Osmar Dias condena privatização da empresa de energia do Paraná
Osmar Dias afirmou que o governador já vendeu o Banco do Estado do Paraná (Banestado), as rodovias, a empresa de saneamento e mesmo assim a dívida do estado aumentou dez vezes desde que ele assumiu, passando de R$ 1,5 bilhão para R$ 16 bilhões. O senador disse esperar que os deputados impeçam a venda da empresa e que o governador seja julgado por crime de responsabilidade.
Metade dos recursos obtidos com a venda da Copel irá para o Banco Itaú, que detém 28% das ações da empresa, "que foram parar lá para garantir um negócio mal explicado", segundo o senador.
- Esses títulos valem hoje metade do valor que o estado tem a receber se vender a Copel, porque o estado tem em mãos apenas 31% das ações ordinárias da empresa - afirmou.
O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) aparteou Osmar Dias para ressaltar que a base do governo, mesmo alertada pela oposição, confiou no governo federal e hoje as privatizações tornaram-se quase "um mercado persa". O senador Maguito Vilela (PMDB-GO), por sua vez, informou que Goiás também "vive o mesmo drama", já que o atual governo do estado quer vender a empresa de energia.
ÁlvaroEm discurso posterior, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) hipotecou seu apoio à posição defendida por Osmar Dias e informou que uma pesquisa realizada no Paraná revelou que 70% da população se manifestou contra a privatização da Copel. Ele também anunciou que estão sendo coletadas assinaturas no Paraná para a elaboração de um projeto de lei que proíba a venda da empresa.
17/04/2001
Agência Senado
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