OS PROJETOS CONTRA SONEGAÇÃO QUE O SENADO VOTARÁ



CONTEÚDO DO PROJETO COMO É HOJE TRAMITAÇÃO E RECEITAS
PLS- 219/95 – Autoriza a Receita a pedir quebra de sigilo bancário de suspeitos de sonegação. O projeto original saiu do Senado e dava poderes à Receita para ver as movimentações bancárias dos suspeitos. Na Câmara, foi aprovado substitutivo do deputado Ney Lopes, que impede o acesso direto. Pelo novo texto, a Receita é obrigada a pedir autorização judicial e o juiz terá 72 horas para se manifestar. A Receita não tem esse poder. Só pode pedir quebra de sigilo bancário depois de comprovado, em processo administrativo, que há sonegação de impostos. Projeções dos economistas do Congresso calculam que renderá R$ 9 bilhões por ano, sendo R$ 2 bilhões repassados aos estados e municípios. O Executivo admite que a arrecadação subirá, mas não deve passar de R$ 1,2 bilhão. Se os senadores não concordarem com o substitutivo e fizerem mudanças no projeto, a matéria voltará à Câmara. Se concordarem, vai à sanção do presidente da República.
PLC 114/2000 – Pune a elisão fiscal, ou seja o uso premeditado de planejamento fiscal para redução de IR a pagar, como criação, compra ou venda de empresas ou subsidiárias. Os fiscais constatam a elisão fiscal, mas nada podem fazer. Se aprovado o projeto, o "Leão" cobrará o imposto. Projeto enviado ao Congresso pelo Executivo, a pedido da CPI do Sistema Financeiro, do Senado. Na Câmara, por acordo foram derrubados vários artigos, inclusive um que limitava a um ano as liminares contra pagamento de impostos. Sem projeções sobre receitas.
PLC 112/2000 - Dá à Receita autorização para usar informações de recolhimentos de CPMF e verificar se a pessoa ou empresa sonegou e, com isso, iniciar processo administrativo de cobrança. Hoje os fiscais sabem quem movimentou grandes somas nos bancos, mas não podem iniciar investigação. Não há previsão sobre receitas, mas a SRF constatou que 464 mil empresas nada declararam em 98, mas depositaram nos bancos R$ 162 bilhões. 210 mil pessoas movimentaram R$ 90 bilhões, mas nada declararam.


08/12/2000

Agência Senado


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