Paim diz que "batalha" pelo empréstimo ao RS ainda não acabou e pede que MPs não sejam lidas



O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou em Plenário que "a batalha pelo empréstimo do Banco Mundial para o Rio Grande do Sul ainda não acabou" e pediu aos líderes partidários que façam um acordo para sua votação na terça-feira (1º), último dia possível para viabilizar o financiamento de US$ 1,1 bilhão entre o estado e o Banco Mundial. Ele pediu, inclusive, ao presidente do Senado, que não leia as mensagens com três novas medidas provisórias que estão para chegar da Câmara, as quais trancarão a pauta de votações do Plenário.

Paim disse que só um acordo pode levar à aprovação do financiamento, pois estão na sua frente outros projetos com urgência, ou seja, com prioridade de votação. Informou que estava no Rio Grande do Sul na sexta-feira (20), quando o senador Pedro Simon (PMDB-RS) decidiu ocupar seguidamente os microfones do Plenário até que o Palácio do Planalto encaminhasse ao Senado o pedido de empréstimo, que tem aval da União. Paim esteve reunido durante quase toda a sexta-feira (20) com trabalhadores e aposentados das cidades de Rio Grande e Pelotas.

- A aprovação do pedido de financiamento é um trabalho coletivo dos três senadores e de deputados do Rio Grande do Sul, que envolveu muita articulação nos últimos dias - disse.

O senador fez ainda um relato da ida de três senadores da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado a Porto Alegre, na segunda-feira (23), para promover diligências sobre os confrontos entre a Brigada Militar e manifestantes de movimentos sociais, na semana passada. Paim é presidente da Comissão de Direitos Humanos. Ele informou ter ouvido da direção do Ministério Público estadual que a idéia de criminalizar os movimentos sociais não tem apoio da instituição e foi manifestada por apenas um procurador, de forma isolada.

Em aparte, o senador José Nery (PSOL-PA), que fez parte da diligência, junto com o senador Flávio Arns (PT-PR), disse ter constatado, nas reuniões que tiveram e nas filmagens que viram, excessos e abusos nos confrontos e que a Comissão de Direitos Humanos do Senado vai se pronunciar sobre o assunto. No final, Paulo Paim sustentou que "não se pode proibir os movimentos sociais de manifestarem livremente no país, de forma respeitosa".



25/06/2008

Agência Senado


Artigos Relacionados


Paim acredita que batalha entre abolicionistas e escravocratas ainda existe

MINISTRO: AINDA NÃO ACABOU A CRISE NAS PMS

Garibaldi diz que acordo com líderes prevê que ainda hoje serão lidas quatro MPs

Colombo pede que integrantes de conselho da TV pública sejam aprovados pelo Senado

Pauta legislativa: senadores lembram que 2012 'ainda não acabou'

Seis mensagens presidenciais lidas pelo Congresso