Paim diz que votações poderão ser obstruídas se PEC paralela não for votada



Ao lamentar que o recesso parlamentar está começando sem que a Câmara dos Deputados tenha apreciado a PEC paralela da Previdência, a proposta de emenda constitucional que ameniza os efeitos da reforma para os funcionários públicos, o senador Paulo Paim (PT-RS) comunicou que está participando de um grupo de 18 senadores, governistas e oposicionistas, que tem como objetivo pressionar o governo para que a PEC seja aprovada.
Segundo Paim, o movimento, que está sendo chamado de Grupo de Diálogo, poderá até inviabilizar a votação de matérias a partir de agosto, quando termina o recesso parlamentar, até que a PEC paralela seja aprovada. Ele confessou ter cansado de ouvir do relator da PEC paralela da Previdência, deputado José Pimentel (PT-CE), que a matéria seria votada “na próxima semana”. - Escutei essa mesma frase durante seis meses. Ele sempre me dizendo que a PEC paralela seria votada na semana que vem. O acordo firmado pelo governo com o Senado tem que ser respeitado. Foi criada essa expectativa para cerca de 6 milhões de brasileiros que trabalham no serviço público. Muitos deles até já poderiam ter se aposentado, mas não sabem se devem ou não dar entrada na documentação – afirmou Paim. Roubo O senador pelo Rio Grande do Sul também denunciou que sua casa foi recentemente invadida à noite por uma ou mais pessoas que não precisaram quebrar nada para ter acesso ao interior da residência. Apenas a CPU do computador pessoal de Paim foi roubada. Na mesma semana, a casa de um assessor que o acompanha há 20 anos também foi visitada por supostos bandidos. Também não foram registrados prejuízos materiais: somente documentos foram subtraídos. - Acho que queriam encontrar alguma coisa. Também estou sabendo que estão estudando a vida de cada funcionário do meu gabinete. Não sei se quem está por trás disso é de centro, de esquerda ou de direita, mas não me intimida. Continuarei com a mesma posição firme em defesa dos trabalhadores, dos aposentados e de todos os discriminados. Provavelmente tentarão, amanhã ou depois, criar uma situação de desconforto para mim – disse Paim. Ao final do pronunciamento, presidindo a sessão, o senador Romeu Tuma (PFL-SP) comentou que os covardes que agem escondido não conseguem intimidar nem sabem enfrentar homens com a dignidade de Paim. Ele acrescentou que a polícia tem a obrigação de descobrir os responsáveis e que os esquemas políticos que tentam destruir a honra e a dignidade de pessoas têm que acabar.

07/07/2004

Agência Senado


Artigos Relacionados


Paulo Paim propõe que senadores suspendam votações até que Câmara aprove PEC paralela

PEC Paralela dos Vereadores deve ser votada hoje

Simon pede garantia de que reforma "paralela" será votada

Simon: governo cumprirá acordo e PEC paralela será votada na Câmara

Relator diz que PEC paralela será votada na Câmara quando pauta estiver desobstruída

Paim ressalta avanços da PEC paralela da Previdência