Osmar Dias pede solução para bloqueio das contas do Paraná



"Como posso ver o meu estado sofrendo para resolver um problema tão simples, como o do Hospital de Clínicas de Curitiba, sem atendimento pelo governo federal. E o problema da multa já encheu a paciência dos paranaenses, está na hora de resolver. Não estou trocando meu voto, mas apenas deixando um registro". A declaração foi feita pelo senador Osmar Dias (PDT-PR) que, da tribuna do Senado, contou que recebe todos os dias apelos para que vote contra e a favor da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Por outro lado, ele lamentou que problemas de interesse do Paraná, teoricamente simples de resolver, têm sua solução adiada.

O caso do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná já foi tema de outros pronunciamentos de Osmar Dias. Além da falta de recursos para adquirir material hospitalar, a instituição carece de pessoal. O senador registrou que esteve com os ministros da Educação e da Saúde buscando uma saída para o caso.

- Teve gente que interpretou equivocadamente o que o ministro da Saúde me falou. Ele não disse que ou eu votaria a favor da CPMF ou o governo não liberava o dinheiro. Ele disse que sem a CPMF não vai haver dinheiro para atender aos hospitais do país, entre eles o de Clínicas de Curitiba. Foi objetivo. Assumiu o compromisso de que, aprovada a renovação da CPMF, o Hospital de Clínicas vai ter o necessário para sair da crise - testemunhou Osmar Dias.

Já o problema do bloqueio das receitas do governo do Estado, com exceção dos recursos destinados às áreas social e da educação, vem desde a época da privatização do Banco do Estado do Paraná. Em 1988, o governo do estado, durante o processo de saneamento do banco, comprometeu-se a comprar daquela instituição, títulos públicos de estados e municípios.

O Banco foi vendido no ano 2000 ao Itaú, que ficou com o crédito dos títulos. O pagamento deveria ter sido iniciado a partir de 2003, mas o governador Roberto Requião não pagou a dívida alegando que os títulos eram nulos. A partir daí a União começou a multar o estado.

- De um lado falta disposição para resolver o problema e do outro falta um pouco mais de tranqüilidade, de jeito, de diálogo, para negociar e resolver o caso. Falta um pouco mais de diplomacia para que os dois lados possam encontrar uma solução que seja boa para o Paraná e para os paranaenses - observou Osmar Dias.



06/12/2007

Agência Senado


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