja protegido pelas chicanas que maus advogados utilizam para fazer com que a Justiça dê liminares e solte esses criminosos'. A manifestação do presidente não repercutiu bem no poder Judiciário, recebendo imediata contestação do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Marco Aurélio de Mello, em repúdio ao que considera interferência de um poder sobre outro.

Independentemente das divergências e desavenças entre as mais altas autoridades do país, a verdade é que algo imediatamente deve ser feito para a redução da violência, em grande parte fruto da facilidade com que os crimes ficam impunes. Entre os projetos que tramitam no Congresso, um dos mais importantes é o que trata da alteração do Código de Processo Penal, pois, atualmente, as regras vigentes, criadas para proteção do cidadão de bem, terminam criando um verdadeiro escudo a proteger os bandidos. São tantos os recursos que a legislação autoriza que a condenação, capaz de retirar o criminoso de circulação, termina postergada a um tempo interminável, o que, de fato, é inaceitável, notadamente quando se trata, como agora, de uma verdadeira situação de emergência, tamanha a insegurança pública que a ação impune da bandidagem acarreta.

Embora se reconheça a importância da apreciação dos projetos atinentes à segurança pública, medidas simples, para agilizar o trabalho das polícias civis e militares dos estados, como também da Polícia Federal, como por exemplo, a implantação imediata de um sistema eficiente de troca de informações, na área da inteligência, seria de grande oportunidade no combate ao crime organizado.


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02/18/2002


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